O Acompanhamento Juvenil (AJ) é proposto no âmbito da prática da psicologia em extensão acadêmica no contexto de políticas públicas. Configura-se como uma prática, inspirada no Acompanhamento Terapêutico (AT), que busca estar com jovens para pensar a infração e o abandono nos processos de institucionalização vividos em medidas socioeducativa e protetiva. O exercício de construção com jovens de novas relações com a cidade evidencia o AJ como uma prática de análise das relações juvenis na rede que compõe as políticas públicas. Para tal tarefa, o diálogo com a pesquisa-intervenção e a esquizoanálise indicou três ferramentas conceituais: experimentar, escrever e cartografar. Os modos de escrever, produzidos pela equipe da psicologia através de um diário coletivo, enunciam a experimentação de percursos geográficos e existências e a análise de acompanhados e acompanhantes. Assim, emerge o AJ como uma estratégia de intervenção clínica e institucional na intervenção juvenil.
O estudo investiga como o eurocentrismo estimula que a crítica decolonial aos conflitos sócio-raciais seja reduzida ao plano simbólico. Para alcançar o objetivo a investigação adotou a interdisciplinaridade como método, utilizando delineamento bibliográfico para coleta de dados. Os resultados indicam que os genocídios perpetrados ao longo da colonial-modernidade constituíram a Europa e a centralidade euro-ocidental, permitindo que as suas simbolizações sobre a realidade não fossem consideradas formas simbólicas específicas, mas, sim, abstratas e, portanto, universais de integração do real. O estudo concluiu que embora a crítica ao eurocentrismo seja capaz de identificar os genocídios/epistemicídios que o constituem, isto é, conclua que a centralidade da simbologia ocidental reside na força e não na sofisticação das suas representações sobre a realidade, é preciso que a teoria decolonial não apenas reivindique saberes insurgentes, mas legitime o uso revolucionário do padrão de força que garantiu a emergência e garante a reprodução do eurocentrismo.
Através de análise interdisciplinar conjugada a dados bibliográficos e fontes secundárias o estudo pretende averiguar se a expansão privada do ensino superior é capaz de fortalecer a autonomia universitária e contribuir com a diminuição da desigualdade social. A pesquisa foi dividida em três seções. A primeira resgata as teorias do capital humano e do capital intelectual, apresentando os impactos que os modelos de acumulação fordista e flexível provocam na expropriação simbólica do trabalhador. A partir do conceito de campo desenvolvido por Bourdieu no texto “os usos sociais da ciência (2005)” o segundo trecho enfrenta as relações entre ensino e mercado, observando as tendências que formam a autonomia educacional. A última seção mostra os efeitos concretos da expansão privada do ensino superior, referindo, de maneira pontual, como a dominação racial e a desigual divisão social dos bens simbólico-materiais aparecem na prática. O estudo concluiu que a expansão privada da educação superior contribui com a dessegregação da referida etapa educacional, relegando, ao mesmo tempo, discentes e egressos desprovidos de acúmulo econômico-simbólico às piores posições acadêmico-profissionais.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.