BRCA1 mutations are known to be responsible for the majority of hereditary breast and ovarian cancers in women with early onset and a family history of the disease. In this paper we present a mutational survey conducted in 47 Brazilian patients with breast/ovarian cancer, selected based on age at diagnosis, family history, tumor laterality, and presence of breast cancer in male patients. All 22 coding exons and intron-exon junctions were sequenced. Constitutional mutations were found in seven families, consisting of one insertion (insC5382) in exon 20 (four patients), one four base-pair deletion (3450-3453delCAAG) in exon 11 resulting in a premature stop codon (one patient), one transition (IVS17+2T > C) in intron 17 affecting a mRNA splicing site (one patient), and a C > T transition resulting in a stop-codon (Q1135X) in exon 11 (one patient). The identification of these mutations which are associated to hereditary breast and ovarian cancers will contribute to the characterization of the mutational spectrum of BRCA1 and to the improvement of genetic counseling for familial breast/ovarian cancer patients in Brazil. Key words: BRCA1, breast cancer, ovarian cancer. The Breast Cancer Linkage Consortium dataset indicates that the proportion of familial breast and ovarian cancers associated to BRCA1 or BRCA2 may be as high as 98% (Martin et al., 2001). Mutations in BRCA1 account for 45% of families with multiple cases of breast cancer and for at least 80% of families with early-onset breast and/or ovarian cancer (Miki et al., 1994). Moreover, 88% of families with at least four cases of early-onset breast cancer and one case of ovarian cancer are related to mutations in BRCA1 and BRCA2 (Unger et al., 2000). Furthermore, germ line BRCA1 or BRCA2 mutation carriers also have an increased risk of developing other cancers in prostate, stomach, colon, pancreas, fallopian tubes and uterus when compared to the general population (Offit, 1998;Brose et al., 2002). However, the alternative possibility of mutations in other, still unidentified susceptibility genes with low penetrance or chance clustering in families with multiple cases of breast/ovarian cancer without mutations in BRCA1 or BRCA2 remains to be determined.More than 800 different mutations were reported in BRCA1, and most of them are listed in the Breast Cancer Information Core (BIC -http://research.nhgri.nih.gov/bic/). Mutation carriers have an increased risk of developing breast cancer at different ages, with estimates of approximately 37% up to 40 years, 66% up to 55, 73% up to 70, and 82% over their entire lifetime (Hall et al., 1990;Brose et al., 2002). As for ovarian cancer, the risk was estimated to be 29% up to 50 years and 40% up to 70 years (Ford et al
Mutações no gene BRCA1 são conhecidas como a causa mais freqüente a predisposição aos cânceres hereditários de mama e ovário. Embora menos que 10% de todos os casos de câncer de mama e ovário manifestem características hereditárias, estima-se que até 80% dos casos hereditários são relacionados a mutações no gene BRCA1. A maioria das mulheres com câncer de aparecimento precoce e forte história familiar são portadoras de mutações em BRCA1. A identificação e caracterização destas mutações na população brasileira são cruciais para o aconselhamento genético e prevenção. Neste trabalho, apresentamos dados da seqüência de ADN de 47 pacientes que foram selecionados pelo Grupo de Aconselhamento Genético em Câncer de Mama e Ovário do Instituto Nacional de Câncer-RJ. Todos os éxons codificantes e junções íntron-éxon foram analisadas. Sete mutações (15%) foram encontradas em BRCA1 entre os 47 pacientes incluídos na investigação: uma idêntica inserção (insC 5382) foi encontrada no éxon 20 de quatro pacientes, uma deleção de quatro pares de bases (3450 del4 CAAG) no éxon 11, resultando em um códon de parada, no quinto paciente; uma transição (T>C IVS 17+2) no íntron 17, afetando o sítio de processamento do ARNm no sexto paciente; e uma transição C>T resultante em um códon de parada (Q1135X) no éxon 11 do sétimo paciente. Outro paciente sem mutações detectadas em BRCA1 apresentou uma mutação em BRCA2 (IVS 21+4 A>G) no íntron 21, outro gene relacionado ao câncer de mama masculino e feminino. A identificação destas mutações associadas aos cânceres de mama e ovário hereditários contribuirá para o conhecimento do perfil mutacional de BRCA1 na população brasileira.
