INTRODUÇÃOO tabagismo é considerado a maior causa isolada evitável de doença e morte, porquanto são atribuídas a esse vício 90% dos casos de câncer de pulmão, 86% de bronquite crônica e enfisema, 25% dos processos isquêmicos do coração e 30% dos cânceres extrapulmonares. No mundo, ocorrem 3 milhões de óbitos (5% da mortalidade geral) e, no Brasil, 80 a 100 mil mortes (10,9% da mortalidade geral), anualmente. Em nosso país, 30 milhões de indivíduos com mais de 15 anos de idade são fumantes (32,6% da população), sendo 40,4% mulheres e dois terços moradores de zonas urbanas.Sendo o tabagismo uma pandemia e, portanto, um problema de saúde pública, deve ser combatido energicamente. Os médicos têm papel muito importante nos programas antifumo 1,2 , devendo ser mobilizados para uma atuação, principalmente, preventiva, com ações educativas junto à população, de modo a influir na diminuição do número de pessoas que se iniciam no tabagismo; além disso, podem agir, individualmente, junto aos fumantes para que abandonem o cigarro.O médico tem notável poder de persuasão, ajudando o tabagista a vencer a nicotino-dependência, pois as pessoas, em geral, esperam receber auxílio desse profissional para seus problemas de saúde, levando o paciente à convicção de que, abandonando o fumo, ele viverá melhor e mais tempo.O aconselhamento médico é eficaz, desde que exercido de maneira constante. Em vários países, estudos mostraram que se cada médico se dedicar, durante dois a três minutos, a cada paciente, levando informações, consegue uma redução de 10% no número de fumantes entre seus doentes. Daí a importância de sua participação nos programas nacionais de combate à epidemia tabágica, e o êxito desse enfrentamento se deve a uma classe médica constituída por não-fumantes.O médico que fuma destrói toda a credibilidade da mensagem de que fumar é lesivo à saúde e apressa a morte, desacreditando a luta antitabá-gica. Programas informativos sobre tabagismo devem ser introduzidos nas escolas médicas, em suas atividades curriculares, o que facilitará, de muito, a formação de uma população médica livre do tabaco. A Organização Mundial de Saúde (OMS), entre suas várias recomendações, advoga que os médicos devem dar o exemplo, abstendo-se de fumar.Na maioria dos países desenvolvidos, a proporção de médicos fumantes, que era alta, diminuiu sensivelmente, após a tomada de conhecimento dos vários relatórios sobre os malefícios do taba-
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