RESUMOEste relato, de natureza qualitativa, busca, a partir da descrição e análise da Bibliografia do Lazer, contribuir com a reflexão acerca do sistema de avaliação da produção científica. Esse projeto é uma realização de diferentes grupos de pesquisa e está hospedado no Centro Esportivo Virtual (CEV), dispondo à comunidade uma relação de livros pertinentes ao estudo de diversas temáticas ligadas ao lazer/recreação. A partir da discussão dessa experiência, realçando a importância dos grupos de pesquisa, são oportunizados paralelos para se pensar na validade, limites e diversidade dos critérios e dos métodos de classificação de livros no contexto acadêmico..
Palavras-chave:Bibliografia.
INTRODUÇÃOEste artigo traz reflexões e experiências para se pensar/agir em relação às formas de se disseminar e avaliar a produção bibliográfica existente na área do lazer. Na atualidade, com o significativo crescimento da produção bibliográfica, já existe a percepção de não ser mais possível ler tudo o que é publicado em qualquer área do conhecimento. Publica-se anualmente cerca de 01 milhão de periódicos no mundo, dos quais 60% estão escritos em inglês, 10% em alemão, 08% em russo e 07% em francês. A produção anual de livros científicos, embora com números mais discretos, é de 75 mil. Desse total de publicações, 10% concentram 80% das consultas nas bibliotecas (GIBBS, 1995;YAMAMOTO, 2001). De fato, existe desigualdade na citação das obras, o que se explica pelo capital cultural de cada autor e suas redes de influência, pela acessibilidade do material e, até mesmo, pela sua qualidade. Não obstante, não é tarefa fácil definir quais critérios compõem a excelência da obra e como analisá-la objetivamente.A discussão sobre os critérios da avaliação da produção científica é antiga e foi impulsionada pela necessidade de a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) identificar quais programas possuem excelência, isto é, projeção internacional (conceitos 6 e 7). Embora seja praticamente consensual a necessidade de avaliar a produtividade dos docentes em cada programa, há divergência forte quanto à tentativa de uniformizar a avaliação. Como resultado dos embates, algumas áreas vêm adquirindo mais autonomia para tornar a avaliação uma extensão da qualidade característica produzida em cada uma delas, e não o contrário.