Este artigo trata da inquisição de Felipa de Sousa. O problema suscitado é: como transformar o tema de gênero e/ou sexualidade em dispositivo que problematize subjetividades que estão moldadas a estruturas dominadoras? Nesse contexto, qual o papel da religião como instituição prescritiva? É possível potencializar vozes insurgentes? A fundamentação teórica se respaldará em Mesquita, Butler e Louro. Os objetivos são: apresentar a condenação de Felipa de Sousa e o papel da religião vigente em sua sentença; articular situações de misoginia do século XVI e da contemporaneidade; propor estética da existência para corpos insurgentes diante de religiões dominadoras e instituições castradoras. Como resultado, busca-se demonstrar o paralelo da perseguição de Felipa de Sousa com corpos femininos contemporâneos.
Este artigo tem como objeto de pesquisa o tema da filosofia e educação, bem como a idiossincrasia destes dois tópicos. Como objetivo geral deste trabalho, espera-se apresentar caminhos epistemológicos relacionados a filosofia da Educação a partir da constituição da subjetividade do filósofo francês Michel Foucault (2018). Os objetivos específicos serão: (i) apresentar a relação indissociável entre filosofia e educação a partir de contribuições kantianas (1996) e de Adorno (2014); (ii) destacar a dimensão da subjetividade em Foucault (2018) e sua abordagem sobre a constituição do sujeito que traz o duplo existencial (do si mesmo para o outro); (iii) destacar o impacto da resistência filosófica quando feita a partir de uma epistemologia que lança o sujeito para o centro da reflexão. A problematização que pautará a reflexão deste artigo será: Qual o papel da educação na construção da subjetividade do sujeito? Com essa pergunta, espera-se propor caminhos hermenêuticos que auxiliem no processo educacional. A metodologia deste trabalho é a revisão bibliográfica do autor Michel Foucault e comentarista como Edgarbo Castro (2016) e Veiga-Neto (2000).
ResumoO artigo apresenta a filosofia de Michel Foucault (VEIGA-NE-TO, 2004) aplicado à epistemologia da Educação, na inspiração de que os domínios focaultianos proporcionam instrumentais teóri-cos e práticos para a construção de um novo sujeito no processo formativo. Três são os objetivos do breve estudo: (i) apresentar, resumidamente, os domínios focaultianos (VEIGA-NETO, 2004) e sua relação com a formação do sujeito (REVEL, 2002); (ii) descrever os conceitos foucaultianos sobre subjetividade, filosofia e espiritualidade e (iii) articular algumas contribuições da Filosofia contemporânea. voltadas à prática educativa, no que se referem à constituição do sujeito contemporâneo. O corpus selecionado para a pesquisa são referências bibliográficas de e sobre Foucault, bem como demandas contemporâneas relacionadas à
Este trabalho, apresentado em forma de ensaio filosófico e pedagógico, propõe experimentar modos outros de escrever e interpretar os conceitos de Michel Foucault. Para desenvolver a analítica, parte-se de três conceitos basilares: saber (arqueologia), poder (genealogia) e subjetividade (arqueogenealogia). A tese que se instaura é que a interpretação se dá na articulação entre movimentos recíprocos de interioridade e exterioridade do sujeito –constituído pelos discursos, pelos jogos de poder e pelas tecnologias de si – que, para significar o mundo, dá nomes e, assim, sentido para a existência. Como resultado, o trabalho propõe pensar a hermenêutica foucaultiana como transgressora, não pelo seu caráter subversivo, mas pela possibilidade de funcionar como ferramenta teórica e metodológica. Interpretar é, nessa perspectiva, projetar o espaço-outro, o tempo-outro e a vida-outra, indagando o impacto da crise anti-intelectualista e negacionista.
Este trabalho tem como objetivo apresentar as contribuições do filósofo Michel Foucault para a reflexão do fenômeno educacional, especificamente ao que se refere à prática e à formação de professores/as. Como objetivos (i) apresentar como a constituição da subjetividade proposta por Foucault pode ser um instrumental valioso para a hermenêutica do sujeito contemporâneo, especificamente o/a docente que está inserido no centro do fenômeno educacional; (ii) destacar como os conceitos apresentados por Castro resistentes, insurgentes e utópicos auxiliam na análise e crítica do atual cenário educacional e; (iii) propor um viés que tangencie a prática e formação docente sob viés ético e que pondere a complexidade típica do sujeito. A metodologia utilizada é a intersecção entre os textos filosóficos de Foucault em diálogo com as demandas presentes na prática docente, sendo elas: valores pessoais dos docentes e os dilemas vocacionais. Como resultado, aferiu-se que a ação de repensar a subjetividade do sujeito apontou para uma nova dimensão do que é o ato de resistência, insurgência e, sobretudo, a atitude heterotópica que acompanha o horizonte docente. A título conclusivo, destaca-se que a subjetividade do sujeito recebe influência significativa de todas as peculiaridades advindas da educação, de modo a sintonizar o sujeito à um processo normativo estabelecido pela cultura, todavia, como movimento inverso e fluindo paralelamente, a educação pode ser o viés que lança o indivíduo para a essencialidade do si-mesmo.
Nesse artigo temos como objetivo analisar a representação do conceito de liberdade na primeira temporada da série “Merli”, veiculada no canal de streaming Netflix. Nela, pretendemos verificar como o professor de Filosofia Merli Bergeron trabalha conceitos libertários e suscita reflexões críticas em seus alunos sobre os padrões de convívio socialmente impostos pelas instituições primárias e secundárias. Ao mesmo tempo, pretendemos abordar a personalidade do professor, discutindo sobre o convívio que ele mantém com os colegas de trabalho e seus alunos, assim como em sua vida particular, para visualizarmos se, de fato, ele pratica aquilo que discursa aos estudantes durante suas aulas. Haverá um foco maior na relação dele com o aluno Ivan Basco, que sofre com agorafobia e recebe aulas particulares de Merli para superar sua situação de isolamento. Em um primeiro momento, com caráter introdutório, iremos discutir sobre a importância da discussão de liberdade na contemporaneidade. A seguir, exporemos conceitos formulados por diversos pensadores acerca do que é a liberdade e sua importância para a emancipação humana. A partir disso, serão abordadas informações básicas sobre a produção da série, como os diretores, veiculadores e atores envolvidos para, por fim, executarmos a análise dos capítulos do seriado e apresentarmos nossas considerações finais. Diversos teóricos pertinentes a esse trabalho serão utilizados na revisão bibliográfica. Como metodologias de análise fílmica usaremos, para verificação estrutural do filme, a metodologia de análise fílmica de Manuela Penafria (2009) e, para visualização das formas simbólicas, a Hermenêutica de Profundidade, proposta por John Thompson em “Ideologia e Cultura Moderna” (2002).
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