RESUMOO objetivo desse estudo foi descrever as interações sociais de crianças com deficiência em aula utilizando Halliwick. Participaram cinco crianças (nadadores) e nove adultos (auxiliares). A aula foi filmada e as interações sociais foram categorizadas: nadadornadador ou nadador-assistente. Ocorreram 26 interações entre nadador-nadador e 153 entre nadador-auxiliar. Houve maior quantidade de interações entre os nadadores e auxiliares devido a falta de independência das crianças na água e conseqüente necessidade de auxílio. Conclui-se que as características do conceito Halliwick influenciaram as interações uma vez que ele prevê constante contato entre os envolvidos permitindo o estabelecimento de vínculos de confiança e amizade.Palavras-chave: Natação. Comportamento social. Relações interpessoais. Crianças com deficiência.
Objetivo: analisar, durante três anos, as adequações necessárias, as interações sociais e o tempo de engajamento de uma criança com encefalopatia crônica não evolutiva e surdez profunda em aulas de Educação Física Adaptada (AMA/CDS/UFSC). Método: pesquisa longitudinal, em que as aulas foram filmadas e ocorreram em dois encontros semanais com uma hora de duração. Foram ministradas 149 aulas, durante os três anos, sendo seis selecionadas intencionalmente (duas por ano). Para coleta de dados, realizou-se registro cursivo através das filmagens, com especial atenção nas matrizes de análises: a) Tempos das aulas (total, transição, de atividades); b) Tempos de engajamento aluno (desperdício, fora de foco, engajamento); c) Adequações necessárias; d) Interações sociais. Realizou-se análise quantitativa e qualitativa. Resultados: os tempos das aulas variaram, ocorrendo 10 minutos de diferença entre as aulas, com maior e menor duração. As aulas com grandes períodos de transição reduziram o tempo reservado à realização das atividades. O tempo de engajamento do aluno também variou, pois as atividades propostas e o fornecimento de auxílio implicam seu engajamento. Já, as adequações englobam materiais adaptados ou auxílio pessoal, assim, os profissionais interagem a fim de auxiliá-lo e o aproximam dos seus colegas. Os pares o auxiliaram e motivaram, mas também demonstraram afeto, beijando-o segurando suas mãos. Considerações finais: ao longo dos três anos, observaram-se melhoras motoras e cognitivas. O aluno compreendeu dinâmica de atividades, a partir de repetição e observação. Também passou a expressar vontades com maior facilidade, apontando para pessoas/lugares e manuseando a cadeira de rodas sozinho.
Esta pesquisa analisou as facilidades, dificuldades e adequações necessárias durante a prática de atividade motora por crianças de três a treze anos com diferentes deficiências em um programa extracurricular. Para coleta de dados utilizou-se filmagens de duas aulas com duração de uma hora cada, sendo uma na água (atividades pré-esportivas) e uma no solo (postura e locomoção), ambas com seis atividades. Foram analisadas descritivamente através de uma matriz que verifica a capacidade em realizar as atividades, principais dificuldades e a necessidade de auxílio pessoal e de objetos. As principais dificuldades ocorreram em atividades que desenvolvem habilidades locomotoras, força, agilidade, flexibilidade, compreensão, criatividade, comunicação e socialização. Com as adequações e os auxílios prestados como informações adicionais, informações seguidas de demonstrações, estímulos para realizar, auxílio para se deslocar, auxílio para alcançar materiais, auxílio para modificar movimentos, mais tempo para realizar, além das adequações de materiais, todas as crianças realizaram as atividades propostas dentro de suas possibilidades. Notou-se que a influência dos auxílios e estímulos interferiu positivamente no desempenho motor das crianças favorecendo o efetivo engajamento.
O objetivo foi analisar as experiências vivenciadas por sete alunos egressos da Universidade Federal de Santa Catarina que atuaram como bolsistas (extensão, monitoria, iniciação científica) do Programa de Atividade Motora Adaptada, considerando os ciclos de desenvolvimento da carreira docente. Para coleta dos dados, utilizou-se entrevista com roteiro semiestruturado. Os participantes se classificaram nos seguintes ciclos de desenvolvimento profissional: entrada na carreira, consolidação das competências profissionais na carreira e afirmação e diversificação na carreira. Na atuação profissional, constatou-se permanecia, abandono temporário e desistência na área de Educação Física Adaptada. Observou-se que o AMA influenciou a atuação docente dos participantes.
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