Este trabalho avaliou as condições de higiene de produtos cárneos vendidos em feiras livres de Fortaleza (CE). As feiras escolhidas podem ser consideradas de médio porte e ocorrem em local fixo. Para a avaliação, utilizou-se um check list adaptado da Portaria n° 31, de 2005; os critérios avaliados foram: manipuladores, acondicionamento do produto, abastecimento de água, manejo de resíduos, instrumentos e utensílios utilizados, higienização do ambiente, presença de objetos em desuso, manejo dos resíduos e a origem e qualidade de matéria-prima utilizada. Para compor o perfil dos permissionários, a escolaridade e o tempo atuando como feirante foi incluso no check list. Após obtenção dos dados, os estabelecimentos foram classificados em grupos, de acordo com o percentual de conformidades. O nível de escolaridade dos permissionários foi semelhante entre as feiras avaliadas. A maior parte foi caracterizada sem escolaridade ou não quis responder, 62% e 66% nas feiras 1 e 2, respectivamente. O tempo de atuação como comerciante de produtos cárneos variou de 2 a 25 anos. Apenas 12 bancas aceitaram participar; sendo quatro para cada categoria de carne (bovina, aves e pescados). De acordo com a Portaria n° 31/05, as feiras foram enquadradas no grupo 03, apresentando percentual de conformidades menor que 50%. Constatou-se que as feiras livres avaliadas atuam em condições que comprometem a qualidade dos produtos cárneos comercializados e podem colocar em risco a saúde dos consumidores. Sugere-se maior fiscalização dos órgãos competentes, campanhas de promoção à saúde para minimizar riscos e favorecer a conscientização entre feirantes e consumidores.
Esse trabalho teve como objetivo identificar o perfil e compreender os hábitos dos consumidores de produtos cárneos da cidade de Fortaleza - CE. Através das redes sociais, aplicou-se questionário buscando compreender aspectos de consumo, qualidade e inspeção desses produtos. Verificou-se que 97,2% dos entrevistados consumiam carnes e derivados, 70% pertenciam ao sexo feminino e maioria (46%) com renda familiar entre 2 e 3 salários mínimos. As carnes com maior frequência de consumo foram frango (63,2%) e bovina (32,8%); carne suína (2,5%) e pescado (1,2%) apresentaram menor prevalência de consumo. Quanto ao local de compra de produtos cárneos, verificou-se a preferência por supermercados (76,7%), o que pode ser atribuído aos consumidores acreditarem que este é um ambiente mais limpo e oferece um produto mais seguro ao consumo. Ao correlacionar renda com escolha do produto, observou-se que independentemente do valor da renda familiar, qualidade é mais relevante do que preço, indicando que implementar métodos de segurança alimentar nos pontos de venda pode ser considerado investimento para conquista de clientes. As medidas de melhoria sugeridas pelos participantes abrangeram reforma dos locais, atividades de capacitação para os comerciantes e aplicação de estratégias de fiscalização mais eficazes. Assim, constatou-se que os consumidores do município de Fortaleza relacionam possíveis riscos à saúde com a compra de produtos cárneos sem inspeção ou sem procedência de origem. Além disso, condições das instalações e higiene do estabelecimento, também são considerados fatores determinantes para a decisão sobre escolha do local de compra de produtos cárneos.
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