Pertencente à família Malvaceae, Luehea divaricata Mart. & Zucc, é importante para serviços ecológicos de recuperação de áreas alteradas e para extração de madeira. O objetivo deste trabalho foi entender o efeito de diferentes níveis de sombreamento no desenvolvimento de plantas de Luehea divaricata e qual ambiente de luz propicia melhores condições de crescimento e desenvolvimento para a espécie. Foram aplicados quatro tratamentos: 0% (pleno sol), 30%, 50% e 70% de sombreamento. Determinou-se: crescimento em altura (h), diâmetro (d), número de folhas (NF), brotos (NB, ramificações), área foliar (AF), área foliar específica (AFE), massa seca de folhas (MSF), de caule (MSC), raiz (MSR), massa seca total (MST), e volume da raiz (Volr). As avaliações deram-se por um período de 11 meses, determinando-se as massas e Volr, ao fim do experimento. O tratamento mais sombreado teve as maiores taxas de crescimento em h, enquanto o tratamento a pleno sol, o maior crescimento em d. Em NB os tratamentos à pleno sol e 30% se destacaram, enquanto os 50% e 70% de sombreamento apresentaram as menores médias. AF obteve melhor desempenho nos tratamentos extremos (à pleno sol e o mais sombreado). Para AFE, verificou-se que no tratamento a pleno sol, os valores foram menores que aqueles obtidos nos tratamentos sombreados. As plantas à pleno sol tiveram a MSF superior à dos tratamentos sombreados, enquanto MSC foi maior para os tratamentos a pleno sol e 70%. Ocorreu maior acúmulo de biomassa total em plantas expostas em ambientes com maior luminosidade, diferindo-se dos tratamentos sombreados que apresentaram as menores médias. Plantas de L. divaricata expostas a maior luminosidade tendem a apresentar mais ramificações, e o oposto ocorre em plantas que crescem em ambientes mais sombreados, que formam menos ramificações e investem seu crescimento em altura na haste principal. Assim, a recomendação do cultivo de plantas dessa espécie depende do objetivo a qual a espécie será destinada. Se para recuperação de áreas alteradas, pode-se fazer o cultivo delas em casa de vegetação em ambientes à pleno sol; e no campo, sugere-se o plantio direto, por suportar ambientes expostos a alta luminosidade. Se o objetivo for para fins de produção de madeira, recomenda-se o cultivo da espécie em casa de vegetação em ambientes com 70% de sombreamento, e quando transplantadas para o campo, sugere-se o plantio intercalados com espécies que propicie condições de sombreamento para o estabelecimento dela.
O crescimento e o desenvolvimento das plantas estão diretamente ligados à radiação solar. Em média 90% da matéria seca acumulada pelas plantas se origina da fotossíntese. O cumarú, Dipteryx odorata (Aubl.) Willd., é uma espécie florestal amazônica que vem se destacando pela possibilidade de adicionar renda aos produtores rurais. Têm sido implantados cultivos sistematizados desta espécie buscando a venda das amêndoas que alcançam altos valores no mercado. A eficiência produtiva de cultivo desta espécie depende das interações entre condições edafo-climáticas e os processos fisiológicos, que determinam o crescimento e a produtividade dos indivíduos. Objetivou-se com esse trabalho avaliar o efeito de diferentes níveis de sombreamento nas respostas fotossintéticas de mudas de D.odorata em diferentes níveis de sombreamento. O estudo foi conduzido em viveiro na Universidade Federal do Oeste do Pará. O delineamento experimental consistiu-se em quatro tratamentos de níveis de sombreamento: 0% de sombreamento (plena abertura) e os com sombreamento de 30%, 50% e 70%. Avaliou-se as respostas da respiração das folhas (Rfol) e da fotossíntese (A) às variações de radiação fotossinteticamente ativa (RFA), e concentração de CO2 na câmara subestomática (Ci), desenvolvendo-se curvas de respostas entre A e Ci. Para o cultivo de Dipterys odorata, recomenda-se o sombreamento de 30%, tendo em vista que obtiveram melhor desempenho das plantas. A fotossíntese foi afetada no tratamento controle por diminuição da capacidade de transporte de elétrons (Jmax), enquanto T 50% e T 30% tiveram a fotossíntese mais limitada devido a menor velocidade de carboxilação (Vcmax) e transporte de elétrons (Jmax).
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