RESUMO: A doença inflamatória intestinal idiopática (DII) representa um grupo de condições inflamatórias crônicas, resultantes de ativação persistente e inadequada do sistema imune mucoso. Além dos sintomas intestinais característicos, as DII podem se manifestar através de uma série de manifestações extraintestinais (MEI). Objetivos: Avaliar a incidência das MEI das doenças inflamatórias intestinais no Hospital Universitário da INTRODUÇÃOA doença inflamatória intestinal idiopática (DII), representada pela doença de Crohn e pela retocolite ulcerativa, é um grupo de condições inflamatórias crônicas, resultantes de ativação persistente e inadequada do sistema imune mucoso. Essa desregulação do sistema imune manifesta-se através de uma elevação local de diversas citocinas, como TNFalfa, interferon-gama, IL-12, IL-13 e IL-171 . A etiologia dessas patologias ainda não foi definitivamente esclarecida 2,3 . DII constitue-se em um problema de saúde pública em muitos países. Importantes trabalhos retrospectivos sobre a epidemiologia da DII realizados, sobretudo, a partir de 1980, demonstraram que está havendo uma tendência mundial para o aumento da sua incidência [4][5][6][7][8] . Sua incidência tem aumentado nos países desenvolvidos, girando em torno de 50 a 70 casos/1.000.000 por ano 9 , e há evidente tendência de crescimento da incidência nos países em desenvolvimento como ocorre na Amé-rica do Sul 10,11 . Além dos sintomas intestinais característicos (como diarreia, sangue e muco nas fezes, tenesmo retal), as DII podem se manifestar através de uma série de manifestações extraintestinais (MEI) que podem passar despercebidas. Entre essas, pode-se citar: articulares, como artralgia e espondilite anquilosante; dermatológicas, como eritema nodoso e psoríase; oftalmológicas, como uveíte e episclerite; urológicas, como litíase renal, insuficiência renal e nefroesclerose; hepatobiliares, como colelitíase, esteatose e colangite esclerosante; pulmonares, como derrame pleural, broquiectasia e asma; e manifestações vasculares, como trombose venosa e vasculites 5 . Atualmente, temos ambulatório de referência em DII no Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU/UFS), com um número significativo de pacientes. É importante ressaltar a escassez de dados epidemiológicos acerca dessa patologia, em nosso país, que passa despercebida pelos grandes levantamentos de saúde pública nacional. Dada a falta de informações sobre a ocorrência das DII no Brasil, é essencial que se construa um perfil demográfico e clínico dos pacientes com DII e que se avalie a ocorrência das MEI nos mesmos. OBJETIVOAvaliar a incidência das MEI das DII (retocolite ulceratica idiopática -RCUI -e doença de Crohn -DC), diagnosticando-as e instituindo o tratamento adequado dos pacientes portadores dessas manifestações. MÉTODOS CasuísticaEste trabalho consistiu em um estudo descritivo prospectivo, do tipo coorte longitudinal, onde foram incluídos os pacientes atendidos no ambulatório de referência de DII do Serviço de Coloproctologia do HU/ UFS, no per...
(1) . O Instituto Nacional do Câncer (INCA) informa que o câncer de cólon e reto entre 1995 e 1999 foi a quinta causa de morte por câncer nos homens, perdendo apenas para o acometimento do pulmão, estô-mago, próstata e esôfago. Entre as mulheres, se constituiu como a quarta causa de morte por câncer no país, perdendo apenas para mama, pulmão e estômago (2) . O CCR apresenta uma ampla variação de freqüência em todo o mundo, e sua incidência tem-se aumentado nos países industrializados (3,4) . Os tumores malignos que acometem o cólon e o reto a cada ano somam cerca de 945 mil casos novos, sendo a quarta causa mais comum de câncer no mundo e a segunda em países desenvolvidos. No Brasil, o CCR é o quinto tumor mais incidente em homens e o quarto, em mulheres. Estima-se que o número de casos novos de câncer de cólon e reto para o Brasil em 2006 seja de 11.390 casos em homens e de 13.970 em mulheres. Estes valores correspondem a um risco estimado de 12 casos novos a cada 100 mil homens e 15 para cada 100 mil mulheres (5) .
