A cobertura vegetal da superfície terrestre é um dos condicionante da variação de temperatura do ar encontrado nestes locais. Assim o objetivo da presente pesquisa é verificar a correlação espacial existente entre os padrões de uso da terra e valores de temperatura de superfície (Ts) registrados pelo satélite Landsat 8. A área de estudo está localizada na zona rural de Francisco Beltrão/PR, caracterizada pela presença de usos agrícolas de subsitência. Foram processados dados de cenas datadas de 27/11/2017 e 13/12/2017, tanto para a obtenção dos mapas de uso e cobertura da terra, como para os dados de temperatura de superfície. As Ts registradas por cada uma das classes de uso da terra: água, floresta, campo sujo, campo, lavoura e solo exposto, demosntraram uma forte correlação de Pearson, sendo de 0,9116 e 0,9292 respectivamente para as cenas mapeadas. Ao analisar a homogeneidade entre as variâncias da Ts de cada classe, verificou-se que os valores das médias não possuem uma similaridade mínima significativa entre si. O teste de Tukey indicou que para a primeira data nenhuma das classes de uso apresentou valores semelhantes entre si. Já para a segunda data as classes de água e floresta apresentaram Ts estatisticamente similares, além das classes de campo sujo e campo.
Resumo O processo de urbanização em Francisco Beltrão foi muito acelerado no final do século XX, o que ocasionou diferentes tipos de ocupações urbanas e contrastes espaciais nas condições de vida da população. Nesse sentido, a pesquisa possui como intuito analisar a distribuição espacial da qualidade de vida na cidade de Francisco Beltrão, Paraná, com base em dados coletados em campo e secundários, usando como ferramentas o Geoprocessamento e a Análise Multicritério. As etapas metodológicas foram: 1) diagnóstico de indicadores a partir do Censo Demográfico 2010, 2) diagnóstico de indicadores por trabalho de campo e análise de distâncias, 3) diagnóstico dos riscos de alagamentos e 4) processamento de análise espacial pela somatória linear ponderada ordenada. Os resultados demonstram uma fragmentação espacial nas condições de vida da população na cidade que, considerando a formação dos bairros, possui estreita relação com os seus fatores históricos. Como conclusão, é possível afirmar que o uso do Geoprocessamento e da Análise Multicritério permitiram uma visão sistêmica da qualidade de vida, a partir da integração dos seus vários indicadores.
O objetivo desse trabalho é desenvolver técnicas de Geoprocessamento para espacializar derrames vulcânicos com base no modelo digital do terreno (MDT), tendo como área piloto a bacia hidrográfica do Rio Marrecas (SW/PR). A metodologia ocorreu em quatro etapas: primeiro elaborou-se o modelo digital do terreno da bacia hidrográfica no aplicativo ArcScene, segundo foram espacializados os pontos amostrais para a individualização dos derrames no aplicativo ArcMap, terceiro espacializou-se os derrames vulcânicos no aplicativo ArcMap, e quarto foram quantificadas as áreas de afloramento dos derrames no aplicativo SAGA (Sistema de Análise Geo-ambiental - Lageop/UFRJ). Os resultados são a espacialização e quantificação de doze diferentes derrames na área de análise, que servirá como base para estudos dos aspectos geomorfológicos da mesma. Por meio deste trabalho é possível observar a potencialidade de uso do Geoprocessamento em estudos relacionados ao meio físico.
Desde o início da colonização brasileira, os povos indígenas vêm sendo desterritorializados e marginalizados. Apesar da existência de uma história vergonhosa, de massacre e subjugação, o reconhecimento e institucionalização de territórios indígenas por parte do Estado se constitui em importante conquista. No entanto, a pressão extrativista e agropecuária de sujeitos não-indígenas sobre terras indígenas tem levado a diversos tipos de conflitos e injustiças. Um exemplo concreto está no processo de ocupação da Terra Indígena Mangueirinha, situada no Sudoeste do estado do Paraná, permeado por apropriações de terras, disputas judiciais e pela exploração de recursos naturais, sobretudo de madeira, por não-indígenas. Este artigo apresenta uma análise da evolução do desmatamento e do processo de ocupação da Terra Indígena Mangueirinha, entre 1975 e 2019, com base na interpretação de imagens de satélite. Além de uma breve caracterização da TI Mangueirinha e de sua ocupação, o artigo enfatiza as alterações ocorridas em seis períodos, através da elaboração de mapas de uso dos seguintes anos: 1975, 1984, 1994, 2003, 2011 e 2019. Também foi possível identificar e espacializar as áreas que deixaram de ser ocupadas com florestas primárias e as áreas que, a partir de 1994, passaram por um processo de regeneração florestal. Verificou-se que, nos últimos anos, ocorreram inúmeras mudanças na cobertura florestal da Terra Indígena Mangueirinha, principalmente frente ao corte de espécies nativas da vegetação, sobretudo de árvores de grande porte e valor comercial, com destaque para a Araucaria angustifolia, popularmente conhecida como araucária ou pinheiro do Paraná. Todavia, desde o final da década de 1990, algumas áreas têm sido abandonadas, permitindo o retorno do processo de sucessão ecológica, apesar das perdas inestimáveis decorrentes da exploração florestal durante o século XX. Mesmo assim, a pressão extrativista e agropecuária