O presente estudo tem como objetivo refletir sobre o que há de comum relacionando essas três áreas de conhecimento: a Sexualidade, a Ginecologia e o Feminismo. Tomando como ponto de partida suas origens concomitantes, analisa as respectivas evoluções históricas, destacando os momentos em que se tornam indissociáveis. Conclui sinalizando os dilemas que as mulheres, razão de ser desses conhecimentos, enfrentam na modernidade e que se projetam para o futuro.
O autor conceitua os termos Desejo Sexual Hipoativo, Diminuição do Desejo Sexual, Síndrome Hipoandrogênica Feminina e Hipogonadismo Masculino Tardio. Chama a atenção para a freqüência e a sintomatologia desse quadro. Analisa a validade do exame físico. Faz considerações gerais sobre a ação dos androgênios na resposta sexual humana. Em relação às mulheres comenta sobre as dificuldades técnicas da dosagem dos androgênios e seu emprego na prática clínica. Conclui que a função sexual é muito complexa e não simplesmente uma decorrência de níveis hormonais. Em relação à mulher reconhece que a mensuração dos níveis de testosterona continua sendo um desafio à prática clínica. Isto se deve à baixa sensibilidade dos atuais ensaios comerciais disponíveis. E, finalmente, afirma que o diagnóstico de Desejo Sexual Hipoativo, quando relacionada a um hipoandrogenismo, é ainda muito baseado na sintomatologia clínica.
O autor considera que, presentemente, o emprego da terapia hormonal em Disfunção Sexual Feminina se restringe ao uso de alguns tipos de esteróides. Analisa as dificuldades técnicas no estudo da ação desses hormônios na espécie humana e relata algumas das situações em que tais ações podem ser observadas refletindo-se nos papeis de gênero, na identidade e no dirve sexual. Comenta a utilização de androgênios, estrogênios e progesterona no tratamento das Disfunções Sexuais Humanas. Conclui que esta utilização deverá ser cautelosa em relação aos androgênios tanto no sexo masculino como no feminino, tem sentido como terapia tópica em mulheres em relação aos estrogênios e nenhum sentido em relação a progesterona.
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