AgradecimentosAo Prof. Milton Meira do Nascimento, que generosamente me aceitou orientar, que me auxiliou e apoiou ao longo desses anos de pesquisa. Um agradecimento todo especial ao Prof. Gian Mario Cazzaniga, meu coorientador em Pisa. A atenção, a solicitude, a generosidade, o cavalheirismo com que me tratou do primeiro ao último dia na Itália ficarão eternamente gravados na alma. Esse bravo comunista também me ensinou muito sobre filosofia, sobre política, sobre o que é ser um homem refinado, sem pedantismo. Grazie mille carissimo Amico. À Profª. Maria das Graças de Souza, que sempre se dispôs a me auxiliar, lendo meus textos, apresentando observações cruciais, incentivando a buscar outros horizontes. Ao Prof. Alberto Barros, meu primeiro professor de filosofia, que também sempre me auxiliou, sugerindo novas abordagens interpretativas. Ao Prof. Sérgio Cardoso, pela iniciação à filosofia política. Ao Prof. Tadeu Verza pelo debate, incentivo, pela leitura e sugestões ao texto. Sua atenção às qualidades formais, ao rigor da análise são riquezas para os que desfrutam de sua companhia. Ao Prof. Márcio Damin, pelo rico debate filosófico, que se iniciou nas terras vermelhas e continua a cada encontro. Ao Prof. José Carlos Estevão, cuja iniciação intelectual se faz reverberar a cada momento da pesquisa filosófica. À Profª. Maria Isabel Limongi, pelo apoio e por generosamente ter me posto em contato com os professores italianos. Seu gesto foi decisivo para que esta pesquisa pudesse ser concluída a contento. Aos colegas e amigos do Departamento de Ciências Sociais da UEM. À Simone Pereira, Marivânia Araújo, Patrícia Sita, João Hengtes. À cientista política Carla Cecília de Almeida, motor de idéias e discussões democráticas. Ao meu cumpadre José Henrique, união de história e análise a serviço do conhecimento. Às funcionárias do departamento de filosofia da USP, Mariê Pedroso, Maria Helena e Verônica, exemplos de espírito público. Aos meus alunos, que com suas geniais indagações nos mostram sendas teóricas e põe novas luzes ao texto filosófico. Em especial ao Marco Antônio, sem 5 esquecer jamais de Simone Rodrigues Gomes (in memorian), cuja falta sempre será sentida. Aos amigos italianos: Roberto Moggelo, Guido Richiuti, Elena Catran. À Laura di Giammatteo, que me fez lembrar que ainda há paixão no trabalho filosófico. Ao meu cumpadre Tadeu, que além de ser tem sido um grande irmão, nunca cessa em demonstrar sua generosidade. Ao Márcio, sempre solicito e disposto a um bom papo. Aos amigos da filosofia: Marilisa. Sem esquecer jamais do Tonhão e do Dum, que partiram deixando lacunas eternas. Aos meus tios e primos que me proporcionaram acolhimento na metrópole. Aos meus irmãos, Éder e Lígia, que compartilharam essa história desde o começo. Aos meus cunhados, Lorgio e Érica, meus dois novos irmãos. Aos meus pais, que me ensinaram os valores mais essências e sonharam juntos com este momento. À Nany, que suportou pacientemente os incômodos de nossa errância e para quem espero retribuir um pouco o muito amor que recebo. Agradeç...
O artigo analisa a aproximação crítica de algumas feministas ao republicanismo e explora a hipótese de que tal aproximação expressa importantes pontos de contato com a vertente republicana popular. Com base em autores clássicos e adotando um critério específico para abordar a diversidade constitutiva do republicanismo, definimos os contornos daquela vertente e a da que lhe serve como contraponto: a vertente aristocrática. Nossa hipótese fundamenta-se, de um lado, na análise das críticas feministas a algumas formulações correntes que em alguma medida compartilham do ideal republicano de que a sociedade contemporânea necessita criar um sentido renovado para a vida pública. Por outro lado, fundamenta-se nas próprias propostas particulares que elas elaboram para apropriar-se daquele ideal. Essa análise possibilita-nos sugerir que as preocupações que caracterizam a vertente republicana popular oferecem fontes mais promissoras para que se possa combinar o ideal de revitalização da esfera pública com as demandas por justiça. A partir desse foco, salientamos as contribuições que as feministas têm fornecido à teoria democrática.
