Introdução: Estudantes de medicina normalmente convivem com uma carga curricular exaustiva e sobrecarga mental, sendo considerados grupo de risco para doenças relacionadas ao estresse como depressão, insônia e ansiedade. Com o advento da pandemia de COVID-19 no ano de 2020, novas adaptações sociais e educacionais foram impostas, implicando em um cenário de situações estressantes. Desse modo, o estresse percebido pode ser observado na maneira que esse público reagiu junto às cobranças e às distrações fora do ambiente estudantil. Objetivo: Avaliar a prevalência do estresse em estudantes de medicina do estado do Espírito Santo como impacto do distanciamento social pela pandemia da COVID-19, além de divulgar os dados para a promoção de medidas de intervenção. Métodos: Estudo descritivo e quantitativo de caráter transversal composto por um questionário autoavaliativo online, composto por características sociodemográficas, condições do aluno no período do distanciamento social e a Escala de Estresse Percebido (PSS-10). Resultados: A amostra deste estudo foi constituída por 137 estudantes, sendo que a prevalência de estresse foi igual a 21,2% (N=29), e do total da amostra 68,6% (N=94) são do gênero feminino. Em relação as variáveis correlacionadas ao estresse, observou–se que alunos que apresentavam estresse pertencem mais ao sexo feminino e não praticam atividade física regularmente. A preocupação com o cenário acadêmico pós-pandêmico e o surgimento do estresse também estão estatisticamente relacionados. Conclusão: Foi constatado uma maior prevalência de estresse entre as mulheres. Além disso, hábitos como prática de atividade física e religiosidade, bem como morar em residência familiar foram considerados fatores protetores para o enfrentamento do estresse.
Introdução: O coronavírus (COVID-19) possui características desconhecidas, com alta disseminação e letalidade. Nesse contexto, medidas de contenção e distanciamento foram impostas para diminuir a rápida velocidade de transmissão da doença e retardar o colapso do sistema de saúde. Objetivos: Analisar os impactos da pandemia causada pela COVID-19 através da avaliação da saúde mental dos estudantes de medicina, com foco na investigação da ansiedade e depressão. Métodos: Foram coletados dados entre os estudantes das Faculdades de Medicina do Espírito Santo, no período de 18/04 a 03/05/2020, mediante um formulário anônimo de autopreenchimento online, composto de três seções: dados sociodemográficos e informações sobre o coronavírus; escala Hospital Anxiety and Depression Scale (HAD); comportamento e habilidades durante o distanciamento social. Resultados: A amostra final compreendeu 476 pessoas, 70,2% do sexo feminino e 29,1% de sexo masculino, com predomínio de 59,7% na faixa etária de 21 a 25 anos. De acordo com a escala HAD, 7,1% apresentaram provável quadro de depressão e 36,1% ansiedade. O aumento do consumo de álcool e outras drogas foi relatado por 46,8% dos entrevistados, e 6,1% afirmam terem considerado fazer mal a si mesmos. Conclusão: O distanciamento social pode contribuir para o desencadeamento ou intensificação dos transtornos depressivos, ansiosos e aumento no consumo de álcool e outras drogas. Assim, medidas preventivas e de apoio, durante períodos de pandemias, se tornam necessárias para evitar o adoecimento do estudante de medicina e futuro profissional.
Introdução: A hipertensão arterial infantil vem recebendo atenção especial dos pediatras, pois o aumento da pressão arterial na infância contribui para o início precoce da hipertensão arterial essencial na idade adulta e para a mortalidade por doenças cardiovasculares. As medidas antropométricas têm sido úteis para o diagnóstico de sobrepeso e obesidade na infância, e tais condições são consideradas de risco para hipertensão arterial na idade adulta. Quanto mais precoce a identificação desses fatores de risco, seja no ambiente escolar, seja nos serviços de saúde, mais ações preventivas poderão ser desenvolvidas para minimizar tal problemática. Objetivo: Identificar a incidência de pressão arterial elevada e sua associação com medidas antropométricas em escolares do ensino fundamental. Métodos: Estudo longitudinal com 1.116 escolares; destes, 133 participaram de três avaliações no período de 2017 a 2019. As informações demográficas, as medidas antropométricas (peso, altura, circunferência abdominal, índice de massa corporal) e as pressóricas (sistólica e diastólica ajustadas de acordo com os parâmetros do Centro de Controle e Prevenção de Doenças para sexo e idade) foram registradas em formulário. A associação das variáveis com a pressão arterial elevada foi analisada por meio da regressão de Poisson, com ajuste robusto da variância. Resultados: Dos estudantes, 51,6% eram meninos com, em média, 7,9 anos, e 45,4% tinham pressão arterial elevada conforme os critérios do Centro de Controle e Prevenção de Doenças. Entre os que apresentaram circunferência abdominal elevada, 19,4% evoluíram de pressão sistólica normal para elevada e 35,5% de pressão diastólica normal para elevada ao longo dos três anos de acompanhamento. Nos escolares com sobrepeso ou obesidade, a pressão sistólica normal evoluiu para elevada em 20,7 e 21,2%, respectivamente, e a pressão diastólica normal evoluiu para elevada em 24,1 e 42,4%, respectivamente. Os escolares com circunferência abdominal (risco relativo – RR 1,51; intervalo de confiança – IC95% 1,20–1,91; RR 1,58; IC95% 1,25–2,00), peso (RR 1,37; IC95% 1,08–1,74; RR 1,34; IC95% 1,05–1,71) e índice de massa corporal elevado (RR 1,51; IC95% 1,21–1,87; RR 1,50; IC95% 1,20–1,88) apresentaram maior risco para hipertensão sistólica e diastólica, respectivamente. Conclusão: A circunferência abdominal, o peso e o índice de massa corporal estiveram associados com o aumento da pressão arterial sistólica e diastólica nos escolares, e o risco foi maior entre os que tinham circunferência abdominal aumentada.
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