Objective: To compare the effects of mental practice (MP) strategies associated with physical therapy on gait and risk of falls in people with Parkinson's disease (PD). Method: We included 35 people of both sexes with mild to moderate idiopathic PD allocated into four groups; 1- Control group (CG), 2- Image-guided mental practice group (IGMP), 3- Audio-guided mental practice group (AGMP) and 4- Unguided mental practice group (UMP). The subjects in the experimental groups underwent 15 sessions of motor physical therapy and mental practice, while the CG received only physical therapy. The sessions were held twice a week, 40 minutes for motor physical therapy and 1 minutes for the corresponding Mental Practice protocol. To evaluate the spatiotemporal parameters of the gait, the 10-meter Walking Test was used and the risk of falls using the Timed Up and Go (TUG). Results: The IGPM group presented significant results for the time (p= 0.027) and gait speed (p= 0.025) when compared to the results of the CG. Cadence and risk of falls had no major effect for the group. The UMP and AGMP groups did not present statistically significant results for TC10m and TUG when compared with CG. Conclusion: The results of this study suggest that image-guided mental practice training associated with motor physical therapy is more effective in increasing gait speed than other MP strategies.
Introdução: Estudos têm evidenciado que estímulos sensoriais podem ser utilizados para adequação da marcha de indivíduos com doença de Parkinson. Objetivo: Avaliar os efeitos do treino do passo e da marcha associados à estimulação auditiva rítmica sobre a marcha e mobilidade funcional na doença de Parkinson. Métodos: Ensaio clínico randomizado piloto. Os indivíduos foram randomicamente alocados em dois grupos e ambos receberam como intervenção nove exercícios. O grupo com estimulação auditiva rítmica (GEAR) executou o treino do passo e da marcha com a estimulação auditiva rítmica, enquanto o grupo controle (GC), sem o estímulo. Os indivíduos foram avaliados pelo Teste de caminhada de 10 metros (TC10m) e o Timed Up & go (TUG). Resultados: O GEAR apresentou redução do tempo no TUG (diferença de média DM= -0,27; intervalo de confiança IC 95% 4,12-4,65) e no TC10m (DM = -0,53; IC 95% 1,76-2,81), maior velocidade (DM= 0,14; IC 95% 0,44-0,72) e cadência (DM= 0,12; IC 95% 0,19-0,43) no TC10m. Não houve diferença significativa com o teste T pareado em nenhum parâmetro (p>0,05). Conclusão: Considerando as limitações, não é possível inferir que a estimulação auditiva rítmica adicionada aos treinos propiciou melhores resultados que a realização dos treinos isoladamente, entretanto, a análise pareada no GEAR sugere que esta estratégia pode ser promissora, necessitando mais investigações.Palavras-chave: doença de Parkinson, estimulação acústica, música, marcha, limitação da mobilidade.
A habilidade da marcha após uma patologia neurológica muitas vezes é prejudicada e limitada a curtas distâncias, sendo o tempo de caminhada, o comprimento do passo e a cadência inferiores às pessoas sem patologias ou deficiências conhecidas. Atualmente a prática mental vem sendo combinada ao contexto clínico, na reabilitação de pacientes com sequelas neurológicas, principalmente pós-Acidente Vascular Cerebral. Objetivo: Analisar os efeitos da prática mental, associada ou não a outras estratégias de intervenção, nos parâmetros espaço-temporais da marcha de pessoas com doenças neurológicas. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura sobre os parâmetros espaciais da marcha em pacientes com disfunção neurológica tratados com prática mental. As bases de dados pesquisadas foram Pubmed/Medline LILACS, Scopus, Web of Science e Cochrane. Resultados: A maioria dos estudos apresentou o Acidente Vascular cerebral como disfunção neurológica, seguidos de Doença de Parkinson, Lesão medular e Esclerose múltipla. Os estudos selecionados apresentaram protocolos de prática mental associado à fisioterapia combinado ou não com outras estratégias de tratamento no grupo experimental dentre elas estimulação magnética transcraniana e estimulação auditiva rítmica. Dentre os parâmetros espaço-temporais da marcha a velocidade foi o parâmetro mais avaliado e o comprimento da passada o menos avaliado. Conclusão: A prática mental apresentou efeitos positivos nos parâmetros tempo, velocidade e cadência da marcha de pacientes com AVC. Poucos estudos limitam a interpretação dos resultados para doença de Parkinson, Esclerose múltipla e Lesão medular.
Introduction: Functionality is affected by the clinical characteristics and progression of Parkinson’s disease (PD). Objective: Assess the effects of a therapeutic exercise program associated with music-based rhythmic auditory stimulation (RAS) on the Activities and Participation Profile (APP) related to mobility of people with PD. Methods: Intervention study investigating people with moderate PD recruited from the Hospital das Clínicas of the Federal University of Pernambuco and the Parkinson’s Disease Association of Pernambuco. The APP related to mobility of the participants was assessed based on the International Classification of Functioning Disability and Health (ICF). The APP contains 23 activity/participation items scored from 0 (no problem) to 4 (complete problem). The intervention consisted of 10 outpatient sessions of a therapeutic exercise program associated with music-based RAS, applied using a smartphone application (ParkinSONS®), performed twice a week, with an average duration of 50 minutes per session. Given the metric nature of the variable and its non-normal distribution, Wilcoxon’s test was applied, considering p < 0.05. Results: In the sample of 8 patients, there was a significant decline in APP scores after intervention (p = 0.018*), indicating a positive change. Scores for all the APP activities decreased following the intervention, except for “transferring oneself to the left side while lying down”. Conclusion: In this study, a therapeutic exercise program associated with music-based RAS had a positive effect on the APP related to mobility of people with moderate PD.
