Brazilian cities, like other cities in developing countries, have changed in the last few decades due to accelerated population growth and rural–urban migration. Since these changes are not accompanied by urban planning, they represent a great risk to the maintenance of a balanced environment. This results in deforestation, excessive soil waterproofing, floodplain occupation, river pollution and much environmental damage. The main threats to watercourses in Brazilian urban areas are polluting loads, loss of ecosystem services due to changes in the natural channel design, as well as the impacts of unplanned occupation in watersheds. When it comes to watershed rehabilitation, three techniques can be adopted: restoration, revitalisation or recovery. The choice between these is based on watershed features and the desired outcome of the rehabilitation process. This paper proposes a method to select water rehabilitation techniques adapted to the context of Brazil.
A requalificação de cursos d’água, principalmente em áreas urbanas, é um grande desafio para a manutenção e retomada dos serviços ecossistêmicos valiosos prestados por estas áreas, auxiliando no aumento da qualidade de vida da população. As intervenções, em cursos d’água, podem ser classificadas de diferentes formas, em função do grau de atuação em cada uma das frentes envolvidas no processo e no contexto em que o curso d’água está inserido. Neste estudo foi realizada uma revisão da literatura existente sobre o assunto a fim de encontrar qual definição utilizada para cada tipo de requalificação de cursos d’água, e obteve-se o uso predominante de 3 termos: a Renaturalização, a Revitalização e a Recuperação. A renaturalização se dedica ao retorno do sistema às condições naturais, ou às condições pré-desenvolvimento. Já revitalização se dedica à criação de uma nova condição de equilíbrio, diferente da condição natural, para o sistema para que este possa suportar diversos tipos de usos urbanos. Por fim a recuperação se dedica ao reestabelecimento das condições sanitárias do sistema, podendo ser vista como uma etapa intermediária da revitalização e da renaturalização. Diante das demandas existentes em cada uma das três técnicas, neste estudo é realizada a análise crítica da aplicabilidade de cada uma delas para o caso brasileiro.
Diante do contexto de mudanças climáticas, torna-se cada vez mais imperativa a adoção de estratégias para a construção de paisagens mais resilientes, que consigam responder aos eventos climáticos extremos, como as chuvas intensas e os períodos de estiagem prolongados, que já podem ser observados e segundo às previsões serão ainda mais críticos nas próximas décadas. O conceito de cidades sensíveis à água estabelece os princípios para a construção de um ambiente urbano saudável, onde sejam agregados serviços ecossistêmicos, desempenhado pelos elementos naturais, ao território e a sua comunidade. A arborização urbana é essencial nesse processo, já que atua na manutenção de diversos processos de regulação, de provisão, culturais e de suporte. Apesar de sua importância a arborização urbana encontra nas grandes cidades um ambiente altamente adverso ao seu desenvolvimento, principalmente no que se refere à disponibilidade hídrica, de nutrientes e de espaço para o seu crescimento adequado, sendo a queda das árvores urbanas durante chuvas intensas responsável por danos ao patrimônio e às pessoas. O pivotamento, ou seja, a queda com o soerguimento de todo o sistema radicular, é causado pelo desenvolvimento inadequado do sistema radicular, que em áreas urbanas se dá devido principalmente a compactação do solo dos passeios públicos ou calçadas; a má distribuição da umidade por todo o volume de solo abaixo do calçamento também contribui para limitar o desenvolvimento das raízes, somado a isso temos muitas vezes a escolha inadequada de espécies que não observa as características do local. As áreas dos canteiros, responsáveis pela captação das águas das chuvas, não são suficientes para coletar um volume de água que permita um ambiente adequado desenvolvimento do sistema radicular e da árvore como um todo. Pavimentos permeáveis, que permitem a infiltração da água no solo e armazenam parte das águas pluviais, podem potencializar um habitat favorável ao desenvolvimento vegetal. Neste estudo foram simulados os processos hidrológicos nos passeios públicos com diferentes configurações com o objetivo de verificar o efeito da implantação de pavimentação permeável na disponibilidade hídrica como instrumento da manutenção da arborização urbana. Os resultados obtidos demonstram a potencialidade do uso destes sistemas para aumentar a disponibilidade hídrica no solo para mantenimento da arborização urbana.
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