RESUMO: A realização da colonoscopia pode acarretar complicações decorrentes do preparo, sedação e dos procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos. Esses eventos, relativamente comuns, possuem taxa de morbidade em torno de 1% e, em geral, são transitórios e subnotificados. Objetivo: Avaliar a incidência de complicações da sedação e realização da colonoscopia, durante e imediatamente após a mesma; relacioná-las às variáveis: gênero, idade, co-morbidades, dose das drogas para sedação/analgesia, hipertensão, hipotensão, hipóxia, taquicardia, bradicardia. Método: Estudo observacional, prospectivo e descritivo, acompanhando-se a colonoscopia de 90 pacientes em clínica privada. Utilizou-se midazolan e meperidina para a sedação. INTRODUÇÃOCom o surgimento das fibras ópticas na área médica, houve grande avanço tecnológico na observação do aparelho digestivo. Atualmente a videocolonoscopia destaca-se como um dos métodos mais completos de investigação das doenças colorretais, com vantagens sobre outros métodos de investigação por proporcionar a observação da mucosa colônica e muitas vezes do íleo terminal, em tempo único e de forma direta (1,2,3,4) . Porém, o exame apresenta morbidades decorrentes do preparo, sedação, realização do exame e/ou de procedimentos terapêuticos.Entre as complicações relacionadas às drogas utilizadas para a sedação destacam-se as reações locais, como flebites superficiais no local da injeção de diazepínicos e o prurido localizado devido ao uso de meperidina. As reações sistêmicas provocadas pelas drogas são mais significantes e potencialmente mais perigosas, a maioria delas de natureza cardiorrespiratória. As mais comuns são: hipoventilação, hipertensão, hipotensão, hipóxia, taquicardia, bradicardia. Algumas podem ser potencializadas pela dor e desconforto dos pacientes, exigindo maiores doses de sedativos. Doses adicionais podem, eventualmente, levar ao agravamento da hipóxia levando à
RESUMO: O preparo intestinal é muito utilizado em cirurgias do cólon. A LIATO (lavagem intestinal anterógrada trans-operatória) promove limpeza do cólon, conferindo incremento de tempo ao ato cirúrgico e maior risco de infecção pela maior manipulação do conteúdo intestinal .Este estudo compara confecção de anastomoses colônicas com e sem preparo intestinal, pela análise histomorfométrica. Foram submetidos à cirurgia 30 coelhos divididos em 2 grupos: grupo 1, controle e grupo 2, que submeteu-se a LIATO, e comparados os seus resultados. A presença de infiltrado inflamatório agudo teve média discretamente maior nas anastomoses do grupo 2. Infiltrado inflamatório crônico obteve média de 1,9 nas anastomoses do grupo 2 e de 2,1 nas sem preparo. Necrose esteve presente em 15,7% dos casos onde se realizou LIATO contra 13,5% no grupo sem preparo. Calcificações foram encontradas em 43% das anastomoses com preparo e em 30% das sem preparo. Observou-se maior quantidade de colágeno nas anastomoses feitas com a lavagem intestinal. O padrão entrelaçado das fibras colágenas foi observado em 86% das anastomoses do grupo 2 e 70% no 1. Estudo estatístico foi realizado com programa Prism ® 4 para p<0,05. Neste estudo que a LIATO apresenta melhor padrão de cruzamento e concentração de fibras colágenas, resultando possivelmente em melhor cicatrização.
Anus neoplasm accounts for 2 to 4% of colorectal tumors, being more prevalent around the seventh and the eighth decades. Females are mostly affected, and the ratio is 3:1. Its increased prevalence amongst the population in the past years is probably related to the higher number of people that are affected by sexually transmitted diseases, mainly human papillomavirus (types 16 and 18, mostly) and/or the human immunodeficiency virus. Diagnosis is based on clinical findings and anatomopathological tests. The treatment of choice is radiochemotherapy, and the rescue surgery with abdominoperineal resection is used for recurrence and persistence cases. A retrospective and prospective longitudinal observational study was performed with 11 patients diagnosed with anal neoplasm from 2004 to 2010. Six (54.5%) were females and five (45.5%) were males. The incidence was higher in the sixth decade, at the mean age of 54.45 years. The most frequent histological type observed was the epidermoid carcinoma, and the most frequent cell differentiation type was the moderately differentiated. Chemotharapy associated with radiotherapy was used in 81.9% of the patients, and abdominoperineal resection was necessary as a rescue surgery in 18.2% of the patients.
Neoplasias do ânus correspondem de 2 a 4% dos tumores de intestino grosso, sendo predominante nas sétima e oitava décadas. A maior prevalência é em gênero feminino, com proporção de 3:1. O aumento da prevalência na população nos últimos anos provavelmente está relacionado ao número maior de pessoas com doenças sexualmente transmissíveis, principalmente o papilomavírus humano (tipos 16 e 18, mais comumente) e/ou o vírus da imunodeficiência humana. O diagnóstico é feito a partir de achados clínicos somados ao exame anatomopatológico. O tratamento de escolha baseia-se na radioquimioterapia, sendo a cirurgia de resgate com amputação abdominoperineal utilizada para casos de recidiva ou persistência. Foi feito um estudo observacional longitudinal retrospectivo e prospectivo, com 11 pacientes diagnosticados com neoplasia anal no período de 2004 a 2010. Seis (54,5%) eram do gênero feminino e 5 (45,5%) do masculino. O pico de incidência foi em sexta década, com média de idade de 54,45 anos. O tipo histológico mais encontrado foi o carcinoma epidermoide (72,7%), sendo o moderadamente diferenciado o mais frequente grau de diferenciação. A quimioterapia associada à radioterapia foi instituída em 81,9% dos pacientes, sendo necessária a cirurgia de amputação abdominoperineal como terapia de resgate em 18,2% dos pacientes
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