Discute-se neste artigo um conjunto de recomendações aplicáveis à elaboração de questionários autopreenchíveis, de uso crescente em pesquisas populacionais. São apresentados aspectos selecionados da experiência adquirida em seis etapas de pré-testes do questionário do Censo Saúde DERJ 99, envolvendo 350 voluntários. São enfatizados aspectos relacionados à compreensão das perguntas e instruções, à diagramação do questionário e ao uso de perguntas-filtro e frases de esclarecimento. Menciona-se também a necessidade de minimizar o impacto da leitura parcial de perguntas e opções de resposta e de possíveis efeitos de seqüência.
Este artigo aborda a questão das narrativas de empreendedoras em seus espaços biográficos (ARFUCH, 2010). Seu objetivo é refletir sobre os relatos de sucesso laboral e de vida de mulheres empreendedoras inseridas no contexto estético e midiático contemporâneo. A metodologia baseia-se na análise de discurso de linha francesa (ADF) a partir da qual os discursos são interpretados como formas de interação entre sujeitos (ORLANDI, 2013; PÊCHEUX, 1988). Os discursos analisados foram extraídos de vídeos de palestras ocorridas no Day1, evento organizado pela Endeavor, principal instituição mundial de apoio a empreendedores de alto impacto. As narrativas desses espaços biográficos estão inseridas nos eixos temáticos do novo espírito do capitalismo (BOLTANSKI; CHIAPELLO, 2009), cultura empreendedora, culto à performance (EHRENBERG, 2010) e o ideal do batalhador brasileiro (SOUZA, 2010).Palavras-chave: Espaços biográficos. Narrativas. Cultura empreendedora. Comunicação e consumo.
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Este artigo tem como enfoque os discursos referentes à cultura empreendedora feminina e suas construções de sentido. O corpus da análise se baseia na palestra de Luiza Helena Trajano no Day1, evento realizado pela organização Endeavor, considerada uma das mais importantes na promoção da cultura empreendedora no mundo. Sendo assim, objetivamos compreender a essência do discurso empreendedor e sua articulação com o processo de transformação da atividade laboral. Isso se pauta na apreensão do que se pode nomear de “cultura empreendedora” e sua articulação com o gênero (feminino), a comunicação e as práticas de consumo. Como procedimento metodológico, emprega-se a Análise do Discurso de linha francesa (ADF) para analisar trechos extraídos da referida palestra. Em síntese, pode-se apontar a presença de uma discursividade que corrobora tanto a cultura empreendedora quanto o sistema capitalista em si.Palavras-chave: Empreendedorismo. Mulher empreendedora. Comunicação. Discurso. Narrativas.
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