As fachadas verdes, uma das tipologias de jardins verticais, utilizam espécies de trepadeiras ou pendentes que crescem e se desenvolvem em superfícies verticais. Sua aplicação nas fachadas dos edifícios traz diversos benefícios, tais como a melhoria das condições de conforto térmico em seu interior e a diminuição dos efeitos das ilhas de calor urbanas. Essa melhoria ocorre em razão dos seguintes mecanismos de ação dos jardins verticais: (i) sombreamento; (ii) resfriamento evapotranspirativo; (iii) influência na dinâmica do vento e (iv) isolamento térmico da edificação. Nesse contexto, esse artigo apresenta o estado da arte acerca do potencial amenizador térmico das fachadas verdes, a partir da análise dos objetivos, metodologias e principais resultados de artigos de periódicos e dissertações buscados nas bases Scopus, Web of Science™, P@rthenon e a Biblioteca Digital Brasileira de Dissertações e Teses. Do material encontrado foram analisados 23 trabalhos, selecionados pelos seguintes critérios: (i) trabalhos que tratam do desempenho térmico das fachadas verdes e (ii) trabalhos experimentais e estudos de caso. Os resultados confirmam o potencial amenizador térmico das fachadas verdes e indicam lacunas de pesquisa, como a falta de trabalhos que comparem o desempenho térmico de diferentes espécies de trepadeiras e fachadas verdes diretas e indiretas, e lacunas informacionais, como a escassez de detalhes sobre as espécies selecionadas e as estruturas e materiais adotados nos estudos. Além disso, os resultados também indicam temas para possíveis futuros trabalhos sobre o desempenho térmico dessa tipologia de jardim vertical.
Abstractorkplaces with good daylighting offer visual comfort to users, give them a series of physiological and psychological benefits and allow good performance of visual activities, besides saving energy. However, this solution is not always adopted: lighting type preferences involve many variables besides the availability of daylight. This paper explores a case study through the analysis of questionnaire answers and computer simulations of a series of metrics related to quality of lighting with the aim of finding explanations for the lighting preferences of individual office users. The results show that, although the offices present good daylighting conditions and no glare potential, and users are satisfied with daylighting, these parameters are not sufficient to explain the predominant lighting preferences. The findings have also shown that there is no consensus about which parameters potentially cause visual comfort, while the parameters that cause discomfort are clearly identified. In addition, in this study, 49% of the preference for mixed lighting (daylight plus electrical light) can be explained by the fact that mixed lighting produces better modeling than daylighting alone. Keywords
Para homenagear Décio de Almeida Prado, que faria cem anos no próximo dia 14 de agosto, pensei em escrever um artigo sobre o seu legado, abordando as contribuições que deixou como crítico teatral, historiador do nosso teatro, editor do Suplemento Literário d'O Estado de S. Paulo e professor da Universidade de São Paulo, entre outras atividades.A morte recente do nosso maior crítico literário, Antonio Candido, em maio passado, me fez mudar de ideia quanto à natureza do texto que em princípio escreveria. O que farei nas linhas seguintes é lembrar e celebrar a amizade que os uniu por cerca de seis décadas, porque ao final transcreverei um texto inédito de Candido a respeito de Décio, que recebi das mãos do autor há dezessete anos. Mais à frente explico em que circunstâncias.Os dois se tornaram amigos no final dos anos 1930, quando frequentaram as aulas da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo. No início da década de 1940, eles fizeram parte de uma turma de rapazes e moças egressos ou ainda cursando a Faculdade de Filosofia. Com interesses comuns, trocavam ideias sobre literatura, iam ao teatro e ao cinema, aos concertos, encontravam-se nas confeitarias, conversavam muito, complementando a formação intelectual uns dos outros. Por sugestão de um amigo mais velho, Alfredo Mesquita, esse grupo criou a revista Clima, que teve dezesseis números entre 1941 e 1944. Era o espírito universitário que chegava à atividade crítica, sob a liderança de uma geração brilhante, formada por Candido, Décio, Paulo Emílio Salles Gomes, Gilda de Mello e Souza, Lourival Gomes Machado e Ruy Coelho, entre outros. Todos treinaram a mão nas páginas de Clima, e destacaram-se em seus
Diversas são as pesquisas sobre avaliação do espaço público urbano, porém nem todas estabelecem uma relação entre a configuração dos espaços com o ambiente térmico, a ergonomia ambiental e o comportamento dos usuários. Para compreender essa relação, o objetivo desse trabalho é apresentar o modelo DePAN (Design para a Permanência e Atratividade em Nichos de espaços abertos de convívio), fundamentado em malhas gráficas, criado para avaliar a influência do design e da ergonomia dos espaços públicos abertos no conforto térmico e nos modos como os usuários se apropriam do espaço. Sua aplicabilidade é comprovada através de um estudo de caso realizado em um parque na cidade de Bauru-SP. Para realizar tal avaliação foram escolhidos os nichos desse espaço público, formados por elementos morfológicos e mobiliários urbanos e definidos pelos seus arranjos espaciais. Os dados coletados foram transferidos para um Sistema de Informação Geográfica (SIG), o que possibilitou efetuar a sobreposição das malhas em camadas. Os resultados indicam que o modelo DePAN permite verificar as características espaciais, ergonômicas e a qualidade térmica gerada pelo design dos espaços, bem como avaliar a interferência desses aspectos na forma de usabilidade do espaço. O modelo permite gerar uma classificação para cada nicho e definir um valor para o nível de serviço oferecido.
Apesar do envelhecimento da população de forma geral e, em particular, no Brasil, não há até o momento pesquisas sobre a percepção térmica do idoso no país. As informações disponíveis são baseadas em estudos realizados em climas diversos dos brasileiros. O objetivo do presente trabalho foi avaliar se existem alterações significativas na percepção térmica de idosos em relação à de indivíduos mais jovens. Numa sala com ar condicionado foram medidas suas variáveis térmicas e aplicado um questionário a uma amostra de idosos. As respostas a questões sobre percepção térmica relatada pelos sujeitos (PT), conforto e preferência térmica, aceitabilidade e tolerância pessoal foram relacionadas com as respectivas temperaturas operacionais e essas com as calculadas pelo PMV (referência para não idosos). A temperatura operativa média de neutralidade (PT = 0) foi menor que a calculada pelo PMV, ou seja, menor do que a preferida por não idosos; além disso, a faixa de temperatura operativa de conforto térmico de idosos é também maior que a de não idosos. Os resultados divergem, em princípio, dos encontrados na bibliografia internacional, ao encontrar temperaturas de conforto para idosos menores do que para não idosos, mas eles podem ser amparados em trabalhos mais recentes, os quais envolvem termometria circadiana. Outras respostas ao questionário mostram que o PMV não é um bom previsor de condições de conforto térmico para idosos. Como este é o primeiro trabalho sobre o tema no Brasil, ele abre uma discussão e convida pesquisadores a realizar estudos similares para sua validação.
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