Foram estudadas no período 1973/78, em Latossolo roxo distrófico da Alta Mojiana (SP), as respostas de soja à aplicação de cinco níveis de adubação potássica, sendo o fertilizante aplicado apenas no primeiro ano. Em nenhuma localidade se observou efeito significativo do potássio na produção de sementes de soja nem nos teores desses elementos determinados nas folhas no período de florescimento das plantas em qualquer dos anos estudados. Em vista dessa não-resposta, foram determinados, em 1978, os teores de potássio trocável extraível com HNO3 IN a quente e do potássio total em amostras dos três latossolos. Pela análise mineralógica da fração grosseira, verificou-se a não-existência de minerais que possam apresentar reservas ponderáveis de potássio. Os baixos teores de potássio trocável e extraível pelo HNO3 a quente e as boas produções de soja obtidas nesses solos mostram que a soja tem grande poder de extração para o potássio do solo e que o nível de 0,12 meq/l00g, normalmente apresentado como limite inferior para a disponibilidade do potássio trocável do solo para o caso de soja, em solos de cerrado, e quando se utilizam cultivares de ciclo de 140 dias ou mais, pode ser provavelmente rebaixado para valores ao redor de 0,08 meq/100g de solo.

Foi feito um estudo de incubação (3, 7, 14, 30 e 60 dias), num Latossolo Roxo distrófico, com o objetivo de verificar os efeitos da adição de vinhaça "in natura", vinhaça concentrada, vinhaça seca, torta de filtro e cinza de caldeira em algumas características químicas desse solo com o tempo de incubação. Usaram-se os referidos resíduos como fonte de potássio e aplicaram-se quantidades correspondentes a 300 e 750kg/ha de K. Em todos os tratamentos, exceto nos incubados com cinza de caldeira, houve um abaixamento do pH entre o 3.º e o 60.º dia de incubação; no entanto, todos eles apresentaram pH mais elevado que o da testemunha no fim do ensaio, 60° dia. O teor de nitrato diminuiu, com o tempo, para os tratamentos com vinhaça seca, torta de filtro e cinza de caldeira, sendo que o P solúvel em H2SO4 0,05N só aumentou nesses dois últimos tratamentos. Praticamente, todo o K, Ca e Mg colocados apareceram em forma solúvel em HNO3 0,05N, com exceção do K para a cinza de caldeira e Ca e Mg para a torta de filtro.

Foi estudado, em casa de vegetação, o comportamento dos cultivares de soja Biloxi e Forrest, em amostras subsuperficiais de Latossolo Roxo distrófico dos municípios paulistas de Campinas, Guaíra, Guatapará e Cândido Mota, contendo respectivamente 2,9, 6,4, 11,3 e 12,9 ppm de Mn solúvel em ácido dietilenotriaminopentacético (DTPA). A expressão da toxicidade de Mn foi avaliada 27 dias após o plantio, através de notas atribuídas aos sintomas visuais; produção de matéria seca das raízes e parte aérea; e da análise química da parte aérea. O cultivar Biloxi não apresentou sintomas de toxicidade até ao nível de 6,4 ppm de Mn no solo (Guaíra), enquanto o 'Forrest' já os apresentava nesse nível. A medida que se tornavam mais elevados os teores de Mn no solo, mais agudos se apresentavam os sintomas de toxicidade e menor a produção de matéria seca, sendo que o 'Forrest' mostrou muito maior sensibilidade, o que foi confirmado pelo aumento do teor de Mn na parte aérea. Sendo eficiente na absorção do Mn do solo e na manifestação dos sintomas de toxicidade a níveis baixos deste elemento, o 'Forrest' é o cultivar adequado para utilizar como indicador de níveis tóxicos de Mn. A concordância entre as notas atribuídas aos sintomas visuais, à produção de matéria seca e ao índice (teor de Mn/peso seco), demonstra que as notas podem ser critério apropriado para realizar o "screening" de material genético num programa de melhoramento, para tolerância a Mn tóxico.

RESUMOForam feitas as determinações da capacidade de troca de cations (CTC) em amostras de solos pelos métodos do acetato de cálcio IN pH 7,0; acetato de amônio IN pH 7,0, e cloreto de bário tamponado com trietanolamina pH 8,2, sendo os resultados comparados com os obtidos utilizando o método do tampão SMP para determinar (H + Al) mais a soma de bases, rotineiramente obtida em laboratório. As correlações entre os resultados de (H + Al), CTC e porcentagens de saturação em bases obtidas pelos diferentes métodos e pelo tampão SMP foram altas. Em vista disso e das vantagens operacionais que apresenta, o método do tampão SMP mostrou-se adequado para a avaliação da capacidade de troca de cations em determinações de rotina.