ainda permanece na TI Mangueirinha/PR. Palavras-chave: Terra Indígena Mangueirinha; Uso da terra; Cobertura Florestal; Mapeamento. Land use and forest cover in Mangueirinha Indigenous Land/PR: An analysis from 1975 to 2019 Abstract Since the beginning of Brazilian colonization, indigenous peoples have been deterritorialized and marginalized. Although the existence of a shame of massacre and subjugation, the recognition and institutionalization of indigenous territories by the State is an important achievement. However, extractive and agricultural pressure from non-indigenous subjects on indigenous lands has led to different types of conflicts and injustices. An example is the occupation of the Indigenous Land, located in the southwest of the state of Paraná, permeated by land appropriations, disputes over resources and exploitation of Paraná's natural resources, especially wood, by non-indigenous people. This article presents an evolution of deforestation and the process of occupation of the Mangueirinha Indigenous Land, between 1975 and 2019, based on the interpretation of satellite images. In addition to a brief characterization of the Mangueirinha Indigenous Land, in portuguese Terra Indigena or TI, and its occupation, the article explains the changes that occurred in six periods, through the elaboration of maps of use for the following years: 1975, 1984, 1994, 2003, 2011 and 2019. It was also possible to identify and spatialize the areas that were no longer occupied with primary forests and the areas that, from 1994 onwards, implemented a process of forest regeneration. In the last years of the Indigenous Land, many native species were found in the forest cover, especially at the front, especially of large trees and commercial value, with Araucaria popularly size and commercial value, commercial Araucaria or Paraná Pine. However, since the end of the 1990s, some areas have been abandoned, allowing the return of the parallel process, despite the priceless possibilities arising from forest exploitation during the 20th century. Even so, extractive and agricultural pressure still remains in the Mangueirinha/PR TI. Keywords: Mangueirinha Indigenous Land; Land Use; Forest Cover; Mapping. Uso del suelo y cobertura forestal en la Tierra Indígena Mangueirinha/PR: Un análisis del período de 1975 a 2019 Resumen Desde el inicio de la colonización brasileña, los pueblos indígenas han sido desterritorializados y marginados. Si bien la existencia de una vergüenza de masacre y sometimiento, el reconocimiento e institucionalización de los territorios indígenas por parte del Estado es un logro importante. Sin embargo, la presión extractiva y agrícola de sujetos no indígenas sobre las tierras indígenas ha dado lugar a distintos tipos de conflictos e injusticias. Un ejemplo es la ocupación de la Tierra Indígena, ubicada en el suroeste del estado de Paraná, permeada por apropiaciones de tierras, disputas por los recursos y explotación de los recursos naturales de Paraná, especialmente la madera, por parte de personas no indígenas. Este artículo presenta una evolución de la deforestación y el proceso de ocupación de la Tierra Indígena Mangueirinha, entre 1975 y 2019, a partir de la interpretación de imágenes satelitales. También fue posible identificar y espacializar las áreas que ya no estaban ocupadas por bosques primarios y las áreas que, a partir de 1994, implementaron un proceso de regeneración forestal. En los últimos años de la Tierra Indígena, se encontraron muchas especies nativas en la cubierta forestal, especialmente en la parte delantera, especialmente de árboles grandes y de valor comercial, con Araucaria popularmente de tamaño y valor comercial, Araucaria comercial o Pinheiro Paraná. Sin embargo, desde finales de la década de 1990, algunas áreas han sido abandonadas, lo que permitió el regreso del proceso paralelo, a pesar de las invaluables posibilidades que se derivaron de la explotación forestal durante el siglo XX. Aun así, la presión extractiva y agrícola aún permanece en la Mangueirinha/PR TI. Palabras clave: Tierra Indígena Mangueirinha; Uso del Suelo; Cubierta Forestal; Cartografía.
A vegetação é um fator determinante das condições climáticas de determinado local. Assim, o objetivo desta pesquisa visa verificar a correlação espacial existente entre a vegetação e a temperatura de superfície encontrada nas áreas urbanas de Francisco Beltrão e de Pato Branco. O satélite LANDSAT 8, através de seus sensores OLI e TIRS, possibilita realizar mapeamentos de uso da terra e da temperatura de superfície em mesma escala. A área urbana de Francisco Beltrão apresentou um total de 4.551 ha, sendo 1.041 ha de solo urbano, 2.584 ha de vegetação florestal e 926 ha de vegetação rasteira. Já Pato Branco possui uma área urbana total de 6.204 ha, com 3.167 ha de solo urbano, 1.466 ha de vegetação florestal e 1.571 ha de vegetação rasteira. Quanto à temperatura de superfície registrada, as duas áreas urbanas estudadas tiveram uma variação térmica entre os 19 °C e os 35 °C, sendo as áreas florestais com variação de 19°C a 29°C e a classe de solo urbano em sua maioria entre 24 °C a 35 °C. A correlação de Pearson para ambas as variáveis em sua distribuição espacial apresentou um valor aproximado de 0,75, considerada uma correlação forte.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.