Este estudo é um recorte da pesquisa de mestrado, que investigou os processos educativos desencadeados numa brinquedoteca, com foco nas relações de gênero e sexualidades imbricadas nos brincares. Pautada na pesquisa qualitativa em educação e na análise da empiria, construiu-se as ferramentas investigativas ancoradas nos estudos pós-estruturalistas. Investigou-se a realidade de uma brinquedoteca no sul de Minas Gerais, que atende crianças de 2 à 7 anos. O recorte analisa os questionários respondidos pelas educadoras sobre os temas em pauta. Concebemos a construção de gênero, como enfatiza Scott, e o discurso sobre a sexualidade, cunhado por Foucault, social, histórica e culturalmente. São questões sociais e políticas que devem ser discutidas nos espaços educativos, imbricadas nos brincares como espaço de diálogo e de novas possibilidades de ser e de estar no mundo. Verificamos como os processos educativos analisados, adotam práticas advindas de um currículo conservador, numa perspectiva que carrega marcas de controle e disciplinamento dos corpos.
Nesta pesquisa buscou-se investigar os processos educativos desencadeados em uma brinquedoteca com foco nas relações de gênero e sexualidades imbricadas nos brincares. Pautada na pesquisa qualitativa em educação e na análise da empiria, construí as ferramentas investigativas ancoradas nos estudos feministas e estudos culturais que abarcam os referenciais pós-estruturalistas. Desse modo, investigo a realidade de uma brinquedoteca no sul de Minas Gerais, que atende crianças de dois a sete anos. Foram realizadas observações, aplicação de questionário para as educadoras e, intencionalmente, algumas atividades para suscitar a fala das crianças sobre gênero e sexualidades. Sexualidade e gênero são questões sociais e políticas que devem ser discutidas nos espaços educativos, enfatizando os brincares como espaço de diálogo e de novas possibilidades de ser. Portanto, esses pressupostos impulsionam a refletir e analisar os processos educativos e as (im)possibilidades nos brincares desencadeados na brinquedoteca. Assim, reflito sobre como as crianças têm se posicionado diante do que lhes é proposto.
Este texto apresenta o grupo de pesquisa Relações entre filosofia e educação para a sexualidade na contemporaneidade: a problemática da formação docente, vinculado ao CNPq, que nasceu em 2009 e seu compromisso com a indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão. No contexto da aprovação de vários projetos de extensão fomos desafiadas e desafiados a imprimir a teorização pós-crítica na realização dos mesmos. Isso porque, na condução das disciplinas da graduação, mesmo que no estudo de vários referenciais teóricos, os procedimentos faziam borbulhar saberes que estranhavam o que é normal; as naturalizações; o mapeamento das relações de poder para assumir a lógica rizomática do “e” e evitar a lógica binária do “ou”. Assim sendo, o ensino e a extensão assumiam a indissociabilidade e a pesquisa seguiu esta mesma trajetória. Este texto, escrito a muitas mãos traz a experiência de docentes e discentes que navegaram pelas águas do Fesex.
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