O estrogênio é um hormônio esteroide sexual que possui efeito sobre o sistema reprodutor feminino e masculino. Esses efeitos são mediados principalmente pelas isoformas α e ß (ER α e ß), componente da superfamília de receptores nucleares que controlam a transcrição gênica. De fato, a resposta do gene ao estrogênio depende de muitos fatores, incluindo a avaliação dos subtipos de ER, os correguladores, o tempo de exposição ao estrogênio e a quantidade desse hormônio. Os processamentos (do inglês splicing) alternativos geram diversas variantes de RNAm de ESR1. As isoformas de RNAm com distintas regiões 5' não traduzidas resultam na expressão da proteína ESR1 de diferentes tamanhos. Sabe-se que o gene ESR1 possui muitos sítios de polimorfismos que podem ser responsáveis por diferentes variantes alélicas da proteína, podendo alterar a função e a atividade dessa proteína e, então, resultar nas diferenças do efeito do estrogênio sobre o desenvolvimento de doenças. Existem vários fatores de risco relacionados ao BRCA, porém os polimorfismos do gene ESR1 contribuem de maneira expressiva para carcinogênese mamária. Os SNPs Pvu II e Xba I e os STRs (GT)n e (TA)n despertam curiosidade por se localizarem em regiões não traduzidas do gene ESR1 e poderem estar relacionados a doenças de grande impacto, como o BRCA. Nota-se certa interferência desses polimorfismos nessa neoplasia, porém os resultados são divergentes. Contudo, é importante ampliar o conhecimento da genética do ESR1, pois existem evidências que suas propriedades interferem no desenvolvimento do BRCA.
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