RESUMO:O fenômeno da incorporação do corpo lexical político aristotélico transliterado do grego ao contexto latino do século XIII nos remete a problemas sobre as presenças e ausências terminológicas, não somente na tradução da Política, feita por Guilherme de Moerbeke, e nos comentários de Alberto Magno e Tomás de Aquino ao texto latino de Aristóteles, mas também à possível reverberação desses vocábulos políticos moerbekianos em alguns leitores da Política, no século XIV. Não se trata apenas de veri cação de quem usou ou não usou tais ou quais termos, nem mesmo da elaboração de juízos sobre esses usos, como que para rotular pensadores; antes, trata-se de tentar individuar, a partir dos usos terminológicos, o surgimento de um novo modo de pensar e compreender a esfera da vida humana que é a dimensão pública, ou melhor, política. Tentaremos compreender, neste artigo, especi camente como emerge, a partir dessa tradução latina da Política, um novo quadro conceitual, a saber: a esfera política. Constataremos que a tradução da Política de Moerbeke consolida um novo vocabulário e um novo quadro conceitual que será, doravante, um dos fundamentos do pensamento político. PALAVRAS-CHAVE:Política. Aristóteles. Moerbeke. tradução. recepção. A) INTRODUÇÃOA tradução latina da Política de Aristóteles, feita pelo frade dominicano Guilherme de Moerbeke, inaugura um novo momento no pensamento político latino, pois traz inúmeros conceitos novos, um novo modo de pensar a dimensão pública do homem, bem como novos vocábulos. Contudo, o texto latino da Política por si só não foi o único responsável pelas mudanças veri cadas no pensamento político, a partir do século XIII. Os comentários ao texto, feitos num primeiro momento por Alberto Magno e Tomás de Aquino, além das inúmeras apropriações desses novos conceitos políticos pelos escritores mais diversos, como Marsílio de Pádua, Egídio Romano, Bartollo de Sassoferrato, Lauro Quirini etc., ampliaram e consolidaram aquilo que cou conhecido como o aristotelismo político medieval. Esses dados históricos, entretanto, são já deveras conhecidos.
This paper seeks to present the intellectual framework in which the Latin translation of Aristotle’s Politics by William of Moerbeke in 1265 emerges and to some extent evaluate its first repercussions in the classification of scientia practica in the university context of the 13th century Latin. It is not a matter of making an exhaustive study of the reception of Politics, nor of scrutinizing the intellectual conditions, particularly university, of the Latin medieval world prior to the translation of Politics, but of understanding the conditions of assimilation of the aristotelian political text within the framework of understanding the practical sciences
Resumo: Ptolomeu de Lucca no De Regimine Principum apresenta uma nova maneira de conceber a ordenação política da cidade, a partir do referencial teórico da tradução latina da Política de Aristóteles. Ptolomeu apresenta novas práticas e ações para os indivíduos que constituem o corpo político da cidade. Há, pode-se supor, uma nova compreensão do contexto político do ponto de vista da estrutura institucional, mas também do ponto de vista dos indivíduos. A noção de regime politicum começa a ser delineada em alguns capítulos em livros II e III, e é o principal assunto do livro IV, onde ela é apresentada como uma novidade conceptual, quer em relação à tradição latina antes da tradução da Política, quer em relação ao aristotelismo político. A novidade é a proposta de Ptolomeu para a disposição política da cidade composta em várias partes. Em tal disposição, o papel e ação dos cidadãos ganham centralidade na estruturação e condução da cidade. Este trabalho pretende mostrar que Ptolomeu é muito inovador em relação à tradição aristotélica, mais especialmente no que respeita ao regime, na qual participação política das pessoas adquire centralidade. Palavras-chaves: Ptolomeu de Lucca, regimen politicum, aristotelismo, participação política. Abstract:Ptolemy of Lucca's Regimine Principum presents a new way of conceiving city's political ordenation, departing from the theoretical framework of Aristotle's Politics in Latin translations. Ptolemy presents new practices and actions for individuals who constitute the city political body. There is, one can assume, a new understanding of the political context from the point of view of the institutional framework, but also from the point of view of the individuals. The notion of regimen politicum begins to be outlined in a few chapters in books II and III, and is the main subject of book IV, where the notion is presented as a conceptual novelty, whether in relation to the Latin tradition before the translation of Politics, either in respect with the political Aristotelianism. The novelty is the Ptolemy's proposal of a political disposition of a city composed in several parts. In such disposition, the role and action of citizens gain centrality in structuring and driving the composed city. This paper intends to show that Ptolemy is very innovative in relation to Aristotelian tradition, most especially concerning the regimen, where political participation of individuals acquires centrality.
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