Resumo Este estudo objetiva compreender o processo de comunicação de más notícias vivenciado por familiares de pacientes em cuidados paliativos exclusivos do centro de referência oncopediátrico de Fortaleza, Ceará, Brasil. Trata-se de estudo qualitativo-descritivo baseado em entrevistas estruturadas com familiares de crianças e adolescentes em cuidados paliativos e norteado pela análise de conteúdo temático e categorial. Observou-se que na visão dos familiares a comunicação provoca reações ambivalentes, envolvendo a necessidade de saber e o sofrimento causado pela possibilidade de morte do filho. Fatores humanizantes, como postura empática, acolhimento e afetos positivos relacionados à vivência de sofrimento do outro, repercutem na boa relação entre profissional e familiar. Conclui-se que a comunicação em cuidados paliativos é imprescindível no cotidiano da oncologia pediátrica e provoca sofrimentos que demandam assistência em saúde mental. Assim, a prática profissional necessita de constante aprimoramento de modo a qualificar os serviços.
<p>Este artigo aborda a banalização da medicalização infantil na sociedade e sua aplicação com fins normatizadores sob o enfoque da Psicanálise, como uma forma de anulação do sujeito infantil. A ideia de uma criança que sofre é difícil de ser aceita, pois se criou uma imagem de criança feliz e livre de problemas, uma representação que resulta de uma “invenção do infantil” produzida pela sociedade. A análise histórica do conceito de infância revela que o lugar outorgado à criança no contexto social é produto do “Campo do Grande Outro”. Freud apresenta uma nova criança dotada de sexualidade, perversamente polimórfica. Objetiva-se verificar o lugar da criança em meio à tentativa de normalização, via medicação, e refletir sobre a função que a medicalização da criança vem cumprindo para as instituições da escola e da família. Fez-se uso de revisão bibliográfica, visando buscar na literatura conceitos e ideias a respeito da infância particulares ao tema em estudo. Conclui-se que o problema não é a medicação, pois ela é um recurso eficaz para muitos fins terapêuticos, mas o uso que dela se faz, como mais um instrumento de modelização subjetiva, de formatação de padrões de normalidade. </p>
Um projeto de iniciação científica do um curso de psicologia local empreendeu a iniciativa de potencializar esse espaço estruturando atividades a partir de estudo científico pioneiro. Objetiva-se compreender os significados atribuídos à brinquedoteca hospitalar pelas crianças internadas e analisar as demandas para a efetivação deste espaço. Estudo descritivo de natureza qualitativa, usando o método da pesquisa de campo, investigação através de sessões lúdicas com brinquedos e atividades gráficas, e coleta de dados através do registro das sessões realizadas entre 11 de fevereiro a 11 de maio de 2015. Aprovado pelo sistema CONEP/CEP 921.889. Foram realizadas 14 sessões lúdicas, com 2 crianças em média. A idade de maior recorrência foi 5 anos. O recurso estruturado mais utilizado foi o kit médico e não estruturadas foram atividades gráficas. Os significados atribuídos à brinquedoteca revelam as categorias: “lugar de brincar”, “lugar de diversão”, “lugar de encontro”, “refúgio dos medos”, “apoio”. Quanto às demandas, a principal brincadeira foi com a “maleta do médico”, seguida pelo desenho livre e pintura, e brincadeiras livres. Uma unidade hospitalar de média complexidade lida com doenças sazonais, exigindo adaptação, em decorrência da rotatividade de crianças. Entretanto, as crianças foram solícitas à proposta de intervenção demonstrando evidente necessidade por assistência integral e apoio aos desafios de enfrentamento da hospitalização.
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