Apresentamos o produto educacional desenvolvido juntamente à investigação realizada no mestrado profissional em Educação Matemática da Universidade Federal de Ouro Preto. No âmbito do projeto UAB, preocupamo-nos com o processo de transição dos professores do ensino presencial para a modalidade a distância, muitas vezes, com pouca ou nenhuma capacitação prévia. Observamos que os recursos tecnológicos que auxiliam nas interações entre os participantes foram utilizados, inicialmente, de forma precária e, por vezes, refletiam suas práticas do ensino presencial. As mediações foram percebidas sob a ótica da Teoria da Atividade que estuda o sujeito em atividade e, na medida em que incorporavam novos artefatos em sua prática, em constante mudança. O produto, um guia para professores que passam a atuar repentinamente no ensino a distância dentro do sistema UAB, procurou esclarecer ao professor esse novo cenário, conceituando brevemente os elementos da UAB e sugerindo ferramentas e tutoriais de maneira prática e objetiva.
ResumoEste artigo aborda o uso de livros didáticos e outros materiais escritos nas práticas dos professores de Matemática do Colégio Técnico da Universidade Federal de Minas Gerais no período 1969-1997. O trabalho resulta de uma pesquisa fundamentada na metodologia da História Oral, com a realização de 16 entrevistas com antigos professores e alunos da escola. Os depoimentos dos professores minimizaram o papel dos livros em suas práticas, acentuando a sua própria produção de materiais escritos, com destaque para estudos dirigidos e instruções programadas para as aulas. Os testemunhos dos alunos se referiram à pouca frequência de aulas expositivas decorrente do uso desses materiais e em geral não enfatizaram o uso de livros. Entretanto, a análise das narrativas revelou que os livros didáticos estiveram muito presentes nas práticas desenvolvidas na escola, por serem essenciais à preparação e à realização dos estudos dirigidos.Palavras-chave: Livros didáticos de Matemática; Estudo dirigido e instrução programada; Colégio Técnico da UFMG; História Oral. AbstractThis article focuses on the use of textbooks and other written materials in the practices of Mathematics teachers of Colégio Técnico, Universidade Federal de Minas Gerais, from 1969 to 1997. It presents results from a research based on 16 interviews with former teachers and students according to Oral History methodology. Teachers' statements minimized the role of books in their practices, emphasizing their own production of written materials, with emphasis on guided studies and progammed instruction for classrooms. Student testimonials referred to the lack of lectures by Mathematics teachers due to the use of these materials and did not generally emphasize the use of books. However, the analysis of the narratives revealed that the textbooks were present in the practices developed in the school, because they were essential to the preparation and the accomplishment of the directed studies.
Resumo Este artigo se insere no âmbito das pesquisas que tratam da participação feminina na História da Educação Matemática. Aborda parte da trajetória profissional da professora Maria do Carmo Vila em Minas Gerais, especialmente no período em que atuou no Colégio Técnico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O estudo se baseia em depoimentos produzidos com a metodologia da História Oral e documentos coletados em investigação anterior. Focaliza-se o que foi lembrado e contado pela docente e por alguns de seus colegas de trabalho nas décadas de 1970, 1980 e 1990. Os destaques no percurso de Maria do Carmo residem nas suas ações inovadoras na época; na sua formação acadêmica diferenciada, num período em que cursos de Pós-Graduação em Educação Matemática começavam a se disseminar no Brasil; e no seu envolvimento com a formação continuada de professores. Diversas tendências do desenvolvimento da Educação Matemática no Brasil foram notadas nas práticas dessa docente, na época estudada. Evidencia-se que a professora Maria do Carmo se constituiu profissionalmente como importante referência para o ensino de Matemática em Minas Gerais, tendo atuado também em outros estados.
Este artigo focaliza o percurso (auto)biográfico da professora Tânia Lima Ayer de Noronha, docente de Matemática no Colégio Técnico da Universidade Federal de Minas Gerais (Coltec-UFMG), no período de 1979 a 2002. Esse percurso é estudado a partir de uma investigação anterior que usou a metodologia da História Oral. A fonte principal do estudo é a entrevista da própria Tânia, mas também foram usados documentos escritos e depoimentos de outros entrevistados. Uma discussão sobre a História Oral, uma contextualização do Coltec e a motivação para o estudo são apresentadas, seguidas por destaques do trabalho da professora na escola. Buscou-se enfatizar a forte relação entre a atuação da professora e as características da instituição escolar focalizada, bem como considerar o papel desempenhado por Tânia, vinculando-o à repercussão de questões de gênero. O relacionamento com alunos e colegas e a postura de Tânia resultaram no estabelecimento de uma imagem feminina e maternal da professora. O texto é concluído com considerações sobre o percurso de Tânia, à luz da perspectiva de gênero, que estabelece um contraste entre a justificativa da caracterização de homens e mulheres a partir de diferenças sexuais e a construção socio-histórica da feminilidade e da masculinidade.
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