Este estudo deste estudo foi refletir o papel da educação permanente no contexto do Sistema Único de Saúde e a sua potência para a produção do cuidado em saúde. Trata-se de um artigo de reflexão construído a partir de leitura crítica de artigos e livros juntamente com as inferências dos autores. Os resultados demonstram a relevância da compreensão da contextualização histórica da saúde no Brasil, assim como a potência da educação permanente em saúde para a consolidação do Sistema Único de Saúde e o refletir sobre os processos de trabalhos e o fazer nesse cenário que possibilita a construção de conhecimento em coletivo e no fazer do cotidiano laboral. Assim, considera-se a educação permanente em saúde no contexto do Sistema Único de Saúde como uma prática valorizada por sua potência e a ser repensada diante das possibilidades de sensibilização para a aprendizagem significativa.
Resumo O artigo apresenta uma pesquisa cujo objetivo foi analisar o processo de trabalho de um Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), sob as perguntas de quem apoia o apoiador matricial e como esses profissionais aprendem/apreendem seu fazer. A pesquisa estudou o processo de trabalho com os próprios apoiadores de NASF-AB e, articulado às perspectivas da servidão e liberdade em Baruch Spinoza, problematizou como sentem e como agem, evocando o pensamento-afecção e o pensamento-ação. As escolhas metodológicas envolveram a cartografia e o pesquisar-com. Foi possível identificar um comportamento de equipe, promotor da educação permanente em saúde e do necessário coletivo de enunciação que o NASF-AB deve representar. Compreendeu-se que o “apoio aos apoiadores” objetivamente se expressa pelos processos de autoanálise (institucional), providências de educação permanente em saúde (entre pares) e esforço por exaurir medo e esperança para que os afetos apareçam genuínos e encontros vicejem (liberdade). A ação entre pares, no interior do próprio NASF-AB para aprender, apreender e exercer o matriciamento levou à compreensão de que se trata de algo que acontece como um “entre nós” (os próprios apoiadores), investida a perseverança da liberdade ante a servidão.
A mudança do modelo de saúde somado à alteração do perfil epidemiológico no Brasil fez com que a formação profissional fosse alvo de estudos devido à insuficiência do padrão de formação no acolhimento das demandas da saúde pública. Desta forma, os objetivos deste artigo são: discorrer sobre a formação profissional em Fisioterapia na perspectiva do paradigma sanitário e apresentar a análise do Projeto Político Pedagógico de um curso de Fisioterapia e suas repercussões na formação profissional de fisioterapeutas egressos. Trata-se de um estudo de análise documental de caráter qualitativo, com levantamento bibliográfico de artigos em bases de dados como: Scielo e Lilacs, além de outros manuscritos, sem restrição de ano buscou-se embasamento para a construção do texto, artigos relacionados à formação profissional em saúde, currículo em fisioterapia e diretrizes curriculares nacionais em saúde. Com esta pesquisa foi possível perceber que a fisioterapia nasce de uma perspectiva exclusivamente reabilitadora onde o foco de formação está voltado ao cuidado hospitalar e clínico. A análise do Projeto Político Pedagógico possibilita perceber que apesar de três readequações curriculares dos eixos de conhecimento, o curso apresenta características majoritariamente biológicas e instrumentais. O currículo segue uma vertente tradicionalista onde as disciplinas são organizadas de modo linear e por séries, dificultando a integração disciplinar. Para contemplar a necessidade do modelo de saúde vigente percebe-se a necessidade de direcionar a formação para aspectos mais humanos, onde o curso tem o desafio de reorientar o currículo aproximando-o das necessidades reais do paradigma sanitário.
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