Sleep paralysis (SP) is a dissociative state that occurs mainly during awakening. SP is characterized by altered motor, perceptual, emotional and cognitive functions, such as inability to perform voluntary movements, visual hallucinations, feelings of chest pressure, delusions about a frightening presence and, in some cases, fear of impending death. Most people experience SP rarely, but typically when sleeping in supine position; however, SP is considered a disease (parasomnia) when recurrent and/or associated to emotional burden. Interestingly, throughout human history, different peoples interpreted SP under a supernatural view. For example, Canadian Eskimos attribute SP to spells of shamans, who hinder the ability to move, and provoke hallucinations of a shapeless presence. In the Japanese tradition, SP is due to a vengeful spirit who suffocates his enemies while sleeping. In Nigerian culture, a female demon attacks during dreaming and provokes paralysis. A modern manifestation of SP is the report of “alien abductions”, experienced as inability to move during awakening associated with visual hallucinations of aliens. In all, SP is a significant example of how a specific biological phenomenon can be interpreted and shaped by different cultural contexts. In order to further explore the ethnopsychology of SP, in this review we present the “Pisadeira”, a character of Brazilian folklore originated in the country’s Southeast, but also found in other regions with variant names. Pisadeira is described as a crone with long fingernails who lurks on roofs at night and tramples on the chest of those who sleep on a full stomach with the belly up. This legend is mentioned in many anthropological accounts; however, we found no comprehensive reference on the Pisadeira from the perspective of sleep science. Here, we aim to fill this gap. We first review the neuropsychological aspects of SP, and then present the folk tale of the Pisadeira. Finally, we summarize the many historical and artistic manifestations of SP in different cultures, emphasizing the similarities and differences with the Pisadeira.
Artigo IntroduçãoO sonho lúcido é um estado psicofisiológico do sono onde um sujeito percebe que está sonhando e pode mudar o enredo do sonho de acordo com sua vontade. Durante essa experiência a consciência é razoavelmente preservada e o sujeito relata ter sensações excepcionalmente realistas (HOLZINGER; LABERGE; LEVITAN, 2006). Outras experiências associadas a este fenômeno relativamente raro são os falsos despertares e as chamadas "experiências fora do corpo" (LABERGE, 1980(LABERGE, , 1990.O objetivo do presente trabalho, além de introduzir as principais características da lucidez onírica, é dar uma leitura psicodinâmica aos personagens que surgem nos sonhos lúcidos. Nesse sentido, é enquadrá-los dentro da visão Junguiana dos sonhos, com o suporte de três conceitos caros à psicologia analítica: a teoria dos complexos, a função compensatória dos sonhos e o processo de individuação. Após a introdução desses conceitos, serão discutidos os benefícios de dialogar com esses fragmentos cindidos da psique -no intuito de reabsorvê-los -e como esse trabalho psicológico contribui para o processo da individuação. Características gerais da lucidez oníricaOs sonhos lúcidos são um fenômeno psicológico milenar, presente na cultura de diversos povos. Apesar disso só há pouco os sonhos lúcidos foram alvo de investigação científica; sua comprovação empírica é recente, datando do início da década de oitenta (LABERGE, 1990). Desde então há um crescente interesse em torno do assunto, servindo ele de inspiração até no campo artístico, aparecendo como tema de filmes (Waking Life, Vanilla Sky) ou servindo como técnica de composição para compositores reconhecidos da música eletrônica atual, vide o exemplo de Richard James vulgo Aphex Twin (GRAD, 1994), considerado o "Mozart" da dance music contemporânea (PRENDERGAST, 2003). Apesar desse crescente interesse popular e científico em torno do tema, há um relativo desconhecimento a respeito dele no universo acadêmico da psicologia brasileira. Uma pesquisa conduzida no banco de dados online da SciELO em busca de artigos de psicologia que abordassem a lucidez onírica apresentou como resultado uma breve menção do tópico em questão num artigo do psiquiatra americano Stanley Krippner (2007) abordando práticas xamanistas, e no artigo "Estado da consciência onírica" da psicóloga Therezinha Moreira Leite (1997). No sistema de busca do Google Acadêmico só foram achados três artigos de um mesmo autor tratando especificamente sobre sonhos lúcidos (MUNIZ, 2001(MUNIZ, , 2005a(MUNIZ, , 2005b.A primeira prova empírica obtida confirmando a existência do sonhar lúcido foi através da tese de doutorado de Stephen LaBerge, um químico formado pela universidade de Stanford que tinha interesse por estados alterados de consciência. LaBerge (1980) divulgou seus achados resumidamente num artigo publicado pelo periódico Perceptual and Motor Skills, no qual relatava a eficácia do Mnemonic Induction of Lucid Dreams (MILD), técnica sobre a qual discorreremos mais tarde.Logo após a publicação desse estudo outros pesquis...
