O potencial de germinação de sementes de duas espécies de Fabaceae foi avaliado como estratégia de colonização de ambiente degradado. Sementes das espécies exótica Leucaena leucocephala (leucena) e nativa Enterolobium contortisiliquum (tamboril) foram tratadas por escarificação física (cocção a 100ºC, 10 min) e química (H2SO4 conc., 15 min), cultivadas em terra vegetal e vermiculita. Para ambas as espécies vegetais, a alta temperatura inviabilizou as sementes, mas a escarificação por ácido foi eficiente. Apesar de baixo, o potencial de germinação da espécie nativa, 30% e 40%, foi o dobro da espécie exótica, 15% e 20%, respectivamente em terra vegetal e vermiculita. O resultado do grupo controle mostrou que o tipo de substrato não influenciou o processo de germinação e apenas as sementes da espécie exótica germinaram nos dois substratos. Espécies exóticas são invasoras agressivas pela baixa exigência para germinação e consequente eficiência de colonização em áreas degradadas. Em condições naturais, a superação da dormência e a germinação de sementes podem ocorrer após tratamento ácido no estômago dos dispersores, como aves e mamíferos terrestres, e o contato com a umidade do solo. O potencial de germinação da espécie nativa E. contortisiliquum, superior ao da exótica L. leucocephala, configura uma vantagem estratégica da espécie nativa (pioneira longeva/secundária inicial) de floresta semidecídua e confirma seu papel ecológico para recuperação de áreas degradadas do domínio Mata Atlântica no estado da Bahia (Brasil).
RESUMO O ensino mediado por novas percepções metodológicas tem comprovações científicas significativas quando aplicado de modo assertivo na Educação Básica. O presente artigo teve por objetivo avaliar a eficiência da experimentação com estratégias ativas e lúdicas como método complementar no ensino de Química para as turmas do 9º. ano do Ensino Fundamental II no Centro Tecnológico de Aprendizagem Senhora Santana-CETASS em Alagoinhas-Bahia (Brasil). Nesta pesquisa, utilizou-se métodos de abordagem e de procedimento, cujos resultados foram avaliados quantitativamente baseando-se em questionários com perguntas fechadas. Os dados apresentados foram analisados a partir de questões aplicadas à turma após a realização de cada experimento. O questionário foi constituído por 10 questões com alternativas sobre aulas teóricas e práticas
O estudo em destaque, trata-se de uma investigação entre o saber popular e a ciência acadêmica/escolar, a partir de uma abordagem pedagógica-ambiental, desenvolvida em uma comunidade de Quixabeira do semiárido da Bahia. Teve por objetivo relacionar saberes populares voltados para o uso de plantas com fins medicinais, visando fomentar e propagar entre as novas gerações o conhecimento e o respeito a essa tradição alinhada a conservação ambiental. A pesquisa possui abordagem qualitativa, exploratória e descritiva, através de busca da literatura específica na temática e relato de experiência. O trabalho de campo resultou na coleta de informações de 7 (sete) moradores da comunidade por meio de escutas, analisar o potencial das ervas que curam, importância histórica nos tratamentos de enfermidades e preservação da cultura local. Por meio da escuta/diálogo, foram identificados 29 espécimes de plantas, observando quais estruturas dos vegetais eram mais utilizadas, forma de preparo e as doenças para as quais são prescritas. Demonstrou-se que, à medida que as pessoas sentem a necessidade da utilização de plantas para fins medicinais, aflora um sentimento de cuidado com a valoração dos recursos naturais, reverberando no fortalecimento cultural da comunidade e mantendo a memória histórica, como saberes e valores tradicionais. Os dados levantados evidenciaram, mesmo com a degradação da Caatinga nas últimas décadas, uma diversidade de espécies da flora e o potencial medicinal ainda está presente nestes remanescentes de povoados, desconstruindo o preconceito, o que tem viabilizado a relação homem e natureza de forma racional e sustentável.
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