O presente artigo discute modos de aproximação do espaço da natureza por artistas, e, também, como o projeto poético para este espaço pode revelar tendências e intencionalidades condicionadas por variantes culturais determinadas pelo ambiente natural a partir da relação afetiva do artista/ meio (topofilia). Partimos da hipótese de que há dois modos de aproximação do processo de criação da arte pública destinada aos espaços de natureza. Analisamos um deles, a partir do projeto poético de “Entre Saudades e Guerrilhas”, de Piatan Lube, que aproxima-se da natureza com uma intencionalidade de dialogar com os sujeitos e com o ambiente, revelando um processo pautado na perspectiva colaborativa (autores externos) e no diálogo poético com o espaço, com os materiais e com as comunidades, materiais básicos para a edificação de um projeto plástico coautoral, uma escultura social, cujo principal documento de processo é a própria cultura e a memória da comunidade.
Neste artigo, tomamos para análise o trabalho intitulado Gravetos (1993), da artista mineira Regina Rodrigues (1959-), uma instalação em cerâmica realizada na Galeria Espaço Universitária, da Universidade Federal do Espírito Santo. Buscamos através de relatos retrospectivos de sua chegada a Vitória, possíveis relações entre o processo de criação dessa obra e o espaço da nova cidade.
O presente artigo realiza uma discussão da utilização do corpo gordo como imagem geradora nas obras de Elisa Queiroz (1970-2011) atrelada a questões concernentes ao gênero. A artista multifacetada possuía como peça chave da sua criação o bom humor. Apresentamos a sua trajetória trazendo alguns documentos de processo e várias obras até adentrarmos com maior atenção nas que foram feitas a partir de suportes comestíveis ("Sirva-se" [2002], "Macarrão aos frutos do mar" [2003] e "Piquenique na relva com formigas" [2004]) e na videoarte "Free Williams" (2004). Os resultados revelam uma busca da artista em contestar a hegemonia e a sua arte se mostra como um forte recurso para isso.
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