A proteína P-gp1 é codificada pelo gene MDR1 humano e está envolvida com o desenvolvimento de resistência a quimioterápicos, não relacionados entre si, em tumores, o que caracteriza a "resistência a múltiplas drogas" (MDR). A expressão aumentada de P-gp1 é atribuída a mecanismos moleculares que podem alterar a regulação transcricional desse gene. Entre os mecanismos, está a alteração do status metilacional nos sítios CpG e polimorfismos genéticos no promotor de MDR1, além das respostas ao estresse causado, entre outros fatores, por exposição ao calor. A expressão e atividade elevada de P-gp1 na Leucemia Mielóide Aguda (LMA) pode ser utilizada como fator prognóstico. Um total de 20% dos pacientes com LMA de novo e 75% dos casos de LMA secundária expressam P-gp1. Embora 60% a 70% dos pacientes com LMA de novo apresentem remissão completa frente à quimioterapia, apenas 25% a mantém, os remanescentes recaem e/ou morrem devido à MDR. Neste trabalho, foram analisadas a associação entre polimorfismos na região promotora de MDR1 em células leucêmicas de 72 pacientes com LMA e a atividade e expressão de P-gp1. Também foi analisada a associação entre a densidade metilacional e a atividade e expressão de P-gp1 em um trecho funcional da região promotora de MDR1 em células leucêmicas de 14 pacientes e em duas linhagens celulares com (Lucena) e sem (K562) o fenótipo MDR. Também foi comparada a expressão gênica dos genes de resistência MDR1, MRP1, BCRP e do fator de transcrição HSF1, nas linhagens celulares leucêmicas, K562 e Lucena, tratadas e não tratadas com 5-Azacitidina, antes e após a exposição a choque térmico (2 horas a 43º C). A análise de 665pb da região promotora do gene MDR1 revelou um SNP denominado -129T/C e uma substituição não descrita na posição 68 do íntron 1. A frequência dos genótipos do SNP -129T/C foram: 83,3% TT (60/72), 15,7% T/C, (11/72) e 1,3% C/C (1/72). O ensaio com Rodamina-123 executado em 64 pacientes mostrou um fenótipo MDR em 52% dos pacientes analisados. A expressão de P-gp1 foi analisada em 58% dos pacientes com LMA e a superexpressão de P-gp1 foi encontrada em 81% do total de pacientes analisados. Nenhuma associação estatística significante foi encontrada entre qualquer um dos genótipos, -129T/T ou -129T/C, e a atividade ou expressão de P-gp1. O padrão de metilação foi analisado em 14 pacientes para uma região de 223pb do promotor, abrangendo 12 sítios CpG. Os sítios CpG localizados em -141, -131 e -102 bases do sítio de início de transcrição estavam não metilados em aproximadamente 70% dos pacientes. Os sítios localizados em - 48, -31 e -26 mostraram-se metilados em 10% dos pacientes. Além disso, um paciente mostrou todos os sítios CpG em estado metilado/não metilado e três pacientes mostraram todos os sítios não metilados. A linhagem Lucena apresentou baixo estado metilacional para a maioria de seus sítios CpG, enquanto em K562 apenas 33% dos sítios CpG apresentaram-se metilados. Não foi encontrada qualquer associação entre a expressão e atividade de P-gp1 e a metilação em pacientes. Os experimentos de choque térmico mostraram que houve um discreto aumento do nível de expressão do gene MDR1 nas células submetidas apenas ao choque térmico em relação aos seus controles, tanto em K562 quanto Lucena. Também mostraram que há aumentos modestos na quantificação relativa do ARN mensageiro de MDR1, MRP1 e HSF1 quando as linhagens são submetidas ao choque térmico após o tratamento com o agente 5-Azacitidina. Neste último caso, para MRP1, houve aumento transcricional mais evidente em K562 em relação aos outros genes MDR. A presença de motivos de reconhecimento para o fator de transcrição HSF1 no próprio promotor de HSF1 sugerem a possibilidade de um feedback positivo relacionado à ativação de sua própria transcrição. Não foi detectada a expressão de BCRP nas linhagens K562 e Lucena, mesmo após o tratamento com 5-Azacitidina.
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