Resumo: O presente artigo trata das implicações decorrentes da atual sistematização das políticas culturais brasileiras, em especial na interface entre Arte, Cultura e possibilidades de emancipação social e ação política. A pesquisa, desenvolvida junto a um Ponto de Cultura localizado em um bairro da zona sul de Porto Alegre/RS, teve como aporte metodológico a etnografia de um dos autores do artigo durante o período de 2013–2014. Como aporte teórico utilizado nas discussões e resultados, a utilização da filosofia de Jacques Rancière e suas considerações em relação a configurações de comunidade política e formas de pensamento em Arte foram utilizadas. No período de um ano, foi possível observar que as políticas culturais brasileiras, devido a sua formatação e execução, acabam por tornar difusas as atribuições concernentes ao Estado e a participação de empresas privadas na área artística cultural; não só, ainda que a atual orientação das políticas culturais deem ensejo a ampliação, representatividade e legitimação de produções culturais não majoritárias, a emancipação social e ação política desses contingentes populacionais não decorre, necessariamente, desse conjunto de ações. Salienta-se, portanto, a imprescindível participação dos atores sociais visados pelas políticas culturais para que as possibilidades de emancipação social se concretizem.
Resumo Este artigo tem como objetivo promover reflexões a respeito da educação e das perspectivas de futuro de jovens mulheres do meio rural residentes em diferentes municípios do interior do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram realizadas entrevistas e composições fotográficas, ambas entendidas como produções narrativas, com quarenta e oito jovens. Seguindo um processo analítico embasado nos pressupostos da Teoria Fundamentada, sete entrevistas foram selecionadas e estudadas em profundidade, tendo em vista dois aspectos: serem representativas das mesoregiões do estado e indicarem conteúdos transversais: trajetória educacional, projetos de vida, profissão e futuro. Este estudo aponta que a escola desempenha uma função para além da aprendizagem formal, consistindo em um espaço de lazer e convivência, de construção de identificações e também de projeção para o futuro para além do campo profissional, entretanto, também evidencia a falta de um trabalho de orientação particularizado a essas juventudes.
Este artigo apresenta elementos de uma pesquisa etnográfica realizada em um Ponto de Cultura na cidade de Porto Alegre/RS. Além de uma discussão sobre o termo “cultura” e suas implicações na análise do campo das Políticas Públicas, articulações com teorias advindas da Psicologia e de outras ciências humanas são elencadas para elaborar uma aproximação implicada. Apresenta-se uma experiência de campo e relatos de interlocutores(as), ilustrando processos vivenciados na etnografia. Destaca-se no estudo a análise conjuntural do Ponto de Cultura, seus aspectos institucionais e, especialmente, os atravessamentos destes no trabalho materializado na organização. A presente incursão etnográfica aponta para a existência de uma série de concepções de cultura popular e desenvolvimentos de trabalho em Políticas Públicas de Cultura. Além disto, observa-se, como fatores subjetivantes neste entremeio, a fruição cultural e o papel do ativismo como elemento identitário – matriz possibilitada pela política do “Cultura Viva”.
Este texto analisa a produção científica sobre a Integralidade no Brasil, enfatizando especialmente o papel da Psicologia na construção dessa perspectiva de entendimento dos processos de cuidado na saúde/doença no Brasil. Para isso realizou-se uma busca bibliográfica nas bases de dados eletrônicas PEPSIC e Scielo, entre os meses de março e abril de 2010. Utilizou-se o descritor “integralidade” como motor de busca e, dentro dos artigos encontrados, analisaram-se com especial atenção as associações entre integralidade e saúde da mulher. Para esclarecer a panorâmica da produção na área, foram analisadas cinco categorias nos textos: tipo de artigo,tipo e nome das revistas, formação dos autores e autoras, ano de publicação e população da pesquisa. Os resultados encontrados apontam que os psicólogos/as estão produzindo menos que os/as demais profissionais da área da saúde e que a Integralidade proposta, enquanto marco norteador da atenção à saúde da mulher, ainda é insipiente na práxis psicológica.
<p style="text-align: justify;">Este artículo presenta una exploración metodológica sobre el análisis de narrativas visuales en la investigación psicológica. Tiene como base el análisis contextualizado del material audiovisual producido en una intervención psicoeducativa en una escuela de la región metropolitana de Barcelona, donde la producción colaborativa de películas ha sido una herramienta fundamental para la producción de una discusión sobre las identidades de los participantes y sobre su escolaridad. Se pretende discutir algunos aspectos metodológicos acerca de la construcción de un referencial para el análisis del material audiovisual, bajo una perspectiva dialógica con énfasis en el marco teórico de la Psicología Cultural.</p><p style="text-align: justify;"><strong>Palabras clave:</strong> métodos cualitativos, dialogicidad y narrativas visuales.</p>
This study was aim to analyze how representatives of LGBT NGOs perceive strategies about the inclusion of the rapid test for HIV/aids, syphilis and viral hepatitis in the LGBT scenario of Porto Alegre. It is a qualitative study in which 4 representatives were interviewed, and the interviews were analyzed through a critical analysis of discourse. The results point to a concern of the interviewees with the care strategies that are built with the test and how much they dialogue with human rights. This leads to tensions that have as a background the relations between State, LGBT movements and HIV. Ignoring political issues that permeate these relations depoliticizes a history in which the greatest advances in terms of prevention and confrontation have gone through a united response between different social actors. Building new spaces for discussion can allow new collective strategies to be considered in coping with the epidemic, prejudice and stigma.
Esse artigo analisa possíveis relações entre a extinta política pública de fruição cultural dos Pontos de Cultura e sua interface com os campos de Cultura, Cidade e Juventude. Sob uma perspectiva de caráter etnográfico foram realizadas cinco entrevistas com trabalhadores/as atuantes em um Ponto de Cultura em Porto Alegre/RS. O artigo discute as implicações dessa política junto a população jovem da comunidade onde o Ponto de Cultura se inseria, bem como as possibilidades de exercício político diante das racionalidades neoliberais que inscrevem a produção e gestão cultural na lógica do empreendedorismo. Para isso, considerações derivadas da filosofia de Jacques Rancière são tomadas como aporte teórico principal de análise. Entre as conclusões desse artigo, destaca-se que os Pontos de Cultura figuravam como possibilidade de inflexão no cotidiano de todos/as entrevistados/as, articulando processos de subjetivação política com formas policiais de expressão pela via das políticas culturais, da gestão de territórios urbanos e cooptação da produção cultural no contexto brasileiro numa racionalidade empreendedora.
Este texto analisa a produção científica sobre a Integralidade no Brasil, enfatizando especialmente o papel da Psicologia na construção dessa perspectiva de entendimento dos processos de cuidado na saúde/doença no Brasil. Para isso realizou-se uma busca bibliográfica nas bases de dados eletrônicas PEPSIC e Scielo, entre os meses de março e abril de 2010. Utilizou-se o descritor “integralidade” como motor de busca e, dentro dos artigos encontrados, analisaram-se com especial atenção as associações entre integralidade e saúde da mulher. Para esclarecer a panorâmica da produção na área, foram analisadas cinco categorias nos textos: tipo de artigo,tipo e nome das revistas, formação dos autores e autoras, ano de publicação e população da pesquisa. Os resultados encontrados apontam que os psicólogos/as estão produzindo menos que os/as demais profissionais da área da saúde e que a Integralidade proposta, enquanto marco norteador da atenção à saúde da mulher, ainda é incipiente na práxis psicológica.
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