ResumoBafomé, a mais duradoura criação do escritor Éliphas Lévi, é um ícone do universo esotérico: é a imagem "satânica" mais conhecida da história. Na tentativa de desvendar a sua rica composição simbólica, uma exegese iconográfica será conduzida por intermédio da psicologia analítica, fundada pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung. As origens de Bafomé na alquimia, na cabala e no gnosticismo serão perscrutadas e os conceitos Junguianos do inconsciente coletivo e dos arquétipos irão, em grande parte, balizar a interpretação proposta neste trabalho. Tal análise será dividida em oito subáreas, entre elas: o significado do seu aspecto animalesco na escatologia cristã, o hermafroditismo na psicologia e nas ciências arcanas, as qualidades mágicas do pentagrama e a importância hermética do caduceu. Por fim, conclui-se que o Bafomé é um símbolo de self, o arquétipo da totalidade psíquica. Bafomé tem por finalidade ser uma alternativa à imagem primordial cristã de autorrealização, mais integradora e menos repressora que esta. Palavras-chave:Alquimia. Cristianismo. Magia. Psicologia junguiana. Religião e psicologia. AbstractBaphomet, the lasting creation of the French writer Éliphas Lévi, is an icon of the esoteric universe: it is the history's best-known "satanic" image. In an attempt to unravel its rich symbolic composite, an iconographic exegesis will be conducted through the use of analytical psychology, founded by the Swiss psychiatrist Carl Gustav Jung. The origins of Baphomet in alchemy, Kabbalah and Gnosticism will investigated mostly through the application of Jungian concepts such as the collective unconscious and the archetypes. Such analysis will be divided into eight sub-areas, including: the significance of his animal appearance in Christian eschatology, hermaphroditism in psychology and the arcane sciences, the magical qualities of the pentagram and the importance of the caduceus in hermetism. Finally, we conclude that Baphomet is a symbol of the self, the archetype of psychic wholeness. Baphomet aims to be an alternative to the Christian primordial image of self-realization, more inclusive and less repressive than the latter.
Bafomé, a mais duradoura criação do escritor Éliphas Lévi, é um ícone do universo esotérico: é a imagem "satânica" mais conhecida da história. Na tentativa de desvendar a sua rica composição simbólica, uma exegese iconográfica será conduzida por intermédio da psicologia analítica, fundada pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung. As origens de Bafomé na alquimia, na cabala e no gnosticismo serão perscrutadas e os conceitos Junguianos do inconsciente coletivo e dos arquétipos irão, em grande parte, balizar a interpretação proposta neste trabalho. Tal análise será dividida em oito subáreas, entre elas: o significado do seu aspecto animalesco na escatologia cristã, o hermafroditismo na psicologia e nas ciências arcanas, as qualidades mágicas do pentagrama e a importância hermética do caduceu. Por fim, conclui-se que o Bafomé é um símbolo de self, o arquétipo da totalidade psíquica. Bafomé tem por finalidade ser uma alternativa à imagem primordial cristã de autorrealização, mais integradora e menos repressora que esta.
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