Este artigo objetiva demonstrar que as Pesquisas de Opinião Pública são utilizadas como ferramentas midiáticas para manipular os fatos, pautar a agenda pública e sustentar argumentos específicos. Tais afirmações são fruto da análise das estratégias discursivas presentes nas sondagens do Instituto Datafolha referentes à presidenta Dilma Rousseff. O procedimento metodológico é composto por elementos da Análise do Discurso, além de teorias do jornalismo, da Opinião Pública e da Esfera Pública. A pesquisa permite afirmar que a narrativa proposta pelo Datafolha omitiu fatos importantes para o entendimento da crise política instalada no Brasil. Suas estratégias argumentativas e a divulgação dos resultados, enquadrados por interesses políticos e econômicos, afetaram decisivamente a credibilidade de Dilma Rousseff, contribuindo para a interrupção de seu mandato.
Este artigo traz uma investigação sobre o modo como os candidatos Bolsonaro e Haddad protagonizaram uma disputa de sentidos em suas fanpages a partir da utilização de diferentes estratégias discursivas durante a campanha à presidência em 2018. Para tanto, aborda, na parte teórica, a inclusão das redes sociais nas campanhas políticas bem como o conceito de estratégias discursivas, fundamental para o desenvolvimento metodológico da pesquisa. Em seguida, por meio de uma análise do discurso, depreende que os candidatos reforçaram a polarização característica das últimas eleições e utilizaram, como principal estratégia, o reforço à diferença como forma de buscar a adesão dos usuários/eleitores e, consequentemente, alcançar a vitória no pleito eleitoral.
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