Depoimento do empresário e bibliófilo José Mindlin sobre Rubens Borba de Moraes, alusivo ao centenário de seu nascimento, ocorrido em janeiro de 1899. Sintetiza a trajetória profissional de Borba de Moraes; destaca suas iniciativas como diretor da Biblioteca Municipal de São Paulo, da Biblioteca das Nações Unidas; identifica-o como introdutor do ensino de Biblioteconomia no Brasil; comenta sua produção intelectual, com destaque para suas bibliografias; recorda passagens de seu envolvimento com o Movimento Modernista e revela o destino da sua coleção de obras raras, uma das mais importantes já constituídas no País,
Palavras-Chave: Moraes, Rubens Borba de; bibliofilia; obra rara.
Abstract
This is the deposition of the entrepreneur and bibliophile José Mindlin concerning Rubens Borba de Moraes, allusive to the centenary of his birth, in January of 1889. It synthesizes Borba de Morae's professional path, emphasizing his initiatives as the Director of Municipal Library of São Paulo and as the Director of the United Nations Library. It identifiles him as the introducer of Bibliotheconomy study in Brazil. It also comments on his intellectual production and his bibliographies; and recalls passages of his modernist movement evolvenment. It finally reveals the destiny of his rare work collection, one of the most important constituted in the country.
Key-Words: Moraes, Rubens Borba de; bibliophily; rare book.
Estamos ainda em fase incipiente de um processo autônomo de desenvolvimento tecnológico na indústria. Poucas são as empresas que fazem pesquisas próprias no Brasil, embora seja muito grande o campo no nosso parque industrial. Fala-se da empresa nacional; se a estrangeira também apresenta pouca pesquisa própria, isso deriva de fatores bem diversos, que poderiam ser alterados. Mas as posições são diferentes. A importância de um setor de pesquisa e desenvolvimento nas indústrias é manifesta. Antes de tudo, cumpre reconhecer que a tecnologia é um bem econômico de fundamental importância como fator de progresso e de melhoria das condições de vida. Por ser bem escasso, sobre o qual agem as leis da oferta e da procura, possui preço de mercado geralmente imposto pelo seu detentor. Pouco adianta criticar esse fato e sugerir que a tecnologia não deverá ser considerada fonte de lucro material, e, sim, de uso coletivo. Os países industrializados, que progridem muito mais rapidamente na aquisição de conhecimentos tecnológicos do que os em desenvolvimento, é óbvio que impõem as regras do mercado. O que cumpre, assim, é absorver o máximo possível a tecnologia externa e formar gradualmente potencial material e humano que permita realização de pesquisa tecnológica própria. A evolução inicia-se pela aquisição do know-how, que, absorvido, conduz inevitavelmente à indagação do know-how. Aquele atende às necessidades de engenharia de produção e de processo, sem maior aprofundamento; este, à pesquisa e ao desenvolvimento.
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