A Visita Domiciliar (VD) é uma prática do leque de cuidados ofertados pela Atenção Primária à Saúde que visa prestar assistência na moradia das pessoas. Objetivo: Dialogar sobre a relevância da VD, abordando a imersão em laços criados com as pessoas no seio de suas casas. Métodos: Trata-se de um relato de experiência realizado por residentes de Medicina de Família e Comunidade (MFC) de uma equipe de Estratégia de Saúde da Família, na cidade de João Pessoa (PB). Resultados: Através das VD, pôde-se entender a dinâmica das famílias, permitindo realizar o cuidado de maneira equânime e integral, principalmente diante da pandemia pelo COVID-19. Conclusão: A pluralização das relações e do entendimento do adoecer foram estímulo à aprendizagem dos princípios e atributos da MFC, tornando-se ferramenta potente para os profissionais ressignificarem o cuidar.
Objetivos: Analisar a impressão de preceptores dos Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade (PRMFC) sobre as modificações ao modelo do ensino em serviço provocadas pelo contexto da pandemia de COVID-19. Métodos: Estudo qualitativo através da entrevista de preceptores da residência, visando categorizar o discurso dos sujeitos a partir do lugar de fala, usando o método hermenêutico-dialético. O mote foi ampliar a percepção experimental através dos discursos e entender as realidades concretas. Resultados:Permitiram a compreensão dos sentimentos dos preceptores a partir da análise sob a ótica de três categorias: o processo de trabalho, a formação dos residentes orientando o serviço e o foco no atendimento aos sintomáticos respiratórios. Conclusão: O preceptor da residência médica em João Pessoa experimenta a liberdade de atuação como ferramenta de manutenção ao cuidado e na formação individualizada dos residentes, tidos como recursos significativos da comunidade na aprendizagem em Medicina de Família.
Diabetes mellitus é um problema de saúde pública, onde o cuidado com o pé é essencial, a fim de reduzir as complicações macro e microvasculares. Objetivo: Visa abordar a importância da avaliação dos pés diabéticos na prevenção de complicações e da educação em saúde na potencialização do autocuidado, a partir da vivência de residentes em Medicina de Família e Comunidade. Método: Trata-se de um estudo observacional, descritivo e transversal. Resultado: Mesmo com recursos escassos, pode-se restaurar peles e almas de pessoas que não possuíam autocuidado ou que não procuravam assistência à saúde. A longitudinalidade como uma das características da Atenção Primária à Saúde permitiu uma melhora do acesso aos usuários e de sua qualidade de vida. Conclusão: A educação em saúde dos portadores de pé diabético contribui significativamente para diminuição de agravos. As expectativas dos profissionais e dos pacientes com doenças crônicas tornam o cuidado desafiador.
Objetivos: pesquisa que se propõe a organizar os prontuários em saúde de moradores não adscritos à Unidade de Saúde da Família (USF) Saúde e Vida Integrada em João Pessoa-PB. A urbanização vertical adicionou usuários às equipes, pois uma morada se tornou várias, e as pessoas que passam a viver no território buscam a USF referência da comunidade. Existe inadequação do termo cotidiano “usuário fora de área”, visto que ele habita o epicentro do território. Métodos: Trata-se de um relato de experiência que buscou narrar o cuidado ofertado para além do cadastro formal. Resultados e Discussão: Os registros dos atendimentos se deram através do Registro em Saúde Orientado por Problemas (ReSOAP), acompanhados de maio a setembro de 2019, sob os olhares dos internos de medicina da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A pesquisa teve como mote o esboço criativo-organizacional de fichas de atendimento organizadas cronologicamente, orientadas por problemas e separadas por famílias. Buscou-se, através dessa tecnologia leve, fornecer cuidado longitudinal, garantia de acompanhamento e seguimento. Ao desenvolver o Prontuário de Saúde da Família dessas pessoas consideradas “fora de área”, procurou-se trabalhar com o postulado da coerência, transformando o atendimento individual, o motivo de consulta em um compilado de registros dos indivíduos adequado às necessidades da pessoa no seio da família. Conclusões: a idealização desse prontuário não formal propiciou organização e entusiasmo estudantil e foi utilizado como fonte para cuidados longitudinais, trazendo benefícios para a formação acadêmica e para a comunidade.
Prevenção quaternária: ação feita para reconhecer pessoas ou populações em risco de supermedicalização e protegê-las, sugerindo procedimentos científica e eticamente aceitáveis. Em 2019, emergiu em Wuhan, uma doença classificada como Coronavirus-Induced-Disease, responsável pela pandemia por COVID-19. Vidas estão sendo ceifadas e a busca por tratamento é uma questão de saúde pública planetária. In vitro, a hidroxicloroquina e a cloroquina inibem esse agente, sendo sugerido que tais medicamentos fizessem parte do tratamento precoce. Realizou-se uma revisão em bancos de dados PubMed e LILACS e busca manual de periódicos no The New England Journal of Medicine (NEJM) e no Journal of the American Medical Association (JAMA), pelos termos: “hidroxicloroquina, cloroquina e COVID-19”, “hydroxychloroquine, chloroquine and COVID-19” e “cloroquina e COVID-19”. Critérios de exclusão: artigos duplicados, hidroxicloroquina e cloroquina fora do contexto da COVID-19, outros aspectos da COVID-19 e revistas patrocinadas pela indústria farmacêutica. Foram encontrados 115 artigos nos bancos de dados, após a aplicação dos critérios de exclusão e 6 foram selecionados para a revisão. Pesquisou-se outros estudos sobre prevenção quaternária, a fim de discutir o excesso de intervenção médica. Ainda não existe um tratamento ideal para controlar o vírus. Cabe aos profissionais de saúde, em especial, os Médicos de Família e Comunidade, o pensamento crítico aplicado a todos os resultados apresentados nos estudos, por mais atrativos que estes pareçam à primeira vista.
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