A motivação para escrever essas recomendações se baseia no fato de que esse perfil de pacientes apresenta um leque de sintomas devido ao percurso debilitante do câncer, a infecção por coronavírus pode ser um agravante e comprometer mais ainda a sua sobrevida. Com o comprometimento proveniente da Covid-19, as indicações de abordagem pela fisioterapia se norteará de acordo com a avaliação criteriosa de cada caso.
Introdução: O Karnofsky Performance Status (KPS) pode caracterizar o impacto da doença em pacientes com câncer. Objetivo: Avaliar os fatores associados ao KPS e a sua trajetória no último mês de vida em pacientes com câncer terminal. Método: Estudo de coorte retrospectivo, com pacientes com câncer terminal internados em uma unidade de cuidados paliativos, falecidos entre julho e agosto de 2019. A variável dependente foi o KPS avaliado diariamente no último mês de vida. Uma análise transversal dos fatores associados ao KPS inicial foi realizada por meio de regressões logísticas ordinais. Para verificar a trajetória do KPS no último mês de vida, foram realizadas análises gráficas longitudinais. Resultados: Foram avaliados 108 pacientes, cuja maioria possuía >60 anos (68,5%) e era do sexo feminino (62,0%). Os sítios tumorais mais prevalentes foram o trato gastrointestinal (TGI) (24,3%), mama (18,7%) e cabeça e pescoço (CP) (16,8%). No modelo múltiplo, os sítios tumorais primários permaneceram associados ao KPS. Durante o último mês de vida, a redução do KPS foi mais pronunciada naqueles com tumor no TGI, CP e tecido ósseo conjuntivo, que apresentaram valores mais elevados de KPS no trigésimo dia antes do óbito quando comparados aos demais. Por outro lado, aqueles com câncer no sistema nervoso central e pulmão iniciaram o período de seguimento com valores de KPS mais baixos e tiveram redução menos exacerbada que os demais. Conclusão: Os valores de KPS diminuem no último mês de vida, porém com intensidade diferente de acordo com o local do tumor em pacientes com câncer terminal.
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