INTRODUÇÃO: Asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) são doenças prevalentes no Brasil e seu controle é realizado com dispositivos inalatórios (DI), cuja técnica de uso apresenta sérias dificuldades. Esse fator atinge negativamente o controle da doença e aumenta os custos para o sistema de saúde. Assim, é fundamental uma melhoria na sustentabilidade do tratamento. Atualmente, não se dispõe de dados de análise da técnica de DI em Belo Horizonte, o que justifica a realização desse trabalho. OBJETIVO: Avaliar a prevalência de erros na técnica de uso de DI em pacientes portadores de asma ou DPOC, acompanhados no Ambulatório de Pneumologia da Faculdade Ciências Médicas – MG. MÉTODOS: Estudo transversal experimental no qual foram avaliados 95 pacientes em uso de um ou mais dispositivos inalatórios. RESULTADOS: A prevalência de erros foi de 94,9%, sendo maior nos DIs pressurizados (98,7%) em comparação aos dispositivos em pó (88,8%). CONCLUSÃO: A prevalência de erros na técnica de uso de DI no Ambulatório de Pneumologia da Faculdade Ciências Médicas – MG é semelhante à observada em outros estudos, sendo importante sempre orientar o paciente sobre o uso na primeira prescrição, assim como reavaliá-lo periodicamente, uma vez que esses erros podem ser corrigidos.
RESUMOIntrodução: asma e obesidade são problemas frequentes de saúde. Objetivos: avaliar a prevalência de obesidade e obesidade abdominal em amostra de pacientes asmáticos do Ambulatório de Pneumologia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e correlacioná-las com o controle da sintomatologia da asma. Métodos: 74 pacientes com asma, com idade igual ou superior a 18 anos, foram avaliados entre março e julho de 2010. Foram analisadas nesses pacientes as medidas do índice de massa corpórea (IMC), da circunferência abdominal (CA) e o Questionário de Controle da Asma (ACQ-5). Resultados: a amostra era constituída por 57 mulheres (77,0%) e 17 homens (23,0%); 83,8% apresentavam CA acima do recomendado e 44,6% eram obesos. Houve correlação positiva significativa entre o escore total do ACQ-5 e a CA (p=0,006) e IMC (p=0,015). Em relação ao escore categorizado do ACQ-5, foram propostos dois pontos de corte -0,75 e 1,50. Considerando o primeiro ponto de corte para o ACQ-5, verificou-se significativa associação com o IMC (p=0,023) e com a CA (p=0,034). Não foi verificada significativa associação com algum dos índices com o segundo ponto de corte no escore médio do ACQ-5. Conclusões: constatou--se elevada prevalência de obesidade e obesidade abdominal em população de asmáticos e provável influência destas no controle da sintomatologia da asma.Palavras-chave: Obesidade; Circunferência Abdominal; Asma. ABStRACtIntroduction: Asthma and obesity are common health problems. Objectives: To assess the prevalence of obesity and abdominal obesity in a sample of asthmatic patients at the Pulmonology Clinic at the Minas Gerais School of Medical Sciences and correlate them with the control of asthma symptoms. Methods: 74 patients with asthma, aged 18 years or more, were evaluated between March and July 2010. We assessed the body mass index (BMI), waist circumference (WC) and the Asthma Control Questionnaire (ACQ-5) for these patients. Results: The sample consisted of 57 women (77.0%) and 17 men (23.0%); 83.8% were above the recommended WC and 44.6% were obese. There was a significant positive correlation between the total ACQ-5 score and WC (p = 0.006) and BMI (p = 0.015). Cutoff points of -0.75 and 1.50 in relation to the categorized ACQ-5 score were proposed. Considering the first cutoff point for the ACQ-5, there was a significant association with BMI (p = 0.023) and WC (p = 0.034). There was no significant association with any of the measurements with the second cut-off point of the average ACQ-5 score. Conclusions: We found a high prevalence of obesity and abdominal obesity in a population of asthmatic individuals and their possible influence in the control of asthma symptoms.
Hipertensão pulmonar grave é uma doença debilitante, com expectativa de vida reduzida, que acomete adultos jovens. Complicações pleuropulmonares no lúpus eritematoso sistêmico ocorrem em 50% a 70% dos pacientes. A hipertensão pulmonar grave no lúpus eritematoso sistêmico é rara e tem prognóstico reservado. Descreve-se, pela primeira vez, um paciente com hipertensão pulmonar grave associada a lúpus eritematoso sistêmico e sín-drome antifosfolipídio secundário que apresentou boa resposta ao uso do sildenafil oral, após falha do tratamento convencional com corticosteróides, ciclofosfamida, warfarin e diltiazem. (J Pneumol 2003;29(5):302-4) Severe pulmonary hypertension is a debilitating disease with short life expectancy that often affects young people. Pleuropulmonary complications of systemic lupus erythematosus occur in 50-70% of patients. Severe symptomatic pulmonary hypertension in systemic lupus erythematosus is rare and carries a bad prognosis because a fatal outcome can occur within months. The authors describe, for the first time, a patient with systemic lupus erythematosus with severe pulmonary hypertension and secondary antiphospholipid syndrome who responded favorably to oral sildenafil, after unsuccessful use of prednisone, intravenous cyclophosphamide, warfarin and diltiazem.
