RESUMO A túnica vaginal possui características ideais para enxertia e já foi empregada na reparação de diversos tecidos, inclusive do diafragma pélvico. Objetivou-se avaliar a aplicabilidade da túnica vaginal como enxerto autógeno livre, em dupla camada, para a reparação do diafragma pélvico em 14 cães portadores de hérnia perineal, das quais, nove eram unilaterais e cinco, bilaterais. Após a orquiectomia, as túnicas de ambos os testículos foram coletadas, sobrepostas e fixadas entre si por meio de quatro pontos de reparo. Foi realizada abordagem ao saco herniário, inspeção, redução do conteúdo herniário, desbridamento muscular e síntese primária mediante sutura. O enxerto foi fixado à musculatura remanescente por meio de pontos simples separados e, posteriormente, encoberto pela sutura intradérmica e por síntese cutânea. Observações transoperatórias e, posteriormente, avaliações clínicas e ultrassonográficas, por período de um ano, permitiram sugerir que a túnica vaginal possui atributos ideais para a reparação do diafragma pélvico. Conclui-se que o enxerto autógeno livre de túnica vaginal, em dupla camada, é exequível e aplicável para o reparo do diafragma pélvico no tratamento da hérnia perineal em cães.
RESUMO Objetivou-se avaliar os efeitos fisiológicos, sedativos e analgésicos da administração peridural de ropivacaína isolada ou associada à morfina ou à metadona. Para tal, 24 cadelas submetidas à ovário-histerectomia receberam acepromazina, e a anestesia foi induzida e mantida com propofol e isoflurano (FiO2 = 1,0), respectivamente. De acordo com o protocolo peridural, formaram-se três grupos de igual número: GR (ropivacaína - 2,0mg/kg); GRMETA (ropivacaína - 2,0mg/kg e metadona - 0,3mg/kg) e GRMORF (ropivacaína - 2,0mg/kg e morfina - 0,1mg/kg). Registraram-se os parâmetros fisiológicos intraoperatórios e os graus de sedação e analgesia pós-operatórios. No GR constataram-se maiores médias de pressões arteriais 30 minutos após a anestesia epidural em relação ao GRMETA (sistólica e média) e ao final do procedimento cirúrgico comparativamente ao GRMORF (sistólica, diastólica e média). Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos relativamente à analgesia e ao grau de sedação pós-operatórios. A administração epidural de ropivacaína é segura e eficaz e proporciona boa analgesia, independentemente da sua associação com morfina ou metadona.
O objetivo deste trabalho foi descrever a utilização do enxerto autólogo livre de túnica vaginal em única camada para correção do diafragma pélvico, através da oclusão direta do defeito herniário, em um cão de dez anos, diagnosticado com hérnia perineal bilateral. A técnica cirúrgica constou, inicialmente, da orquiectomia aberta e coleta das túnicas vaginais, seguida de seu preparo para posterior aplicação. O paciente foi submetido à ressecção e anastomose de reto via prolapso induzido, devido à presença de saculação retal grave, com acúmulo de fezes. Após abordagem ao processo herniário, com inspeção e redução do seu conteúdo, que consistiram em bexiga, seroma, omento e próstata, no antímero direito, e omento e gordura retroperitoneal no antímero esquerdo, notou-se também um grau moderado de atrofia muscular. O enxerto de túnica vaginal foi inserido e fixado à musculatura remanescente do diafragma pélvico, ocluindo diretamente o defeito herniário, sendo sepultado por suturas intradérmica e de pele. O animal foi avaliado clinicamente por um período de 500 dias, escartandose sinais de complicações ou rejeição ao enxerto. Conclui-se que o autoenxerto livre de túnica vaginal foi uma opção viável para a correção do diafragma pélvico, sendo indicado para o tratamento de hérnia perineal uni ou bilateral em cães.
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