Introdução: O câncer de mama é a neoplasia que mais acomete o sexo feminino, sendo a primeira causa de morte por câncer em mulheres. O carcinoma mamário representa um grupo heterogêneo de doenças. Casos individuais diferem uns dos outros na morfologia, fenótipo e prognóstico. As patologias malignas das mamas podem se manifestar como tumores unifocais, multifocais e/ou multicêntricos. A incidência de tumores multifocais e multicêntricos no câncer de mama varia de 13% a 70%. Relato do caso: Paciente L.C., sexo feminino, 65 anos, com relato de nódulo palpável em mama direita em setembro de 2015. O estudo anatomopatológico do nódulo mostrou carcinoma intraductal. Realizada quadrantectomia, com anatomopatológico que identificou carcinoma papilífero bem diferenciado intracístico e invasivo da mama, associado a componente intraductal cribriforme e papilar, com margens e linfonodo sentinela livres e imuno-histoquímica compatível com perfil triplo-negativo. Em fevereiro de 2019, apresentou duas novas lesões em mama contralateral, identificadas como carcinoma ductal invasivo multifocal com papiloma intraductal associado, e carcinoma ductal invasivo associado a componente intraductal in situ dos tipos papilar, sólido e cribriforme, com imuno-histoquímica com perfis moleculares distintos entre si, sendo uma lesão do tipo luminal A e a outra, luminal híbrido. Conclusão: Este estudo relata um caso de uma paciente que apresentou lesões neoplásicas em ambas as mamas, em tempos distintos e com perfis histológicos e imuno-histoquímicos diferentes. Dessa forma, destacam-se a raridade do caso e a relevância da terapia dirigida a alvos específicos, uma vez que a paciente apresentava lesões com perfis moleculares distintos.
O câncer de mama configura uma questão de saúde pública mundial, pois é o tumor com a maior incidência e mortalidade na população feminina, em todo o mundo. No Brasil ocorrem em torno de 58 mil casos novos de câncer de mama anualmente, com incidência estimada de 56,20 casos a cada 100 mil mulheres. Raro em jovens, porém extremamente agressivo nesta faixa etária. A imunoistoquímica classifica esses tumores em cinco padrões moleculares distintos: luminal A luminal B, triplo negativo, super expressão do receptor do fator de crescimento epidérmico humano 2 (HER-2) e os não classificáveis. Estes tipos biológicos apresentam diferenças importantes quanto as suas próprias características e as características individuais da paciente, sendo aqueles triplos negativos, os de pior prognóstico. Esse trabalho tem como objetivo relatar a evolução de um câncer de mama inicialmente inoperável que apresentou progressão tumoral durante a quimioterapia neoadjuvante, em uma paciente de 33 anos. O tumor ocupava toda a mama direita, com comprometimento da pele e da axila direita (T4d N1 Mx, estádio clínico IIIB). Como houve falha no tratamento clínico inicial, optou-se pela radioterapia neoadjuvante de resgate, a qual proporcionou visível redução global da lesão, permitindo a realização da mastectomia radical com linfadenectomia da região axilar. Portanto, o intercâmbio entre as modalidades terapêuticas (cirurgia, quimioterapia e radioterapia) deve ser sempre lembrado e ajustado a cada caso, a fim de proporcionar uma melhor abordagem terapêutica individualizada.
Os linfomas primários da mama (LPM) são neoplasias incomuns, representando aproximadamente 0,5% das neoplasias mamárias e 2% dos linfomas extra nodais. Os sintomas associados ao LPM são semelhantes aos encontrados em outras lesões malignas da mama. A histologia associada à imuno-histoquímica (IHQ) é fundamental para o diagnóstico desses tumores, os quais, em sua maioria, apresentam-se imunofenotipicamente derivados da linhagem B. A sua raridade ainda não permitiu a padronização da terapêutica mais apropriada. O presente relato consiste em uma paciente apresentando nódulo em mama direita há aproximadamente seis meses, de grande volume, acometendo toda a extensão da mama direita e parte da mama esquerda, endurecido, fixo em plano profundo e infiltrando parte da pele sobre o tumor. O exame de ultrassonografia mamária mostrou a presença de nódulo heterogêneo, irregular, com espessamento de pele, ocupando toda a mama direita, de aproximadamente 16,0 cm de diâmetro, infiltrando parte do seio intermamário. A core-biopsy da lesão foi inconclusiva e a imunoistoquímica foi positiva para CD 20, Bcl-2, MUM-1 e 50% para Ki-67, sendo compatível com infiltração por linfoma não Hodgkin de grandes células B, não centro germinativo. Após avaliação dos exames, a paciente foi estadiada como IVa de Ann Harbor sendo programado tratamento com quimioterapia. No momento, a paciente encontra-se em vigência do tratamento proposto.
A Gravidez Ectópica ocorre quando existe a implantação do blastocisto fora do endométrio. É considerada uma causa comum de morbidade e mortalidade, principalmente em mulheres no período reprodutivo. De todas as gestações ectópicas, a tubária é a mais frequente. A gravidez ectópica gemelar, por sua vez, é extremamente rara (1 a cada 20.000 casos) sendo ainda mais incomum quando apresenta os batimentos cardíacos fetais. Apresentamos o caso de uma paciente com gravidez ectópica tubária gemelar, com presença de batimentos cardíacos fetais e que cursou com quadro de abdome agudo hemorrágico, sendo necessário a realização de uma laparotomia exploradora de urgência e salpingectomia à direita.
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