Introdução: A experiência em cuidados paliativos põe o profissional de saúde, mais especificamente o de Psicologia, de frente para o processo de adoecimento de pacientes sem possibilidade de cura. Objetivo: Esta pesquisa busca compreender como se dá a experiência em cuidados paliativos de profissionais que atuam no campo. Materiais e métodos: Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho fenomenológico. Realizaram-se entrevistas fenomenológicas com profissionais de Psicologia para obter a descrição da experiência em cuidados paliativos. Resultados: Foram entrevistadas quatro psicólogas que atuam ou atuaram segundo a perspectiva de cuidados paliativos. Identificaram-se três categorias para análise: luto profissional; cuidando da boa morte: ser paliativista; e impactos na vida pessoal e profissional. As falas descreveram que a prática do psicólogo é perpassada por contato diário com sofrimento e angústia. Conclusões: Conclui-se que é necessário entrar em contato com esses afetos, os quais podem gerar forte estresse emocional para que sejam elaborados e assim possibilitar uma atuação satisfatória nos cuidados paliativos. Este estudo contribuirá para uma melhor compreensão da prática e das implicações da mesma nos profissionais que atuam em cuidados paliativos.
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