Nordeste: da articulação comercial à inteqração ,econômica. Tese/Doutorado (mimeo), IE/Unicamp. Campinas/São Paulo.1985.HEATON, H. "Histoire économique de l'Europe". Librairie Armand Colin. .
Pesquisas sobre a história da formação social brasileira, notadamente na sua feição mais estritamente econômica, apontam que ao longo de quase um século, mais especificamente, do último quartel do século passado até meados da década de 1970, no âmbito da gêne-se, desenvolvimento e consolidação do seu padrão nacional de desenvolvimento, 1 grosso modo, não só aumentou o emprego como a formalização das relações de trabalho. Na realidade, aquele padrão, que poderia ser sintetizado pelo conceito marxiano de industrialização, contribuiu ainda para que o próprio mercado nacional 2 se consolidasse. Pari passu, por obra da estratégia geopolítica, especialmente aquela formada no âmbito castrense, mas também pelo próprio processo de constituição do mercado nacional, estabeleceu-se outro cimento importante para a formação da nação brasileira: a chamada integração do território nacional. Esse conjunto de discussões, salvo melhor juízo, nunca sublinhou o papel decisivo do "mundo do trabalho" na construção do mencionado cimento. Melhor dizendo: o aumento do emprego, pelo crescimento econômico quase sustentado ao longo de cem anos e, sobretudo, a generalização também crescente da formalização das relações de trabalho, a partir dos "capitalismos" regionalmente mais avançados, operaram de modo extraordinário para que a noção de território, que já habitava os corações e as mentes dos brasileiros do final do século XIX, se consolidasse entre nós. E, como é amplamente conhecido, para tal foi também decisiva a participação ativa do Estado.De meados dos anos 70 até o final dos anos 80, adveio a crise econômica, ou, como preferem outros, o esgotamento do antigo padrão de desenvolvimento. Assim, depois de um longo período expansivo, finalmente veio o desemprego, e, com ele, uma nítida inflexão na trajetória de formalização das relações de trabalho. Contudo, não havia ainda se instalado no país a práxis da demonização/negação do Estado, enfim, a política darwinista orientada pelos ditames neoliberais hegemônicos, sublinhando-se aí a exegese da flexibilização das relações contratuais trabalhistas e todo o seu séquito de desregulamentação do mercado de trabalho. De outra maneira: se a crise econômica de meados dos anos 70 iniciou a derrubada dos anteriores níveis de emprego e ampliou a informalização das relações de trabalho, não se pode negar que foi a partir do final dos anos 80 e, marcadamente, a partir de 1994, que o próprio poder público filiou-se a uma espécie de novo modelo de (anti)desenvolvimento que não só liquida postos de trabalho como "alimenta" o crescimento da informalização das relações de trabalho, ao valorizar a terceirização, a liquidação de antigos direitos trabalhistas etc.Não fora o bastante: ao pretender varrer para baixo do tapete a página getulista no que ela tinha exatamente de mais progressista, o atual projeto/estratégia também opera, ao lado de tantas outras determinações, para a destruição crescente de um dos pilares do mercado e da integração nacionais. Explicando melhor: à desconstrução do anterior "mundo do...
Este artigo examina a natureza e as implicações do chamado Desenvolvimento Local (DL). Para tal, tendo em vista o também chamado Desenvolvimento Econômico (DE), bem como as transformações estruturais operadas no capitalismo contemporâneo, ele dialoga com temas como "Estruturas produtivas e seus espaços", "Estado e práxis escalares", mostrando a apropriação procedida pelos liberais acerca deles, toda ela orientada para a afirmação de uma dada perspectiva - com pretensões hegemônicas -, a saber: a da inexistência de caminhos societários de desenvolvimento alternativos ao DL. O autor defende ainda que a proclamada modéstia dos partidários do DL não resiste à análise mais séria, nem tampouco seu também proclamado caráter progressista, posto ser essa práxis ora ressurgida, ao fim e ao cabo, uma das faces da hodierna internacionalização do capital. O autor, ainda, igualmente defende que o DE também se afirmou historicamente com as mesmas pretensões exegéticas e hegemônicas, conquanto dos delistas receba tantas e tamanhas críticas mais por suas virtudes que propriamente pelos seus defeitos. Por fim, provocativamente, pergunta se não seria o velho desenvolvimentismo a resistência possível (e não o DL) ou se não seria o caso de se voltar a invocar alguma alternativa verdadeiramente insurgente (?).
O ensaio examina a denominada crise da economia fluminense, particularmente a da capital – Rio de Janeiro. A tese central defendida é que, em verdade, as crises da economia fluminense são manifestações intermitentes de uma profunda e longeva crise estrutural, e que remontam à passagem do século XIX ao século XX, com alguns interregnos de crescimento e mudanças até a denominada retomada dos anos 1990, e alguns soluços de crescimento na primeira década dos anos 2000 – que os autores chamam de milagrinho, tomando por empréstimo o termo cunhado por Laura Carvalho (2018). Apontando o alheamento em relação à crise estrutural e às abordagens que consideram o território ou região que abrange o interior fluminense, o ensaio enuncia aspectos metodológicos, teóricos e propositivos relativos não só aos diagnósticos como também – e sobretudo – aos encaminhamentos capazes de responder aos desafios colocados para que o estado, em sua inteireza (e integradamente), cresça de maneira sustentada no tempo
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.