SANTOS, Rosalira Oliveira dos; GONÇALVES, Antonio Giovanni Boaes. A natureza e seus significados entre adeptos das religiões afro-brasileiras. Revista Brasileira de História das Religiões, Maringá, v. 3, n. 9, jan., 2011. Disponível em: http://www.dhi.uem.br/gtreligiao/pub.html. Acesso em: 22 abr. 2022. SILVA, José Nunes da; TAVARES DE LIMA, Jorge Roberto. Povos de Terreiros e construção do conhecimento agroecológico: notas para um debate. Cadernos de Agroecologia, São Paulo, v. 13, n. 1, jul., 2018. Disponível em: http://cadernos.aba-agroecologia.org.br/index.php/cadernos/issue/archive. Acesso em: 22 abr. 2022. SILVA, Matheus Colli; SILVA, Vagner. Um bosque de folhas sagradas: o santuário da umbanda e o culto da natureza. Interagir: pensando a extensão, Rio de Janeiro, n. 26, p. 11-33, jul./dez., 2018. Disponível em: https://www.epublicacoes.uerj.br/index.php/interagir/article/view/39594/29233. Acesso em: 24 abr. 2022.
Este artigo analisa o processo de ampliação da Agroecologia em territórios de reforma agrária e as nuances do acesso à terra por famílias camponesas nos assentamentos rurais. Os assentamentos de reforma agrária são constituídos a partir da organização de famílias camponesas, numa busca histórica pelo acesso à terra e pela regularização legal de seus territórios. Essa alteração no regime de uso e posse da terra tem significado o aumento na quantidade e na diversidade de alimentos produzidos nesses agroecossistemas, sobretudo quando há experiências consubstanciadas na Agroecologia, que é considerada uma ciência no campo da complexidade, utilizada como referência pelos movimentos camponeses para orientar a produção de alimentos saudáveis, locais, e com atenção às culturas camponesas e tradicionais. O estudo envolveu dois assentamentos do Estado de Alagoas, Flor do Bosque e Dom Helder Câmara, localizados nos municípios de Messias e de Murici, respectivamente. Os dados analisados foram obtidos do diagnóstico realizado pelo sistema Radis e de registros do diário de campo. Os resultados indicaram que as famílias inseridas na produção de base agroecológica e orgânica são responsáveis por um incremento na diversidade produtiva de 48% no Flor do Bosque e 39% no Dom Helder Câmara, com alimentos produzidos exclusivamente por elas. Identificou-se em ambos os assentamentos a presença de famílias que ainda não detêm a posse legal da terra, mas que produzem de forma agroecológica e orgânica. Tal fato adquire grande relevância, uma vez que isso implica diretamente os desdobramentos da territorialização do campesinato nesses assentamentos.
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