As irmandades são organizações religiosas criadas na Idade Média, entre os séculos XII e XV, na Europa, com o objetivo inicial de congregar fiéis em torno da devoção a um santo padroeiro. Essas associações seguiam regras internas estabelecidas em um compromisso que definia objetivos, obrigações dos irmãos, deveres, formas de entrada, taxas de pagamento, etc. Os compromissos dividem-se em capítulos que tratam dos objetivos da irmandade, da condição jurídico-civil daqueles que poderiam ser aceitos como irmãos, e também de seus direitos e deveres, sua forma de organização, além de questões religiosas e sociais. Apesar de surgirem por meio do catolicismo, eram organizadas por homens e mulheres leigas. Essas irmandades passavam pelas instâncias da Igreja e, dependendo do reino e da época, deviam passar, também, pelas instâncias do Estadoprincipalmente nas regiões nas quais vigorou o padroado, a exemplo da ibérica -, para aprovação, mas eram mantidas, organizadas e administradas pelos irmãos leigos, que compunham uma mesa administrativa. Além * Pesquisadora associada ao Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade do Estado de Santa Catarina, Diretora Administrativa do Instituto de Estudos Culturais Luisa Mahin. 1A irmandade passou a ser assim denominada a partir da reformulação do Compromisso, em 1905. Antes tinha a denominação "dos homens pretos", muito comum à época e por serem os cargos da Mesa assumidos por esta "qualidade" de homens. Durante a elaboração desse trabalho, perceberemos melhor essas mudanças, não apenas no nome, mas no sentido da associação, cujo foco principal passou a ser a beneficência.
This text develops a critical analysis regarding the production and diffusion of the so-called black press in Florianópolis in the decades following the Abolition. This communication and dissemination tool comprised a strategy to mobilize different intellectuals of African origin who are concerned with combating racism, dimensioning access to education as a means of social ascension and an instrument capable of transforming the racial inequalities of the society of the time. Based on newspapers produced by these intellectuals, between 1914 and 1925, we developed this narrative research, pointing out strategically signaling ways of mobilizing "literate men" in an attempt to point out social problems and the impacts of racism. Based on local and regional press periodicals, Statutes and Minutes of associations, we mapped movements of different social actors in the state capital, in search of spaces of schooling, sociabilities, political and cultural insertion. Anchored in theorists of culture, memory and press, we organize our analysis from the perspective Taylor (2013), Connerton (1999) and Cruz and Peixoto (2007). Such theorists allow us to look at the sources used, produced by these intellectuals "literate men of color", between 1914 and 1925, we developed this research, signaling forms of mobilization of "literate men", and organization in the attempt social problems and the impacts of racism.
O trabalho foca a experiência de realização do Programa de Apoio ao Estudante Quilombola (PAEQUI), que constitui uma política preocupada com a permanência de estudantes quilombolas ingressantes na Unifesspa via Processo Seletivo Específico Indígena e Quilombola (PSIQ). O estudo foi realizado com a análise de fontes documentais, notas de campo, relatórios parciais e finais produzidos pelas discentes apoiadoras e pelas coordenadoras, destacando o funcionamento do PAEQUI em dois grupos na unidade 3, campus de Marabá. Objetivou-se analisar os avanços e desafios na implementação dessa política de permanência voltada para os estudantes quilombolas na instituição. Constatou-se que o Programa possui experiências exitosas e desafios quanto a ações articuladas entre a PROEG e as coordenações dos grupos de apoiadores que possibilitem efetivamente o sucesso acadêmico dos discentes apoiados.
