RESUMOOs dados de precipitação diária obtidos de pluviômetros, são mais facilmente encontrados que os pluviográficos, constituindo uma limitação uma vez que, em aplicações hidrológicas, como a transformação chuva-vazão, necessita-se de dados de precipitação de curtas durações. A solução desse problema vem sendo buscada ao longo do tempo através do desenvolvimento de modelos de desagregação de precipitação diária. O objetivo do trabalho é comparar os hidrogramas de projeto resultantes dos hietogramas estimados pelas relações Intensidade-Duração-Frequência (IDF), obtidos por dados pluviométricos e pluviográficos, para a localidade de Pelotas, RS. Para a desagregação da precipitação diária utilizou-se o Método das Relações, enquanto para a lâmina escoada e sua propagação em uma área de 7 km 2 , a metodologia proposta foi a SCS (1972). Os resultados obtidos permitiram concluir que os valores de vazão de pico apresentaram uma diferença de 12,6, -4,4, 21,8, 38,7, 54,3 e 58,2%, para os períodos de retorno de 2, 5, 10, 20, 50 e 100 anos, respectivamente, quando se utiliza a relação IDF gerada pelo método da desagregação de precipitação diária em relação à equação analítica.Palavras-chave: hietograma, método das relações, intensidade-duração-frequência, vazão máxima de projeto Runoff hydrogram resulting from the methodology employed to record precipitation ABSTRACT Data of daily precipitation recorded by pluviometers are more easily found than those from pluviographic data. This often constitutes a limitation for hydrological applications such as the rainfall-runoff transformation, which needs to feed on short duration precipitation data. To overcome this constraint, the development of disaggregation models for daily precipitation has been sought for a long time. The aim of this study was to compare different runoff hydrograms resulting from hyetogram estimates from Intensity-Duration-Frequency (IDF) relationship between pluviometric and pluviographic data for the location of Pelotas, RS-Brazil. The relationship method was used to calculate daily precipitation disaggregation, while the runoff depth and its propagation were over a 7 km 2 area and were determined through the methodology proposed by SCS (1972). The findings lead to the conclusion that the peak runoff values showed a difference of 12.6, -4.4, 21.8, 38.7, 54.3 and 58.2%, for return periods of 2, 5, 10, 20, 50 and 100 years, respectively, when calculated through the IDF ratio, as compared to the analytical equation.
ABSTRACT:The intensity-duration-frequency occurrence ratio (IDF) is a tool commonly used for precipitation-runoff data transformation, which is established from observations of intense precipitations over a period sufficiently long as to allow the occurrence of extremes at the observation site. This study focused on verifying the existence or absence of new data, in terms of IDF ratio, by using partial duration records produced from data on maximum daily disaggregated rainfall for pre determined durations. The partial duration records considered a base value of 55 mm, totaling 279 values. After the rainfall series were established, their independence and seasonality were assessed. Using the Student's t-test statistics, it was established that no new data, as IDF ratio, emerged from the analysis of the partial duration series with the recommended base value of precipitation, as compared to the historical records.KEYWORDS: maximum rainfall, daily disaggregated precipitation, probability models. RELAÇÕES INTENSIDADE-DURAÇÃO-FREQUÊNCIA OBTIDAS A PARTIR DE SÉRIES ANUAL E DE DURAÇÃO PARCIAL PARA A LOCALIDADE DE PELOTAS-RS RESUMO:A relação intensidade-duração-frequência de ocorrência (IDF) é uma ferramenta utilizada nos processos de transformação chuva-vazão, e sua determinação deve ser obtida a partir de observações de chuvas intensas, durante um período de tempo longo e representativo dos eventos extremos do local. O presente trabalho teve como objetivo verificar a existência ou não de ganho de informação, em termos de relação IDF, ao serem utilizadas séries de duração parcial, a partir dos dados de chuva máxima diária desagregada, em durações preestabelecidas. Quanto à série de duração parcial, foi utilizado o valor-base preestabelecido de 55 mm, constituindo então 279 valores. Posteriormente à constituição das séries de chuva, foi avaliada a independência e a estacionaridade dos valores contidos nas mesmas. Pela metodologia do teste "t" de Student, constatou-se que não há ganho de informação em termos de relação IDF quando utilizada a série de duração parcial, com o valor-base preestabelecido de precipitação, comparativamente à série de registros históricos. PALAVRAS-CHAVE: chuva máxima, desagregação de chuva diária, modelos probabilísticos.
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