O parto prematuro ou pré-termo é um grave problema enfrentado por perinatalogistas, com elevadas taxas de morbidade e mortalidade mundial. Visando aprimorar a qualidade na assistência da saúde pública no Município de Nova Iguaçu (RJ), e com objetivo de medir a incidência de fatores de risco físicos, químicos e biológicos em puérperas pré- termo e gestantes com ameaça de parto prematuro, internadas na Maternidade Mariana Bulhões, situada no Município de Nova Iguaçu (RJ), foi realizada uma pesquisa quantitativa, descritiva e bibliográfica, tendo como método o indutivo. Duzentos e cinco pacientes foram entrevistadas e resultados apontam que a infecção urinária é o fator de risco mais relevante, representando quarenta por cento dos casos de parto prematuro, considerando a grande influência do fator escolaridade. Os resultados indicaram dados estatísticos de saúde pública no Município e medidas de prevenção a partir de um plano de ação ofertado à Secretaria Municipal de Saúde.
Introdução: Alterações gestacionais, como imunossupressão relativa, mudanças anatômicas da gravidez e alterações hormonais, fazem com que as gestantes fiquem mais propensas ao desenvolvimento de infecções sexualmente transmissíveis (IST). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Chlamydia trachomatis infecta mais de 90% da população e, por esse motivo, infecções genitais não tratadas na gestação, principalmente as assintomáticas, podem acarretar transtornos psíquicos, amniorrexe prematura, parto prematuro e óbito fetal. Também podem causar endometrite puerperal, sendo um dos principais fatores de risco para a mortalidade materna em razão da imunossupressão fisiológica da gravidez e a Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis, da qual a maioria dos casos ocorre simultaneamente com doença inflamatória pélvica. Objetivo: Identificar a presença de Chlamydia trachomatis na secreção endocervical de gestantes com sífilis atendidas no ambulatório de ensino do Centro de Saúde Vasco Barcelos; estabelecer o perfil da gestante com base em informações a respeito dos possíveis sinais e sintomas durante a gravidez e hábitos gestacionais que propiciaram a proliferação de bactérias. Métodos: É uma pesquisa quantitativa, descritiva, bibliográfica, laboratorial, com método indutivo. A amostra da pesquisa constituiu-se de 56 gestantes sifilíticas, com diagnóstico realizado por meio de teste rápido durante o agendamento da primeira consulta de pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Nova Iguaçu. As pacientes com teste rápido positivo foram encaminhadas ao ambulatório de ensino do Centro de Saúde Vasco Barcelos para tratamento da sífilis, realização do teste rápido para clamídia e preenchimento do formulário da pesquisa. Os instrumentos de coleta de dados foram teste rápido para sífilis, kit de clamídia teste rápido e questionário para traçar o perfil das pacientes. O projeto foi desenvolvido a partir da aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), sob o Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) nº 97966518700008044. Resultados: Das 56 gestantes atendidas com sífilis, 52% foram diagnosticadas com Chlamydia trachomatis das quais 67% eram assintomáticas. Das pacientes com teste rápido para clamídia positivo, 80% não faziam uso de preservativo durante as relações sexuais e 100% desconhecem os riscos das IST e as complicações para o feto. Conclusão: Chlamydia trachomatis tem grande incidência entre gestantes com sífilis no município de Nova Iguaçu, representando 52% do total de gestantes atendidas. A porcentagem pode ser explicada pela ausência de exames específicos para diagnóstico de clamídia nas UBS do município, visto que nenhuma das pacientes haviam sido rastreadas anteriormente e tratadas para essa IST, contribuindo com a disseminação da doença e as complicações maternas fetais. Com isso, há necessidade de incorporação no município de um programa de rastreamento de clamídia para as populações alvo. Correlacionamos as altas taxas de infecção por Chlamydia trachomatis à falta de conhecimento sobre IST e suas formas de prevenção.
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