O artigo argumenta que as escolas indígenas estão construindo currículos interculturais e pedagogias decoloniais. Baseia-se em teóricos da interculturalidade e numa pesquisa de campo realizada com alunos indígenas, todos com mestrado em educação. Os dados foram obtidos por meio da realização de entrevistas semiestruturadas com os indígenas no segundo semestres de 2017, contemplando a etnia Terena, Guarani e Tuyuca, bem como pela análise das dissertações desses indígenas. Pela pesquisa, pode-se concluir que a construção dos currículos e das pedagogias decoloniais se baseia, sobretudo, na forte vinculação com as comunidades e na perspectiva de que a diferença entre conhecimentos não necessariamente significa hierarquização e desqualificação, mas pode significar complementaridade.
A escola indígena intercultural: espaço/tempo de afi rmação da identidade étnica e de desconstrução da matriz colonial 1 Intercultural indigenous school: space/time of ethnic identity affi rmation and deconstruction of the colonial matrix L'école indigène interculturelle: espace/temps d'affi rmation de l'identité ethnique et
ResumoA proletarização caracteriza-se pela dificuldade ou impossibilidade de o professor refletir sobre sua prática docente. Caracteriza-se, ainda, pela perda de sua qualificação (para planejar, analisar, atuar e avaliar) e do controle sobre seu processo de trabalho, o que o torna refém do controle externo, diminuindo progressivamente sua capacidade de autonomia e resistência. O objetivo deste artigo consiste em refletir sobre a proletarização do professor da educação básica no contexto atual, como se dá esse processo e as possibilidades de rompê-lo. A pesquisa de campo foi realizada por meio de entrevistas com professores do Ensino Fundamental e Médio de escolas localizadas na região centro-oeste do Brasil. Pela pesquisa efetuada, concluímos que os professores entrevistados estão submetidos ao processo de proletarização, embora este não seja total e absoluto, pois foi possível identificar microespaços de resistência.Palavras-chave Formação de professores; Proletarização; Reflexão crítica IntroduçãoNos últimos anos, no contexto brasileiro, tem se observado uma intensificação das políticas de controle em todos os níveis de educação, sobretudo pela adoção de uma política de verificação de resultados a partir da adoção de exames nacionais padronizados. Os resultados dessas
RESUMO:O artigo sustenta que raça e classe estão articuladas no contexto brasileiro, produzindo efeitos na identidade afrodescendente. Especificamente, neste texto estão em jogo os efeitos que o acesso à universidade tem para os afrodescendentes na construção de sua identidade cultural. Considera os universitários beneficiados pelo projeto Negraeva, iniciado em 2002, projeto de apoio para a manutenção de afrodescendentes nas universidades, desenvolvido pela Comunidade Negraeva, localizada em Campo Grande (MS). Para compreender os efeitos que o acesso à universidade tem na construção de sua identidade cultural, recorreu-se a entrevistas semi-estruturadas com estes sujeitos. Perceberam-se vários efeitos, destacandose que os afrodescendentes passam a ter mais força para reivindicar direitos, questionar atitudes discriminatórias, desconstruir o mito da democracia racial, construindo uma identidade cultural/racial/étnica de forma a se verem e serem vistos pelos outros como uma identidade legítima, que não pode ser usada para justificar a dominação e a exploração econômica como se fez e se faz no Brasil desde os tempos da colonização.Palavras-chave: Identidade. Diferença. Afrodescendente. Cultura. ARTICULATING RACE AND CLASS: EFFECTS ON THE CONSTRUCTION OF THE AFRO-DESCENDANT IDENTITYABSTRACT: This paper asserts that race and class are articulated in the Brazilian context and produce effects on the afro-descendant identity. It specifically focuses on the effects of the access to university on the construction of the afro-descendant cultural identity. To
Neste artigo, no qual se problematizam a hegemonia branca e o eurocentrismo, analisam-se representações de negros, indígenas e brancos no currículo de um curso de Licenciatura em História. O currículo está sempre relacionado a representações de identidades étnico-raciais e, como os estudos étnico-raciais vêm mostrando, sistematicamente ele contribui para reproduzir as representações hegemônicas, reforçando as hierarquias raciais construídas no período colonial. Examinou-se o projeto pedagógico do curso, realizaram-se observações de aulas inspiradas na etnografia, e fizeram-se entrevistas semiestruturadas com estudantes do curso. Conclui-se que as diferenças negras e indígenas necessitam ser mais visibilizadas e que o lugar da branquidade deve ser sistematicamente questionado para colocar em xeque as compreensões estereotipadas que circulam na Licenciatura em História.
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