Este trabalho é parte de uma investigação que objetiva conhecer a história do conjunto de disciplinas que estudam os conteúdos de Cálculo Diferencial e Integral ministradas na Universidade Federal de Goiás. Este artigo analisa o rendimento acadêmico dos alunos na disciplina Cálculo 1A da referida instituição, do primeiro semestre de 2010 ao segundo semestre de 2016, o que corresponde a 14 semestres letivos, verificando aspectos como: alunos matriculados, aprovação e reprovação e médias finais. Realiza-se, pois, um estudo de caso, com base em pesquisa com abordagem quali-quantitativa. Para tanto, respalda-se em dados administrativos, pedagógicos e acadêmicos obtidos no Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas da universidade. Os dados quantitativos coletados são analisados principalmente à luz da estatística descritiva. Além disso, a análise qualitativa é desenvolvida tendo como respaldado um estudo bibliográfico, fundamentado em autores que discutem temas como: ensino e aprendizagem de matemática, dificuldades de aprendizagem em Cálculo e reprovação na educação superior. Os resultados evidenciam um desempenho insatisfatório na disciplina Cálculo 1A, manifesto em elevada reprovação e em médias finais baixas. O estudo ainda mostra que a quantidade de estudantes por sala de aula não provoca maior reprovação. Diante do exposto, emerge a necessidade de se problematizar os processos de ensino e de aprendizagem, bem como pensar na propositura de ações educativas que possam vir a alterar esse quadro, levando os alunos a uma aprendizagem efetiva dos conteúdos dessas disciplinas.
ResumoEste trabalho objetiva apresentar os índices de aprovação, reprovação e cancelamento da disciplina de Cálculo Diferencial e Integral em três instituições de ensino superior do Centro-Oeste brasileiro e, além disso, mapear ações desenvolvidas por essas universidades que visem dar subsídios aos estudantes para aprenderem os conteúdos ensinados na referida disciplina. Os dados foram coletados por meio de informações fornecidas pelas Pró-reitorias de Graduação e de entrevistas realizadas com os docentes. As reflexões levantadas se enquadram nas discussões realizadas a partir da Cultura Escolar de Viñao (2008). Observou-se que a cultura escolar, nas três universidades, é muito parecida e que elas desenvolvem ações, buscando qualificar a aprendizagem do Cálculo para, desse modo, diminuir a reprovação. Palavras-chave: Cálculo diferencial e integral. Universidades. Ensino. Aprendizagem. Cultura escolar. IntroduçãoMuito se comenta sobre as dificuldades de aprendizagem da disciplina Cálculo Diferencial e Integral (CDI) não só no Brasil, como pode ser verificado no trabalho de Wrobel, Zeferino e Carneiro (2013), mas também no exterior, como apontado por Rasmussen, Marrongelle e Borba (2014). Comentários vão desde os meios informais entre alunos, professores, pais e jornais 1 , até os meios mais acadêmicos, sendo tema de pesqui- É notória a importância dos conteúdos, principalmente de funções, derivadas e integrais como ferramentas matemáticas para a análise de fenô-menos físicos, biológicos, econômicos, administrativos, contábeis, matemáticos, químicos, computacionais, das engenharias e de outras ciências que visam não só um avanço tecnológico, mas, sobretudo, compreender, descobrir e aumentar o conhecimento humano que serve à condução da vida ou ao gerenciamento dos negócios.
Este ensaio tem dois objetivos principais: promover reflexões sobre a avaliação no âmbito do processo de ensino e de aprendizagem da Matemática, em especial, na Educação Superior em tempos de pandemia e apresentar opções avaliativas, baseadas em experiências de alguns autores, para aquilatar o desenvolvimento do estudante e, consequentemente ações docentes na direção de uma formação integral deste. Este trabalho é fruto de leituras sobre as dificuldades, os instrumentos e os processos da avaliação formativa. Destaca-se que tanto docentes, quanto discentes com acessos aos recursos tecnológicos enfrentam, nesse momento, ainda mais desafios atinentes sobre como usá-los em prol de uma aprendizagem efetiva. Nesse contexto, são apontadas direções para uma reflexão: a escrita matemática; a validade das respostas; o tradicional paradigma de como conhecer o que os discentes conhecem e também são propostas algumas estratégias e práticas formativas: elaborar portfólios; aplicar questionários contínuos; implementar modelagens matemáticas; projetos pedagógicos de pesquisas; estimular o uso de aplicativos como Kahoot, Padlet, e outros.
Este trabalho é um recorte de uma pesquisa cujo objetivo é analisar os processos de construção de modelos matemáticos realizados por alunos do primeiro ano do ensino médio, para representar as transformações no plano, especificamente o movimento horizontal. É comum as transformações geométricas, as isometrias, os movimentos rígidos e as simetrias serem apresentados ou com formalidade, ou de maneira simplória. Com o propósito de gerar um trabalho intermediário entre esses dois extremos, elaborou-se uma oficina, com a finalidade de desenvolver o ensino conjunto de álgebra, de geometria e de aritmética para que, assim, os alunos pudessem fazer uso da criatividade e da linguagem matemática e descrever as ações observadas. A oficina foi subsidiada por ideias acerca da modelagem matemática, com a intenção de interpretar e descrever, matematicamente, o movimento de translação horizontal, por meio da manipulação do material concreto, para, desse modo, proporcionar melhor visualização da situação investigada pelos participantes. Inicialmente, realizou-se um teste piloto, com o objetivo de analisar os modelos matemáticos produzidos pelos estudantes do 1° ano do ensino médio para o movimento de translação, em um contexto de modelagem matemática mediado pelo material concreto. Para a obtenção dos dados, foram empregados ficha de atividade, questionário e gravação em áudio. É importante ressaltar que o objetivo não era encontrar a solução correta, a resposta ideal, mas, sim, possibilitar o contexto de construção do conhecimento fundamentado e significativo em que os estudantes, com o auxílio do professor, eram instruídos a descobrir, criticar e questionar as suas decisões e a criar um modelo com implicações no mundo concreto. Em relação aos resultados iniciais, ao representar o fenômeno, os estudantes demonstraram dificuldades referentes às operações elementares de adição e fizeram uso inadequado da simbologia. Conclui-se que essas dificuldades são reflexos de um ensino mecânico sem produção de significado nas séries anteriores. Palavras-chave: álgebra; aritmética; geometria; ensino; isometrias.