A depressão e o suicídio tem se tornado nas últimas décadas temáticas de relevância para a saúde pública. Dentre os fatores psicossociais envolvidos destaca-se o surgimento de doenças como a doença de Parkinson (DP). O tratamento farmacológico da sintomatologia depressiva na DP é realizado com uso de antidepressivos, no entanto a abordagem não farmacológica através da música pode ser utilizada como estímulo para o alívio dos sintomas não motores, tais como a depressão. O objetivo desse estudo é avaliar a repercussão da Estimulação Auditiva Rítmica (EAR) com música no estado de humor em pessoas com DP, com ênfase na sintomatologia depressiva. Esse é um estudo quase experimental (CAAE nº 29478620.7.0000.5208) realizado para testar o uso de um aplicativo de smartphone com EAR com música sobre a sintomatologia depressiva na DP. Foi utilizado o inventário de depressão de Beck (BDI) antes e depois da intervenção. Com 21 itens, o BDI possibilita classificar a intensidade da sintomatologia depressiva. Os dados foram tabulados e a comparação pareada foi realizada através de teste T, considerando P<0,05. Resultados: Dez pacientes com DP leve a moderada, com média de idade de 64 (±10) anos, sendo 6 homens, sem uso de antidepressivos, concluíram a intervenção. A média do escore total do BDI antes da avaliação foi 9,4 (±7,9) e após a intervenção foi de 5,0 (±4,4), sendo esta diferença estatisticamente significativa (P=0,026). Os resultados obtidos até o momento na análise pareada revelam que a intervenção com EAR com música melhorou o estado de humor dos pacientes avaliados.
Introdução: O isolamento social pode promover prejuízos na funcionalidade, especialmente da população idosa com doenças crônicas. Objetivo: Analisar os efeitos do isolamento social provocado pela pandemia da covid-19 na funcionalidade de pessoas com doença de Parkinson (DP). Métodos: Estudo transversal desenvolvido pelo Programa Pró-Parkinson, realizado por meio da ferramenta google meeting. Foi realizado o teste senta levanta cinco vezes (TSLCV), cujo ponto de corte para redução da funcionalidade e risco de quedas na DP>16 segundos; comportamento sedentário verificado pela pergunta: quantas horas por dia você fica envolvido em atividades sentado durante a semana? Cujo ponto de corte >4horas/5dias da semana e percepção de piora em atividades cotidianas durante a pandemia. Os dados foram analisados com o software BioEstat, considerado p<0,05. Resultados: Amostra composta por 20 sujeitos, 10 homens e 10 mulheres, com média de idade 65 (±8), variando entre 52 a 76 anos, sendo 14 idosos (idade ≥ 60 anos) e 6 adultos (idade > 50 anos). Nove sujeitos (45%) apresentaram tempo superior a 16 segundos para realização do TSLCV, sendo identificada diferença significativa para realização deste teste (média: 12,1±1,8 vs 19,2±2,9 segundos; p<0,0001*). Sete sujeitos (35%) apresentaram comportamento sedentário, sendo identificada diferença significativa (média: 3±1 vs 7±7 horas; p=0,0003*). Atividades em que os sujeitos perceberam piora durante a pandemia foram n(%): 17 (85%) freezing, 15 (75%) marcha, 12 (60%) girar no leito, 11 (55%) tremor e 5 (25%) sofreram queda durante a pandemia. Conclusão: A pandemia da covid-19 promoveu efeitos negativos na funcionalidade de pessoas com doença de Parkinson.
Objetivo: Verificar a repercussão do medo de cair sobre a mobilidade funcional e risco de quedas de pessoas com Doença de Parkinson. Método: Trata-se de um estudo transversal onde foram incluídas pessoas de ambos os sexos, com diagnóstico clínico de DP idiopática nos estágios 1 a 3 da escala original de Hoehn e Yahr e cadastradas no Programa Pró-Parkinson do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Foram excluídos pacientes que apresentassem outras doenças neurológicas, doenças sistêmicas descompensadas, alterações musculoesqueléticas, rebaixamento do nível cognitivo avaliado por meio do Mini Exame do Estado Mental e com depressão de moderada a grave avaliada pelo inventário de depressão de Beck. Os instrumentos de desfecho utilizados foram o questionário de histórico de quedas e o Timed Up and Go. Para verificar a normalidade da amostra foi utilizado o teste Shapiro-Wilk e para verificar a diferença entre os grupos foi utilizado Teste T para amostras independentes, considerando P < 0.05. Resultados: Amostra foi composta por 18 pacientes, 11 pacientes (61%) relataram medo de cair com ou sem histórico de quedas no último ano. Aumento significativo no tempo para realização do TUG foi observado no grupo com medo de cair em relação ao grupo sem medo de cair (P = 0.012). Conclusão: O medo de cair é um fator comportamental que apresenta repercussões negativas na mobilidade funcional e risco de quedas do indivíduo com doença de Parkinson, sendo necessário considerar esse fator na elaboração dos protocolos de tratamento do paciente.
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