Com o objetivo de desenvolver um modelo de hemodiálise (HD) em cães, foram estudados 18 animais, sem raça definida, machos, clinicamente sadios, com peso corporal variando entre sete e 14 kg. O acesso vascular foi obtido através de implantação do cateter de duplo lúmen em veia jugular externa. As sessões de HD, em número de cinco por animal, com até três horas de duração, foram realizadas em hemodialisadora de sistema proporcional com ultrafiltração (UF) controlada, com solução dialisante padrão e tampão bicarbonato. A UF foi ajustada para HD isovolêmica, utilizou-se perfil de sódio, e para anticoagulação heparina sódica. Os animais foram mantidos anestesiados com cloridrato de levomepromazina e propofol. Foram avaliados dados hematológicos, bioquímicos, hemogasometria, pressão arterial sistêmica e tempo de coagulação ativado. Foi observada diminuição do número global de hemácias, volume globular, hemoglobina e leucócitos. Em relação aos exames bioquímicos, houve manutenção nos níveis de sódio sérico, e quanto à hemogasometria, a manutenção da SO2. A pressão arterial sistêmica manteve-se constante. Os resultados obtidos no presente trabalho permitiram concluir que foi possível o desenvolvimento do modelo proposto e mostrou que a HD em cães é um método viável e seguro, que poderá contribuir para o tratamento clínico da insuficiência renal nesta espécie.
Procedimentos dialíticos como a hemodiálise (HD) procuram sustentar a vida do paciente com insuficiência real aguda (IRA), até que haja recuperação da função renal. Este trabalho tem como objetivo avaliar a biocompatibilidade das membranas de acetato de celulose e polissulfona em cães sem e com IRA submetidos à hemodiálise, através das respostas biológicas e sinais clínicos presentes no processo. Os animais hemodialisados foram subdivididos em quatro grupos (8 animais em cada): grupo 1 composto por animais normais que usaram membrana de acetato de celulose; grupo 2 formado por animais com IRA que utlizaram acetato de celulose; grupo 3 composto por animais normais que utilizaram membrana de polissulfona; e grupo 4 formado por animais com IRA que usaram polissulfona. A indução da IRA foi realizada pela administração de gentamicina (45mg/kg/EV/dia). A principal alteração foi perda de peso dos animais dos grupos com IRA. Houve redução significativa nos níveis de ureia e creatinina principalmente nos animais hemodialisados com membrana de polissulfona, enquanto que os níveis de sódio, potássio e glicose não apresentaram diferenças significativas entre os grupos. Os níveis de C3 e microglobulina b2 não apresentaram alterações significativas nos grupos, enquanto que o TNFa estava em altos níveis nos grupos com IRA hemodialisados com polissulfona e acetato de celulose, sendo a detecção maior neste último. Não ocorreram alterações significativas relacionadas com a pressão arterial sistêmica e outros parâmetros hematológicos. Pode-se concluir que houve aumento nos níveis de TNFa nos cães com IRA submetidos à HD, e que a membrana de polissulfona se mostrou ligeiramente mais biocompatível que a membrana de acetato de celulose, porém novos marcadores precisam ser estudados.
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