No seu primeiro dossiê do ano de 2011, reunido pelos professores Cesar Candiotto (Pontifícia Universidade Católica do Paraná) e Vera Portocarrero (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), a Revista de Filosofia Aurora tem o prazer de apresentar aos seus leitores a recepção crítica refinada e dinâmica em torno do tema Parrhesia. 1 Este dossiê tem como ponto de partida o debate iniciado no Colóquio Nacional Parrhesía: do dizer-verdadeiro, organizado por Vera Portocarrero e Alexandre Soares Carneiro, realizado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em 2009. Seu projeto nasceu da vontade de compartilhar o interesse teórico por questões dirigidas à relação entre discurso, verdade e subjetividade, a partir de pesquisas em desenvolvimento no campo filosófico contemporâneo. A delimitação do tema funda-se em estudos do pensamento de Michel Foucault, Martha Nussbaum e Pierre Hadot.Trata-se de análises de teses que, com pressupostos metodológicos diferentes e conteúdos temáticos que se complementam, ao afirmarem a relevância de um recuo à Antiguidade greco-romana, analisam o tema da parrhesia no contexto do cuidado de si. Aí, são articulados, em seu caráter filosófico, ético e político, conceitos fundamentais, como 1 Há várias grafias possíveis para essa palavra. Utilizamos aqui a transliteração do grego de Isis Borges B. da Fonseca.
■ RESUMO: Este artigo é uma apresentação dos fundamentos da teoria modular desenvolvida por Jerry A. Fodor e uma reflexão sobre seus principais desafios. A noção de modularidade da mente de Fodor, por um lado, procura superar as insuficiências metodológicas e epistemológicas do associacionismo e do localizacionismo a respeito das explicações da estrutura e do funcionamento mental; por outro lado, é uma oposição à postura culturalista de Vygotsky, para o qual as funções superiores da mente, como a cognição, são produtos artificiais, culturais. A psicologia cognitiva de Chomsky converteu esse produto "artificial" em "natural", postulando a existência de módulos inatos para desempenhar funções cognitivas específicos. Com base nessa ideia de Chomsky, Fodor procura explicar a mente como um conjunto de módulos. No entanto, sua principal contribuição para as ciências cognitivas é a apresentação da arquitetura mental em dois ní-veis e a afirmação da existência de módulos centrais responsáveis pelas atividades cognitivas superiores, como criatividade, reflexão ou imaginação.■ PALAVRAS-CHAVE: ciências cognitivas; arquitetura mental; inatismo; modularidade. IntroduçãoA discussão do relacionamento, ou entrelaçamento, de mente e cére-bro produziu as mais diversas concepções sobre a organização geral do cérebro, desde o que podemos chamar de abordagens socioculturais, passando pelas discussões mais recentes advindas da biologia, como o localizacionismo e o holismo, até a proposta mais próxima da neurociência cognitiva, a modular, que trataremos neste artigo.
O trabalho apresenta os principais pressupostos da análise de Searlesobre as insuficiências dos argumentos do materialismo, do dualismoe da teoria computacional para a compreensão de mente. A partir daredefinição do problema da mente, Searle critica a concepção ocidentalde ciência, principalmente o seu tratamento à objetividade, formadopor um Pano de Fundo da compreensão da realidade que contém umaequivocada aplicação dos mecanismos da linguagem aos termosobjetivo e subjetivo em relação aos seus sentidos epistemológicos eontológicos.
Novos rumos, novos temposCom muita satisfação, apresentamos ao leitor o número 22 da Revista de Filosofia Aurora, que consideramos especial por duas razões. Primeiramente, neste número damos início a uma nova fase de editores, procurando dar continuidade ao ótimo desempenho da chefia anterior, de responsabilidade dos professores Dr. Francisco Verardi Bocca e Dr. Antonio José Romera Valverde, os quais, com a competente equipe editorial, conseguiram elevar o conceito desta revista na recente avaliação do CAPES, alcançando a estratificação B1. Este fato revela o comprometimento da Revista de Filosofia Aurora com a qualidade da discussão filosófica e divulgação de pesquisas relevantes à comunidade científica. A esta equipe rendemos nossos agradecimentos, contando sempre com seu apoio para dar continuidade à excelência desta publicação, agora sob a responsabilidade dos editores Antonio José Valverde, Bortolo Valle e Kleber Bez Birolo Candiotto.Uma segunda razão para a singularidade deste número diz respeito à disposição de dez artigos sob a forma de um dossiê intitulado Filosofia da Mente. A partir do ano de 2007, com a realização do V Congresso de Filosofia Contemporânea: Mente, Linguagem, Cognição, o Programa de Pós-Graduação de Filosofia da PUCPR passou a incluir, em sua linha de pesquisa Epistemologia e Ontologia, projetos interessados nos problemas filosóficos decorrentes da relação mente/mundo. Por isso, decidimos abrir espaço para publicações relevantes e inéditas de renomados pesquisadores internacionais e nacionais, bem como de jovens doutores brasileiros, em torno da temática Filosofia da Mente.Questões como a natureza do pensamento ou de que forma se dá o conhecimento suscitam interesse na filosofia desde seu período clássico. No entanto, todo o empenho da reflexão filosófica não esgotou os problemas decorrentes de tais questões e, por isso, ainda são necessárias a análise e a
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