O conceito de campoé uma das idéias fundamentais da física e pode motivar um rico debate em sala de aula sobre as noções básicas desta ciência. Apesar de sua importância, quando o mesmoé apresentado em sala de aula geralmente somente seus aspectos matemático-conceituais são enfatizados deixando-se em segundo plano os aspectos histórico-conceituais, quando estes não são simplesmente ignorados. Neste trabalho, pretendemos mostrar que uma apresentação comênfase apenas matemático-conceitual deste conceito não explora toda a sua potencialidade. Com tal propósito, primeiro consideramos a noção de campo como algo responsável pela mediação de interação entre os corpos e depois tratamos a noção de campo como uma função matemática das coordenadas e do tempo. Em seguida, mostramos que o conceito de campo, na forma que o entendemos hoje, resultou de um complexo processo de fusão destas duas concepções. Palavras-chave: campo,éter, ensino de física, história da física.The concept of a field can motivate a rich class-forum about the basic notions of physics. Despite its importance, only mathematical-conceptual aspects are emphasized in the classroom, leaving out historical-conceptual aspects. We believe that only the mathematical-conceptual presentation of this concept underestimates all its strength. We show in this paper how this physics concept can be introduced from two different but converging ways, First, we consider the notion of the field as something responsible for the mediation of interaction between bodies and then we treat it as a mathematical function of the coordinates and time. Next, we show that, in a complex process, these two conceptions have been merged towards the concept of field as we understand it nowadays.
Neste trabalho, analisa-se historicamente a experiência de ensino, realizada no Curso de Física, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), envolvendo a disciplina Conceitos de Física D, anteriormente denominado Física Básica IV, que tem a óptica e elementos de física moderna como seu conteúdo programático. Tal experiência, iniciada em 1999, se constitui em um exemplo de incorporação da história da ciência ao ensino de ciências ou, mais especificamente, ao ensino da física universitária básica. Inicialmente, são discutidas as principais dificuldades encontradas pelos professores para ministrar essa disciplina e também como as mesmas foram enfrentadas, ao longo do tempo, inclusive com a produção de material didático; em seguida, será discutida a forma como o seu conteúdo programático foi efetivamente trabalhado em sala de aula, isto é, como as atividades foram realizadas, qual o material usado e como os alunos interagiram com esse material. Finalmente, será apresentada a visão dos alunos sobre a abordagem utilizada na mencionada disciplina.
A trajetória de vida do físico e engenheiro José Walter Bautista Vidal é sumariada a partir de documentos e depoimentos em torno de alguns temas importantes que servem como testemunho de seu pensamento multifacetado, sempre presente na sua análise de problemas importantes do Brasil. Ênfase será dada à sua luta em defesa das fontes alternativas de energia.
Neste trabalho são discutidos aspectos históricos envolvendo o desenvolvimento do Curso de Graduação em Física da Universidade Federal da Bahia. Inicialmente, apresentamos o contexto em que se deu a sua criação. Em seguida, discutimos a sua atuação no período em que esteve diretamente ligado ao Departamento de Física do Instituto de Matemática e Física da Universidade da Bahia. Por último, analisamos as suas atividades no período atual, iniciado com a criação do Instituto de Física da UFBA. Ao longo do texto, demonstramos que esse curso contribuiu para modernização do ensino secundário baiano, para a criação de cursos similares em distintas instituições de ensino superior no estado, e para o desenvolvimento da pesquisa e da pós-graduação em física, em geofísica e em ensino e história da ciência.
Neste trabalho, são discutidos aspectos de corpúsculo e de onda na teoria newtoniana da luz, na visão de alguns físicos de períodos posteriores ao de Newton, a partir do fenômeno da formação das cores em películas transparentes delgadas. Inicialmente, apresenta-se o contexto histórico e científico em que o fenômeno das cores em películas transparentes delgadas foi estudado por Newton e, em seguida, são discutidas algumas de suas contribuições para o entendimento desse fenômeno, apresentadas na segunda metade do século XVII e início do século XVIII. Em continuidade, é mostrado como alguns físicos reconhecidos pela comunidade científica, em períodos históricos posteriores a Newton, viram aspectos de onda e corpúsculo em alguns dos seus trabalhos. Finalmente, salienta-se a visão atual de que as dificuldades para descrever entidades do mundo microscópico por meio dos conceitos de onda e de corpúsculo resultam, certamente, do fato de esses conceitos serem do universo macroscópico e perderem a sua aplicabilidade à medida que são usados para explicar os fenômenos do mundo dos átomos.
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