Resumo IntroduçãoEm 1633, na França, foi fundada pela irmã Luiza de Marilac e pelo padre Vicente de Paulo, a companhia das irmãs de caridade de São Vicente de Paulo, primeiro local onde se formulou regras de um cuidado que hoje seria denominado de Enfermagem. O trabalho desenvolvido pelas irmãs era tão caridoso e reabilitador que logo se difundiu pelo mundo, dada a enorme influência religiosa que pesava sobre a ocupação. Eram dominantes no espaço hospitalar e decidiam quando a presença do médico era necessária ou não, já que a esta altura do século XVII este era considerado apenas um coadjuvante. A Enfermagem, mesmo não conhecida como, ganhava espaço, e aquela arte pregada pela companhia ganhava seguidores, entre eles, a célebre Florence Nightingale (1) . Hoje no "mundo do trabalho" passa-se a exigir do profissional Enfermeiro, determinadas qualidades, essenciais ao contexto sócio-cultural e filosófico de um novo tempo, gerando um processo desencadeador de mudanças e reflexão, quanto ao processo educacional de formação em todas as etapas de ensino, principalmente no ensino superior, que culmine com a formação do profissional que irá desenvolver suas potencialidades através da apropriação crítica e reflexiva do conhecimento teórico-prático, a partir de atitudes e ações criativas transformadoras, comprometidas com sua função social (2) . Em diversos momentos ressalta-se que estudantes recém graduados experimentam o conhecido "conflito de identidade" em torno do papel do Enfermeiro, ou seja, muitas vezes a Universidade prepara o enfermeirando para algo, e quando formado, este encontra um ambiente de trabalho que lhe exige muito mais do que se sente preparado.Os resultados deste conjunto dicotômico de papel e de herança transmitida de geração em geração, onde se observa que o papel do Enfermeiro apreendido pelo estudante de Enfermagem reflete uma imagem "ideal" passada pelo mestre, ao invés da imagem "real" do Enfermeiro no seu dia-a-dia de trabalho (3) . Contrariando este pensamento, emerge o entendimento que as Universidades brasileiras estão se adequando à flexibilização do mercado de trabalho, oferecendo hoje ao estudante de Enfermagem uma capacitação voltada para a situação real (4) . Tais informações mostram que, na realidade, os recém graduados devem ser conhecedores de seu papel e interpretá-lo para as outras pessoas, caso contrário surgirão constantemente situações de estresse que contribuirão, sem dúvida, para a frustração profissional. Na atualidade, nota-se a grande diferença do papel do Enfermeiro de hoje com o do passado, embora ainda reflitam a herança subcultural que passa de geração a geração. Os modelos de Enfermeiras de ontem refletiam o autoritarismo e rigidez da disciplina militar, bem como o conceito de sacrifício e de serviço à base da generosidade (5) . Hoje esse modelo é refletido por homens e mulheres que, a Rev Bras Enferm, Brasília (DF) 2003 jul/ago;56(4):453-458
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