O trabalho pretende apresentar as experiências de ex-bolsistas e bolsista do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros-NEAB/UDESC em atividades extensionistas em diferentes operações no Núcleo Extensionista Rondon, nos anos 2011, 2013, 2018 e 2019. Objetivamos refletir sobre nossa percepção em relação às ações de extensão no âmbito universitário, as quais participamos, e relacioná-las com as oficinas realizadas no NER/UDESC. Dessa forma, refletir sobre as ações NEABianas relacionadas aos trabalhos que diz respeito à equidade racial e à visibilidade das culturas africanas e afro-brasileira, conforme a Lei Federal 10.639/03, em conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (2004), enfatizando a importância destas ações na região de execução da Operação NER/UDESC. Nossa metodologia neste texto pauta-se numa reflexão crítica sobre as experiências vivenciadas pelas participantes nas operações indicadas. Os principais resultados e conclusões dizem respeito ao entendimento de que a extensão universitária é uma potente forma de construir e consolidar políticas públicas de democratização do conhecimento nas IES brasileiras, bem como da promoção da igualdade racial.
Resumo: Este artigo tem por objetivo apresentar experiências de tutoria ocorridas em 2013 e 2014 por meio de cursos de formação continuada de professores(as) oferecidos pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade do Estado de Santa Catarina (NEAB-UDESC) em consonância com a Lei Federal 10.639/03. Procuramos discutir as possibilidades promovidas pelos ambientes virtuais de aprendizagem para o desenvolvimento de formações destinadas a professores e professoras preocupados com a qualidade e o efetivo diálogo na construção de uma sociedade que valorize as diferentes origens de suas cidadãs e seus cidadãos, sem hierarquizá-las. Analisamos o papel do(a) professor(a) tutor(a) na construção do conhecimento em cursos de formação continuada direcionados a professores(as) da educação básica. PALAVRAS-CHAVE:Formação continuada. Construção do conhecimento. Professor tutor. RESUMEN:Este artículo tiene el objetivo de presentar experiencias de tutoría ocurridas en 2013 y 2014 por medio de cursos de formación continua de profesores(as) ofrecidos por el Núcleo de
RESUMO:O presente trabalho aborda experiências de extensão realizadas pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade do Estado de Santa Catarina (NEAB/UDESC), objetivando, em especial, oferecer reflexões acerca da Educação a Distância (EaD) e do curso de formação continuada "Formando para a Educação das Relações Étnico-Raciais". Enfatizamos, aqui, a trajetória do curso em diferentes momentos, destacando os conteúdos e os objetivos propostos, as dificuldades, as principais reflexões e os debates abordados, assim como alguns apontamentos sobre educação a distância e suas implicações no curso de capacitação oferecido pelo NEAB/UDESC. Por fim, analisamos a última versão do curso, oferecida em 2012, por meio de questionários aplicados aos cursistas que concluíram a formação e avaliaram aspectos e resultados, construindo também uma reflexão em torno dos fóruns realizados durante toda a capacitação. PALAVRAS-CHAVE:Educação das relações étnico-raciais. Cursos de formação. Educação a Distância. Extensão universitária. Training for the education of racial-ethnic relations: experiences in continuing education courses -NEAB/UDESCABSTRACT: This paper discusses experiments conducted by the Afro-Brazilian Studies Center at the Santa Catarina State University (NEAB/UDESC), aiming to offer reflections on
No abstract
Lançamos nessa edição da Revista Escritas do Tempo diferentes artigos que compõem o dossiê intitulado “Amazônia, fronteiras e diversidades”. A proposta desse número é mesclada por textos articulados ao tema de Amazônia(s) e suas diversidades e fronteiras, em plurais experiências de sujeitos históricos, contextos, períodos, abordagens e epistemologias. Reflexões/pesquisas e escutas em narrativas textuais que permitem evidenciar experiências das diversidades amazônicas são demonstradas nessa edição, constando de análises de registros imagéticos, escritos, sonoros, rítmicas evidenciando saberes e viveres de povos e comunidades do campo e da cidade, povos indígenas e comunidades quilombolas, espaços e estratégias educacionais e políticas de ação afirmativa, artes e suas linguagens, numa emergência de múltiplas Amazônia(s) e seus contextos.
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