Introdução: O uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) é amplo na medicina veterinária devido a suas características anti-inflamatórias, anti-pirética e analgésica. Porém, o uso equivocado pode levar a quadros de intoxicações em pequenos animais. Os AINEs agem inibindo as enzimas cicloxigenases (COX), das quais as COX-2 são responsáveis pela conversão do ácido araquidônico em mediadores inflamatórios como as prostaglandinas, sendo o foco principal de inibição pelos AINEs, e as COX-1 com a liberação de substâncias necessárias nos processos fisiológicos de proteção da mucosa gástrica e controle da perfusão renal. Assim, quando os AINEs atuam inibindo COX-1, muitos efeitos indesejados podem ocorrer, principalmente gastrointestinais.Objetivos: Com esse trabalho temos o objetivo de relatar um caso de intoxicação por AINE em cão. Materiais e Métodos: Foi atendida uma canina, Dog Alemão, não castrada, 45kg, 7 anos, na Clínica Escola do Cesmac, a qual o tutor relatou que não apoiava o membro pélvico direito e administrou por conta própria Maxicam por 2 dias na dose de 20mg/kg. Após 24 horas da administração o tutor relatou início de uma diarréia sanguinolenta e quadros de êmese recorrentes. Ao exame físico o animal apresentava-se apático, desidratado (10%), dor a palpação abdominal e com temperatura retal de 39.1°C. Devido ao quadro desfavorável do paciente e das condições financeiras do tutor, o animal foi eutanasiado e encaminhado para realização do exame de necrópsia. Resultados: Nos achados da necrópsia, o animal apresentava uma gastrite ulcerativa hemorrágica multifocal acentuada, além de apresentar lesões renais características de nefrose isquêmica. Esses achados estão relacionadas com o uso em altas doses de AINEs, que diminui a seletividade do fármaco, levando a uma inibição indesejada das COX-1, resultando nas lesões gastrointestinais e renais encontradas no exame. Conclusão: Por fim, o diagnóstico da intoxicação por AINE foi realizado baseado na anamnese, histórico clínico e aos achados do exame necrópsia, reforçando a importância dos exames post-morten para auxiliar no diagnóstico das mais diversas patologias.
Introdução: o acidente vascular cerebral (AVC) origina-se em virtude de lesões que acometem os vasos sanguíneos do cérebro e pode ser caracterizado em: AVC isquêmico e AVC hemorrágico. O AVC hemorrágico, tem menor incidência e está associado a ruptura vascular congênita, neoplasias cerebrais primárias ou secundárias, doenças inflamatórias de vasos e entre outras. Dentre as neoplasias primárias que podem acometer o parênquima cerebral, temos os hemangiomas, que podem ser classificados em cavernosos, arteriovenosos, venosos e capilares. O hemangioma cavernoso é formado por canais capilares largamente agrupados apenas por uma camada de células endoteliais, sem parênquima cerebral normal ou elementos de parede vascular. Os animais apresentam sinais clínicos que se relacionam com a localização da neoplasia e dentre estes temos mudança de comportamento, ataxia e crises convulsivas. Objetivos: com esta produção temos como objetivo relatar o caso de um acidente vascular cerebral em decorrência de um hemangioma. Material e métodos: foi encaminhado ao setor de anatomopatologia do curso de medicina veterinária do Centro Universitário Cesmac, um cão macho, da raça husky siberiano, com 4 anos de idade que, segundo o tutor, a um ano apresentava quadros de convulsão e veio a óbito na última crise convulsiva sem ter recebido nenhum atendimento veterinário. Foi realizado a necropsia do animal e fragmentos de órgãos foram colhidos, fixados em formol a 10%, processados para histologia em coloração rotineira de hematoxilina e eosina para subsequente visualização dos achados em microscópio óptico. Resultados: no exame macroscópico os principais achados foram, presença de intensa congestão em rins, pulmão, coração e fígado. Na abertura do crânio foi observado intensa congestão encefálica e uma área de hemorragia, subdural, localizada em lobo frontal. Histologicamente, essa área encéfalo continha moderada celularidade, bem delimitada, não encapsulada, composta por grandes espaços vasculares pavimentados por células endoteliais e preenchidos por eritrócitos, alguns contendo material fibrilar eosinofílico (fibrina). Em parênquima cerebral adjacente, havia esferoides axonais, astrócitos gemistócitos e cromatólise neuronal. Conclusão: os achados microscópicos foram consistentes com hemangioma cavernoso, primário em cérebro e necrose isquêmica aguda em tecido nervoso subjacente.
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