O artigo discute a presença de Minas Gerais nos versos de Henriqueta Lisboa. A partir da leitura de sua obra, é possível afirmar que Minas Gerais é recriada nos versos da poeta e ocupa lugar de destaque entre suas temáticas preferidas, como bem mostram três de seus livros, nos quais volta seu olhar a Minas para contar em versos a sua história: Madrinha Lua, publicado em 1952; Montanha viva -- Caraça, em 1959; e Belo Horizonte -- bem querer, em 1972. Há ainda referências a Minas em outros momentos de sua obra, compondo uma significativa tradução em imagens poéticas das riquezas culturais e geográficas de sua terra natal e reafirmando, em sua prática literária, o que declarou em entrevista: “Eu só poderia ter nascido em Minas. Caso contrário, sairia andando pelo Brasil até encontrar o meu berço”.
O presente artigo pretende apresentar de forma sucinta algumas discussões<br />referentes à correspondência passiva de Henriqueta Lisboa, em especial as<br />cartas de Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles<br />à poetisa. O objetivo principal é destacar a heterogeneidade do discurso<br />epistolar que ora se apresenta como texto autobiográfico, ora se evidencia como<br />espaço de reflexão sobre questões literárias e sobre a amizade entre intelectuais.
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