Este artigo tem como objetivo analisar os aspectos matemáticos do processo formativo do nutricionista e investigar os conhecimentos implícitos e explícitos nos textos das Diretrizes Curriculares Nacionais e do currículo do curso de graduação em nutrição de uma universidade federal brasileira. Assim, propõe-se responder à questão sobre quais são os contextos em que a matemática está presente e contribui para a formação dos nutricionistas mediante os documentos que regulamentam o curso. A pesquisa é qualitativa com respaldos numéricos, do tipo documental, com o emprego da técnica de análise de conteúdo, de Bardin. Foram identificadas cinco categorias: cálculos algébricos dietéticos e antropométricos; cidadania e criticidade; economia; estatística; probabilidade. Todavia, os resultados apontam a ausência da indicação explícita da matemática nas diretrizes, o que contraria sua vasta utilização como ferramenta indispensável para a compreensão de diversos conceitos desenvolvidos no curso de nutrição. Apesar da presença da bioestatística, identifica-se no currículo a inexistência de disciplinas que revisem ou introduzam a álgebra e o cálculo diferencial.
ResumoMuitos estudantes queixam-se em relação à não aplicabilidade do que veem em Matemática, pois, na maioria das vezes, consideram-na desvinculada do mundo real. No caso, o conceito de função é apresentado com sendo apenas: uma função de um conjunto D para um conjunto R é uma regra que associa um único elemento em R a cada elemento de D. Ao analisar algumas fases da construção das ideias de função ao longo da história, percebese que muitas delas estiveram acompanhadas de modelos de forma explícita ou implícita, ou seja, as ideias desenvolviam-se mediante problemas da realidade que necessitavam de uma análise matemática em busca de respostas. Por isso, esta investigação aconteceu por meio de uma pesquisa bibliográfica e documental, envolvendo livros, artigos, dissertações e teses, perfazendo o total de 43 trabalhos. Foram revisadas obras que tratam do desenvolvimento do conceito de função e apresentadas uma linha do tempo de seu desenvolvimento. É possível que a função seja a ferramenta matemática mais usada para modelar fenômenos naturais e reais e, porque não, abstratos também. Então, tal conceito deve ser tratado de forma contextualizada, dando-lhe o significado original: modelar fenômenos.Palavras Chave: função, modelos, desenvolvimento histórico. AbstractMany students complain about the non-applicability of what they learn in Mathematics, for the most part, consider it disconnected from the real world. In this case, the function concept is only being presented with: a function of a set D for the set R is a rule that associates a single element R to each element of D. Analyzing some phases of construction of function ideas throughout history, it is clear that many of them were accompanied by models explicitly or implicitly, that is, the ideas developed by means of real problems required a mathematical analysis search for answers. Therefore, this research took place through a literature and documents involving books, articles, theses and dissertations, totaling 43 works. Was reviewed works that deal with the development of the function concept and presented a timeline of its development. It is possible the function is a mathematical tool used to model phenomena more natural and real, and why not, also abstract. So this concept should be treat in context, giving it the original meaning: modeling phenomena.
In this paper we examine the contributions of the “Calculadora para Otimização Linear” (Calculadora LOpt) to be inserted as a tool to support the teaching and learning process of the operational research discipline. The study involved a coordinating teacher, a student, two teachers who applied the questionnaire to students from different courses of two private higher education institutions in the state of Goiás in Brazil. A questionnaire was developed, which was applied in two graduation groups constituted of 81 participants. The analysis and interpretations of the data generated evidence that the use of software in solving linear optimization problems through the simplex method contributes significantly to the teaching and learning process of this discipline, since it facilitates problem solving and creates an interactive learning environment.
Este trabalho tem como objetivo principal compreender a Matemática ensinada nos cursos superiores da área de saúde por meio da produção acadêmica brasileira de teses e dissertações publicadas na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). O artigo é fruto de um recorte de uma tese de doutorado. Ele consiste em uma investigação teórica, possui uma abordagem qualitativa com respaldos numéricos e o tipo de estudo é exploratório e descritivo. Foram realizadas buscas na plataforma a partir de descritores e operadores para quantificar e comparar a produção científica da área e selecionou-se 13 trabalhos relacionados aos cursos de ensino superior em saúde, que foram analisados quanto aos seus objetivos, suas metodologias de pesquisa e seus resultados. Os trabalhos direcionados aos cursos da área de saúde correspondem a apenas 1,06% da produção dirigida exclusivamente ao Ensino Superior, abordando os cursos de Enfermagem, Medicina, Biomedicina, Ciências Biológicas, Nutrição e Zootecnia. A maior parte dos estudos (n = 9) apresenta propostas metodológicas de ensino e integração da Matemática com as demais disciplinas, enquanto os demais (n = 4) realizam análises curriculares. Os resultados dos trabalhos analisados, em geral, indicaram que a Matemática tem se apresentado fragmentada nos currículos estudados e propuseram estratégias metodológicas de contextualização dos conceitos ensinados com a prática profissional.
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