ResumoEste artigo pretende discutir, na perspectiva de gênero, as reverberações da moral religiosa e do saber científico no processo de construção das representações do corpo e da sexualidade femininos no Brasil. A questão mais relevante que se coloca é como as comunidades religiosas e científica estabeleceu o regime de verdade e o modelo de razão que deu sentido aos corpos sexualizados femininos no transcurso do devir histórico? A resposta à pergunta foi obtida a partir de análise e exposição de um arcabouço teórico multidisciplinar que destaca as contribuições da história, psicologia, sociologia e filosofia.
<p>Redigido a partir do seu discurso de aceitação do título de doutor honoris causa pela Universidade de Brasília, o livro do professor português Boaventura de Sousa Santos, intitulado "Direitos Humanos, Democracia e Desenvolvimento", apresenta um prefácio do Professor José Geraldo Sousa Júnior, então reitor na UnB, e uma rápida apresentação realizada pela coautora da obra, a filósofa Marilena Chaui. A obra supracitada foi dividia pelo autor em dois capítulos e uma breve conclusão. O proeminente estudioso dos direitos humanos, respeitado no meio jurídico brasileiro e internacional, inicia sua discussão convidando à reflexão acerca do paradoxo entre o discurso hegemônico dos direitos humanos e a realidade perturbadora de milhares de pessoas no mundo que constituem os não sujeitos de direitos humanos. Daí, segundo ele, a necessidade de se perguntar “será a hegemonia de que goza hoje o discurso dos direitos humanos o resultado de uma vitória histórica ou, pelo contrário, de uma derrota histórica?” O empreendimento investido na tentativa de responder a tal questionamento exigiu do referido teórico e pesquisador uma postura definida por ele mesmo como hermenêutica de suspeita, que suscita uma reflexão crítica da concepção convencionalmente construída pela matriz liberal ocidental. Para começar, Boaventura recupera historicamente a genealogia dos direitos e do direito na modernidade ocidental. O sociólogo ibero-americano afirma conceber as versões dominantes da modernidade ocidental como balizadas num pensamento abissal que dividiu o mundo entre sociedades metropolitanas e coloniais. </p>
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