Dyspnoea is a frequently occurring respiratory symptom during chronic hepatitis C treatment, and it is not associated with changes in spirometric parameters in the first 12 weeks of treatment. However, changes in FEV1 and FEV1/FVC can be observed in patients with advanced liver disease in the first 12 weeks of treatment with PEG-IFN and ribavirin.
A asma é uma doença prevalente nos ambulatórios e consultórios de Pneumologia, atingindo faixas etárias variadas. O controle da doença visa melhorar a qualidade de vida do portador e evitar complicações, sendo feito através do uso de medicações anti-inflamatórias e broncodilatadoras e do controle de fatores ambientais, possíveis gatilhos das crises. No entanto, pouco se fala a respeito da influência das condições psicológicas sobre esse controle. O transtorno de ansiedade e o transtorno depressivo são muito prevalentes na atualidade e existem diversas evidências de que exercem forte influência no controle da asma. Com o objetivo de avaliar a prevalência de sintomas depressivos e de ansiedade em pacientes portadores de asma e analisar o impacto destes no controle da doença, foi realizado um estudo transversal, observacional, descritivo no período de abril de 2019 a março de 2020 envolvendo asmáticos atendidos no ambulatório de Pneumologia da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais, em Belo Horizonte (MG). Participaram do estudo 40 pacientes, que responderam a dois questionários validados (HADS - Hospital Anxiety and Depression Scale e ACT - Asthma Control Test) e dos quais foram coletados dados demográficos e espirométricos. Os resultados mostraram a existência de associação entre o controle da asma e os transtornos psiquiátricos. A prevalência de transtornos de ansiedade e/ou depressão na totalidade da amostra foi de 75%, sendo o de ansiedade o mais prevalente. Entre os portadores de asma não controlada, os transtornos estavam presentes em 92%, ao passo que entre aqueles com asma controlada a prevalência foi de 47%. Não houve, no entanto, associação significativa entre idade, sexo, alterações espirométricas e o controle da asma. Ao final do estudo, não foi possível definir claramente a relação causa-consequência entre controle da asma e os transtornos psiquiátricos, apesar da evidente associação encontrada, sendo necessário, portanto, novos estudos para tal.
NC. Avaliação da repercussão dos sintomas depressivos na qualidade de vida de pacientes com DPOC / Evaluation of the repercussion of depressive symptoms on the quality of life of patients with COPD. Rev Med (São Paulo). 2019 nov.-dez.;98(6):374-81.
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) associa-se comumente a múltiplas comorbidades, sendo a depressão frequente e, na maioria das vezes, subdiagnosticada. A prevalência de depressão em pacientes portadores de DPOC varia de 10 a 42% - uma proporção muito maior do que a da população geral - e está relacionada a maiores taxas de exacerbações e admissões hospitalares, a maior gravidade dos sintomas, a piora da funcionalidade e, por fim, ao aumento da mortalidade. Nesse contexto, a detecção do quadro depressivo em pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica contribui para melhor qualidade de vida desses pacientes. Com o objetivo de avaliar a prevalência de sintomas depressivos em pacientes portadores de DPOC e analisar a repercussão desses sintomas na qualidade de vida, nas taxas de exacerbações, nas admissões hospitalares e na gravidade dos sintomas dos pacientes portadores dessa doença foi realizado um estudo não intervencional, descritivo e transversal no período de março de 2018 a outubro de 2018 no ambulatório de pneumologia da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais. Entre os resultados, a prevalência de sintomas depressivos foi de 25%. Ao contrário do que se esperava estes sintomas foram mais comuns na população idosa e não houve associação significativa entre sexo e índice da função pulmonar. Os indivíduos com DPOC e sintomas depressivos apresentaram piores desfechos relacionados à qualidade de vida, exacerbações e internações hospitalares. Não foi possível comprovar se pacientes com piores padrões respiratórios desenvolvem sintomas depressivos ou se portadores de sintomas depressivos apresentam mais exacerbações com sintomatologia mais grave, sendo necessário novos estudos para elucidar essas hipóteses.
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