Gêneros no contexto brasileiro: questões (meta)teóricas e conceituais oferece a professores, estudantes e público em geral um panorama e uma discussão atualizada dos principais temas referentes a gênero e decorrentes da apropriação e do diálogo com as teorias internacionais pelos pesquisadores brasileiros. o autor traça um percurso que abrange desde a clássica distinção entre "gêneros textuais" e "gêneros discursivos" até o debate mais recente sobre o eventual surgimento de uma escola brasileira nos estudos de gênero, passando pela questão da inter-relação entre os gêneros no mundo real, contrastada com uma abordagem de gêneros como objetos estanques convenientemente adequados para o ensino. Escrito de forma tanto acessível quanto rigorosamente fundamentada, o livro ajudará o leitor a desenvolver uma compreensão mais clara e aprofundada sobre os gêneros, propiciando assim uma abordagem mais adequada ao ensino de língua, entre outras possibilidades de aplicação. Resenha BEZERRA, B. G. Gêneros no contexto brasileiro: questões [meta]teóricas e conceituais. São Paulo: Parábola, 2017
O objetivo deste trabalho é descrever e analisar como ocorre o processo de variação linguística do apagamento do segmento /r/ em final de palavras, como em: canta[r] ~ canta[Ø], em textos produzidos por alunos de uma escola pública de ensino, do interior do Rio Grande do Norte. Seguem-se os pressupostos da Teoria da Variação Linguística de cunho laboviana (LABOV, 1963; 1966, 2008 [1972]. O corpus analisado é constituído por uma amostra de oitenta e três textos, produzidos por alunos do ensino fundamental, e pertencentes à sequências textuais diferentes. Esse corpus está estratificado socialmente por sexo, nível de escolaridade, faixa etária e variáveis linguísticas. E para tratamento estatístico, após a extração das ocorrências e codificação, foi utilizado o pacote de Programa do Goldvarb X (SANKOFF, TAGLIAMONTE; SMITH, 2005). Os resultados obtidos demonstraram que o uso linguístico do fenômeno variável em análise está vinculado às pressões internas e externas. Nesta pesquisa, essa realidade sociolinguística é verificável pela escolha feita pelo Goldvarb X das variáveis: classe de palavra, nível de escolaridade dos informantes e tipologia textual, confirmando, assim, nossa hipótese central: o apagamento do /r/ em final de vocábulos está condicionado por fatores linguísticos e sociais. Sendo assim, também, chamam a atenção para que as práticas pedagógicas de produção textual sejam sensíveis à diversidade sociodialetal dos escreventes, sobretudo, porque sendo o uso linguístico variável e demonstrado por contextos diferentes, tanto linguísticos quanto sociolinguísticos, é necessário que as escolas desenvolvam atividades pedagógicas que possibilitem a aquisição e reflexão de diferentes usos da língua.
Há um número crescente de estudos que têm investigado a variação linguística. Resultados atestam que os usos linguísticos são condicionados por restrições internas quanto por sociais. Objetivamos descrever e analisar o comportamento da expressão pronominal “a gente”, à luz da Teoria da Variação (LABOV, 1966; [1972] 2008) em textos escritos, produzidos por alunos de duas escolas da rede de ensino. O corpus é constituído por 91 textos (memórias literárias e crônicas) e está estratificado por sexo, nível de escolaridade, faixa etária, gênero textual/discursivo, tipo de escola e variáveis linguísticas. A metodologia seguiu os passos da técnica laboviana e para tratamento estatístico, após a extração das ocorrências e codificação, foi utilizado o Programa do Goldvarb X (SANKOFF, TAGLIAMONTE; SMITH, 2005). Os resultados demonstram que a expressão pronominal “a gente” é a segunda variante mais frequente e que seu uso está condicionado por fatores sociais (tipo de escola) e fatores linguísticos (posição do acento, tempo verbal, tipo de conjugação verbal e contexto fonológico seguinte). As variáveis selecionadas, por um lado, apontam os contextos mais frequentes de emersão de “a gente” e por outro que estamos diante de outra regra gramatical para indicar a 1ª pessoa do plural.
Este trabalho analisa o uso sociolinguístico dos fonemas /λ, l/, este em posição de coda silábica, como em: /λ/ ~ [l, j, Ø] e /l/ ~ [w, ł, j Ø]. As contribuições teórico-metodológicas que fundamentam a análise provêm da Sociolinguística de inspiração laboviana (LABOV, 1963, 1966, 2008[1972]). Para tanto, o corpus está igual e socialmente estratificado por sexo, faixa etária e nível de escolaridade, e com 36 informantes paraibanos, residentes e oriundos da comunidade de fala pesquisada. As ocorrências encontradas foram submetidas ao pacote de programas estatísticos Goldvarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE & SMITH, 2005). Os primeiros resultados indicam que há um processo de variação sociolinguística na comunidade de fala pesquisada, condicionado por fatores de ordem linguística e social, tais como os contextos fonológicos (precedente e seguinte), a tonicidade, a classe do vocábulo e número de sílabas e o nível de escolaridade dos falantes.
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